sábado, 27 de fevereiro de 2010

Pr. Silas Malafaia debate a PL 122 no SBT

O Pr Silas Malafaia representou muito bem a comunidade evangélica deste país ao participar de um debate no canal de Tv do SBT com a Ex deputada Iara Bernardi, autora da lei que trata como crime passível de punição no código civil, todos os atos contra homossexuais que possam ser julgados como discriminatórios, assemelhando os supostos atos de discriminação contra o homossexual com a discriminação racial. Sobre isso o Pr. Silas mencionou que a lei confunde comportamento com raça, prosseguindo ele disse que ninguém pede para nascer negro, todavia, ninguém nasce homossexual, pois é uma opção comportamental. Nesta entrevista O Pr. Silas também protesta contra os meios escusos que foram utilizados para que o projeto fosse aprovado na câmara federal na "calada da noite", num momento em que apenas 30 deputados estavam presentes.

abaixo seguem os vídeos da entrevista.

VÍDEO 1


VÍDEO 2


VÍDEOS 3

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

A BÍBLIA É A PALAVRA DE DEUS

Provas incontestáveis da veracidade da Bíblia
Novas escavações, achados arqueológicos, escritos antigos, descobertas surpreendentes e avanços no conhecimento científico confirmam o que a Bíblia diz

O maior, melhor e mais confiável documento de todos os tempos é a Bíblia. Suas afirmações são continuamente confirmadas, como mostra o artigo a seguir.

Novas escavações, achados arqueológicos, escritos antigos, descobertas surpreendentes e avanços no conhecimento científico confirmam o que a Bíblia diz. Um recente documentário da BBC comprovou que o êxodo dos israelitas do Egito foi real.

Os registros bíblicos poderiam estar certos
O relato bíblico da saída do povo de Israel do Egito pode ser comprovado cientificamente. Segundo um documentário da televisão britânica BBC, os resultados de pesquisas científicas e os achados e estudos de egiptólogos e arqueólogos desmentem a afirmação de que o povo de Israel jamais esteve no Egito. Contrariamente às teses de alguns teólogos, que afirmam que o livro de Êxodo só foi escrito entre o sétimo e o terceiro séculos antes de Cristo, os pesquisadores consideram perfeitamente possível que o próprio Moisés tenha relatado os fatos descritos em Êxodo – o trabalho escravo do povo hebreu no Egito, a divisão do Mar Vermelho e a peregrinação do povo pelo deserto do Sinai. Eles encontraram indícios de que hebreus radicados no Egito conheciam a escrita semita já no século 13 antes de Cristo. Moisés, que havia recebido uma educação muito abrangente na corte de Faraó, teria sido seu sábio de maior destaque. E isso teria dado a ele as condições para escrever o relato bíblico sobre a saída do Egito, conforme afirmou também um documentário do canal cultural franco-alemão ARTE.

Pragas bíblicas?
Segundo o documentário, algumas inscrições encontradas em palácios reais egípcios e em uma mina, bem como a descrição detalhada da construção da cidade de Ramsés, edificada por volta de 1220 a.C. no delta do Nilo, comprovariam que os hebreus realmente viveram no Egito no século 13 antes de Cristo. A cidade de Ramsés só existiu por dois séculos e depois caiu no esquecimento, portanto, o relato só poderia vir de uma testemunha ocular. Também as dez pragas mencionadas na Bíblia, que forçaram Faraó a libertar o povo de Israel da escravidão, não poderiam ser, conforme os pesquisadores, uma invenção de algum escritor que viveu em Jerusalém cinco séculos depois...

Moisés recebeu a lei no monte Karkom
Do mesmo modo, o mistério do monte Horebe, onde Moisés recebeu os Dez Mandamentos, parece que está começando a ser desvendado pela ciência. No monte Sinai, onde monges do cristianismo primitivo imaginavam ter ocorrido a revelação de Deus, os arqueólogos nunca encontraram qualquer vestígio da presença de 600.000 homens. Em contrapartida, porém, ao pé do monte Karkom, localizado na região fronteiriça egípcio-israelense, foram encontrados os restos de um grande acampamento, as ruínas de um altar e de doze colunas de pedra. Essa concordância com a descrição no livro de Êxodo (Êx 24.4) provaria, segundo citação dos cientistas na BBC, que o povo de Israel realmente esteve por um certo tempo no deserto". (Idea Spektrum, 8/2000)

Não há dúvida de que os relatos bíblicos são corretos. Lemos no Salmo 119.160: "As tuas palavras são em tudo verdade desde o princípio, e cada um dos teus justos juízos dura para sempre." Nosso Senhor Jesus confirmou a veracidade de toda a Palavra de Deus ao orar: "Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade" (Jo 17.17). Nessa ocasião já existiam os escritos do Antigo Testamento, portanto, Jesus confirmou todo o Antigo Testamento, a partir do livro de Gênesis, como sendo a verdade divina.

