TERTULIANO E SEU ENSINO SOBRE A TRINDADE
Com exímio uso do latim, Tertuliano foi o primeiro a usar o termo Trinitas para designar a Trindade. Expôs também a tese de que o Pai e o Filho eram da mesma substância. Antecipou-se em um século ao Símbolo de Nicéia.
Suas principais obras foram: Ad nationes, o Apologeticum (aos governadores das províncias do império – uma apologia que considera as acusações políticas contra os cristàos, como o crime de lesa-majestade e a negação dos deuses imperiais; passa a apologética do plano filosófico para o jurídico), Adversus Iudaeos, De praescriptione haereticorum, Adversus Marcionem (contra a gnose de Marcião), Adversus Valentinianos (contra a gnose de Valentino), Scorpiace, De carne Christi (contra o docetismo dos gnósticos), Adversus Praxean (exposição mais clara antes de Nicéia sobre a doutrina da Trindade, contra o patripassiano Práxea), De baptismo, De anima (obra antignóstica), Ad martyres, De penitentia, Ad uxorum... Do período montanista temos alguns escritos de caráter ascético, como o De exhortatione castitatis, em que exorta um amigo a não contrair novas núpcias (para ele uma forma de devassidão).
Tertuliano coloca-se com relação a Trindade mais ou menos nos mesmos parâmetros dos pais apologistas, dos primeiros séculos.
Assim como no caso de Irineu, a chave para a sua doutrina é abordá-la simultaneamente de duas direções opostas, considerando Deus:
I – Enquanto Ele existe em Seu ser eterno;
II - Enquanto Ele se revela no processo da Criação e da Redenção
Embora sigam a linha dos apologistas e de Irineu, sua doutrina é mais explícita do que a destes (em geral), (e, em particular) nos seguintes pontos:
a) Provavelmente por causa da tendência da igreja ocidental, (da qual faziam parte) de acentuar a unidade da divindade, Hipólito eTertuliano procuram tornar mais explícito como a Trindade revelada não é incompatível com a unidade essencial de Deus.
b) Ao descreverem o Pai, o Filho e o Espírito Santo, usam o termo ‘Pessoa’ (‘Prosopon’, no caso de Hipólito, um dos últimos escritores de língua grega no Ocidente; ‘Persona’, no caso de Tertuliano).
c) O termo ‘Pessoa’é aplicado por Hipólito ao Pai e ao Filho; e por Tertuliano ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo. Porém aplicam-lhes o termo ‘Pessoa’ somente enquanto manifestados na ordem da Revelação. O termo ‘Pessoa’ só mais tarde começou a ser aplicado ao Filho e ao Espírito Santo enquanto imanentes no ser eterno de Deus.
Tertuliano escreve “antes de todas as coisas, Deus estava sozinho, sendo Ele seu próprio universo. Ele estava sozinho, entretanto, no sentido em que não havia nada de externo a Ele, pois mesmo então Ele não estava realmente sozinho, já que Ele tinha consigo aquela Razão que Ele possuía em Si mesmo, isto é, sua própria Razão”. ( Tertuliano: Adversus Prax. 5).
Em outra passagem ele tenta explicar, mais claramente que os seus antecessores, o ser-outro ou a individualidade desta razão imanente ou verbo. Ele explica que a racionalidade ou o discurso, por meio do qual o homem cogita e faz planos é, de uma certa maneira, um “outro” e um “segundo” no homem, e assim é com o Verbo divino, com o qual Deus raciocina desde toda a eternidade e que constitui “um segundo para consigo”.
Primeiramente ao adentrar nesta página reconheço seu valor e a importância de seu autor para a nobre causa do Senhor Jesus Cristo.
ResponderExcluirDito isso, quero convidar você que está lendo estas minhas palavras, a prestar um pouco mais de atenção as revelações do Espírito Santo Verdadeiro em nossos dias.
Por se tratar de um assunto de interesse universal, pediria sua amável atenção, em uma breve, mais com certeza, produtiva visita ao nosso blog, onde estão depositadas Revelações do Senhor Jesus Cristo, para as quais peço encarecidamente que nos ajude a divulgar. Pois estamos vivenciando um memento muito sensível da palavra profética. Desde já suplico as bênçãos do Pai, do Filho e do Espírito Santo Verdadeiro sobre todo aquele que atender esse nosso chamado em nome do Senhor Jesus Cristo. Clique em martins111 - João Joaquim Martins.