No Egito, Israel tornou-se um grande povo, exatamente como Deus havia prometido a Abraão séculos antes (Gn 12.1-3). Quando Israel ainda nem existia como nação, Deus já disse a Abraão: "Sabe, com certeza, que a tua posteridade será peregrina em terra alheia, e será reduzida à escravidão, e será afligida por quatrocentos anos. Mas também eu julgarei a gente a que têm de sujeitar-se; e depois sairão com grandes riquezas" (Gn 15.13-14). Foi o que aconteceu com exatidão sob a liderança de Moisés alguns séculos mais tarde. Mas por que Israel foi conduzido para fora do Egito? Para tomar posse de uma terra que Deus lhe havia prometido, pois nessa terra deveria nascer como judeu o Salvador Jesus Cristo.

Hoje muitas pessoas não querem crer em Jesus e na Sua obra de salvação, por isso colocam em dúvida a veracidade das histórias bíblicas, pois gostariam de interpretá-las de outra maneira. Mas ninguém o conseguiu até hoje, pois continuamente são encontradas novas provas que confirmam a exatidão dos relatos bíblicos. Como poderia ser diferente, se o texto original da Bíblia foi inspirado pelo próprio Deus?

Muitas falsas doutrinas, ideologias e teorias têm sua origem em uma postura contrária a Deus. Karl Marx e Friedrich Engels, por exemplo, odiavam tudo que dizia respeito a Deus. Charles Darwin também rejeitava a Deus. Ele desenvolveu a teoria da evolução porque tinha se afastado conscientemente de Deus. Evidentemente, quando se faz isso, precisa-se buscar uma nova explicação para tudo o que existe visivelmente. Mas o pensamento lógico já nos diz que aquilo que nossos olhos vêem não pode ter surgido por si mesmo. Peter Moosleitner (que por muitos anos foi redator-chefe da popular revista científica alemã PM) acertou em cheio ao afirmar: "Tomemos a explosão inicial, talvez há 16 bilhões de anos – ali reinavam condições que conseguiam reunir, num espaço do tamanho da ponta de uma agulha, tudo o que forma o Universo. Então, esse ponto se expandiu. Segundo essa concepção, temos duas alternativas: (1) Paramos de perguntar pelas origens do Universo. (2) Se existe algo capaz de colocar o Universo inteiro na ponta de uma agulha, como poderei chamá-lo, a não ser de Deus?"

Mas, na verdade Deus é infinitamente maior! Ele criou tudo a partir do nada, através de Sua Palavra, e isso não aconteceu há bilhões de anos, mas há cerca de 6000 anos atrás, em apenas seis dias. Hebreus 11.3 diz: "Pela fé, entendemos que foi o universo formado pela palavra de Deus, de maneira que o visível veio a existir das coisas que não aparecem." A Palavra de Deus não é apenas absoluta verdade e absolutamente poderosa, ela também salva por toda a eternidade, concede vida eterna, livra do juízo, e vence até a própria morte. Jesus Cristo diz: "Em verdade, em verdade vos digo: quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna, não entra em juízo, mas passou da morte para a vida" (Jo 5.24).

Autor: Norbert Lieth
Fonte: Chamada


segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

A APOLOGÉTICA EM IRINEU

O TEÓLOGO E APOLOGISTA IRINEU

“Irineu veio da Ásia Menor, onde na juventude fora aluno de Policarpo de Esmirna, que, por sua vez, tinha sido discípulo de João. Sua teologia, além disso, exemplifica a tradição joanina associada à Ásia Menor. A maior parte de sua vida, no entanto, passou no ocidente. Tornou-se bispo de Lyons por volta de 177, e ali permaneceu até sua morte ( no início do terceiro século). Bengt Hagglund – Historia da Teologia (pgs 35-41).

Apenas dois escritos de Irineu chegaram até nós. Um deles é sua ampla refutação dos gnósticos, Adversus haereses, do qual permanecem um fragmento do original grego e uma tradução latina. O segundo Epideixis, apresenta as doutrinas básicas da “proclamação apostólica”. Este, por muito tempo, só era conhecido pelo nome, mas foi redescoberto em tradução armênia em 1904.

O principal objetivo da obra teológica de Irineu era defender a fé apostólica contra as inovações gnósticas. A gnose de Valentino foi a maior ameaça ao cristianismo, em sua opinião, pois ameaçava a unidade da igreja bem como procurava destruir a distinção entre o cristianismo e as especulações religiosas pagãs.

Irineu era um teólogo bíblico no verdadeiro sentido do termo. Enquanto os gnósticos buscavam a revelação em sabedoria oculta que, ao menos, em parte, era independente da Bíblia, em mitos e sabedoria de mistérios, Irineu afirmava ser a escritura a única base para a fé. O Antigo e Novo testamento eram os meios pelos os quais a revelação e a tradição original nos atingem. Além do Antigo testamento, que julgava ser, acima de tudo, o fundamento da doutrina da fé, Irineu faz referência a uma coleção de escritos do Novo Testamento, que considerava de igual autoridade e que, em traços gerais, é o mesmo cânone hoje aceito. A Palavra “Testamento”, naturalmente, não era empregada neste texto. O canône ainda não tinha sido formalmente determinado. Alguns dos escritos neotestamentários eram considerados demasiadamente controversos; eram aceitos como canônicos em alguns círculos, enquanto em outros sua autoridade apostólica era posta em dúvida. Em traços gerais, no entanto, os limites do cânone do Novo Testamento já tinham sido definidos mesmo antes da época de Irineu. O modo como ele emprega os escritos do Novo Testamento demonstra, até certo ponto, este fato.

Irineu nada diz sobre a diferença entre Escritura e tradição que apareceu mais tarde no campo da dogmática. A tradição oral que cita como tendo autoridade decisiva era o que apóstolos e profetas ensinavam, e que confiaram à igreja, e fora perpetuado nela pelos que tinham recebido o evangelho dos apóstolos. Com relação ao conteúdo, isto nada era além da proclamação conservada em forma escrita no Antigo e no Novo Testamento. Os gnósticos, por usa vez, deturpavam os ensinamentos da Bíblia fundamentando-se em tradições que não procediam dos apóstolos. Em passagem bem conhecida (Adversus haereses, III, 3, 3) Irineu se refere à cadeia ininterrupta de bispos romanos, começando com a época dos apóstolos, para demonstrar que era a igreja – e não os heréticos – que tinha preservado a tradição correta. Seria erro, contudo, procurar ver nesse texto o conceito de sucessão apostólica desenvolvido posteriormente. Irineu, em última análise, estava preocupado, em primeiro lugar, com conteúdo doutrinário e não com teorias sobre ordenação.

O ponto interessante da teologia de Irineu, dentro do nosso contexto apologético, é observado no fato, de que, ele tinha como alvo principal apresentar o plano da salvação de Deus desde a criação até o cumprimento final . O Tempo, em sua opinião, era época limitada; principiou com a criação e terminará com o cumprimento. Em ambas as extremidades circunda-o a eternidade. Ë dentro deste contexto do tempo que a salvação ocorre. Dentro deste contexto Deus realizou as ações testemunhadas pelas escritura, e das quais depende a salvação dos homens. Para os gnósticos a salvação não era algo que realizava dentro da história; era uma idéia, um sistema especulativo que supunha poder a alma elevar-se acima do temporal e reunir-se com sua origem divina mediante a gnose. Para Irineu tudo isto era história real, cujo cumprimento se esperava para o fim dos tempos. A diferença entre a cosmovisão grega e o conceito cristão de tempo evidencia-se nestes pontos de vista opostos.

A criação fazia parte do plano divino da salvação. O Filho de Deus, o salvador, estava presente antes do princípio do tempo em seu estado preexistente. O homem foi criado para que o Salvador não estivesse só, de modo que houvesse alguém para salvar. Tudo foi criado mediante o Filho e para o filho. A salvação foi realizada pelo mesmo motivo porque Deus criou: a fim de que homem pudesse ser semelhante a Deus. O homem foi criado a imagem de Deu, mas, como resultado da queda, essa semelhança foi perdida. O significado da salvação é tornar possível ao homem concretizar seu destino mais uma vez, a saber, que o homem possa tornar-se a imagem de Deus segundo o protótipo discernível em Cristo. O homem se encontra no centro da criação. Tudo o mais foi criado para o homem usar. Mas o homem foi criado para Cristo e para tornar-se como, que é o centro de toda existência, Aquele que abrange tudo no céu e na terra. (Cf. Adversus haereses, V.16,2).

A salvação para os gnósticos, consistia em libertar-se o espírito do homem da criação, do mundo material e retornar à pura espiritualidade. Para Irineu, no entanto, salvação significava que a própria criação seria restaurada a seu estado original, que a criação finalmente atingiria o destino que Deus lhe reservara. Em outras palavras, salvação, para Irineu, não significava que o espírito do homem se libertaria de suas cadeias materiais, mas em vez disso, que o homem inteiro, corpo e alma, seria libertado do domínio do diabo, retornando a sua pureza original e tornando-se como Deus.

A idéia básica da apresentação de Irineu do plano da salvação é que a Obra da criação foi restaurada e recapitulada na salvação realizada por intermédio de Cristo. Em oposição aos gnósticos, que julgavam consistir a salvação no livramento do espírito do mundo material, Irineu insistia que Deus e homem, corpo e alma, céu e terra, são capazes de ultrapassar a ruptura provocada pela invasão do pecado e serem reunidos novamente. Isto, para Irineu, era o significado da salvação.

Irineu também desenvolveu sua cristologia em oposição ao ponto de vista docético defendido pelo gnosticismo. A obra da salvação pressupõe que Cristo é tanto verdadeiro homem como verdadeiro Deus. “Se os inimigos do homem não foram vencidos pelo homem, não podem ter sido verdadeiramente vencidos; além disso, se nossa salvação não procede de Deus, não podemos estar plenamente seguros que estamos salvos. E se o homem não se unisse com Deus, não lhe seria possível compartilhar a imortalidade”(III, 18,7; Cf. Gustav Aulen, History of Dogma, p.32). Encontramos aqui forte ênfase na humanidade de Cristo: um homem real tinha de andar na trilha da obediência a fim de que a ordem que fora destruída pela desobediência de Adão pudesse ser restaurada. Ao mesmo tempo, apenas Deus podia realizar a obra da redenção. Cristo é verdadeiro homem e verdadeiro Deus. (vere homo, vere deus)”.

Ao analisarmos minuciosamente tudo o que foi dito acima, nos aclara cada vez mais a nossa mente, o fato, que o elemento apologético é a grande mola impulsionadora e motivadora deste teólogos patrístico, por nome de Irineu. O mesmo revela um propósito firme e determinado de combater todas as idéias gnósticas, que, procuram desfazer as principais doutrinas da fé cristã.


quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

A APOLOGÉTICA NO AMBIENTE DA TEOLOGIA PATRÍSTICA

A natureza essencial da apologética pode ser observada a partir da teologia cristã e a situação intelectual de sua época. “Justino Martir, apologista do século II, combinou o conceito estóico de logos com a idéia bíblica da palavra de Deus. Os Teólogos Alexandrinos Clemente e Orígenes acharam terreno comum na filosofia platônica, assim como Agostinho. Tomáz de Aquino fez uso de Aristóteles. Partindo de terreno comum, o objetivo dos apologistas era sempre o de recomendar a verdade cristã ao mundo pagão, utilizando todas as evidências da história e da natureza humana à sua disposição. Quando o cristianismo tornou-se a religião majoritária no Império e deixou de ser uma minoria lutando num mundo pagão, a apologética trabalhou para clarificar o caráter razoável da fé cristã aos que já criam, sustentando que é perfeitamente razoável aceitar os relatos bíblicos do cristianismo. Depois da Reforma, a apologética tornou-se a defensora da ortodoxia cristã contra os ataques do deísmo, racionalismo, naturalismo, materialismo e outros. Ao mesmo tempo, porém a apologética foi colocada na posição defensiva por causa das descobertas das ciências naturais e da ciência histórica. "A apologética trouxe descrédito a si própria ao procurar por Deus nas lacunas de nosso conhecimento histórico e científico moderno, tendo que recuar constantemente de um posto avançado para outro, até que por fim já não havia mais território significativo para defender”.(Dogmática Cristã,Vol.1 Pg35).

O período patristíco se caracteriza pela história da patrologia da igreja. Apesar da diversidade de opiniões este foi sem dúvida um momento muito propício para se formar uma verdade substâncial em assuntos vitais para a teologia.

Conforme J.N.D. Kelly em sua obra “Dogmas Centrais da Fé Cristã” nos apresenta a seguinte avaliação do período patrístico, através da qual podemos perceber características muito importantes que vai nos dar as fortes características apologéticas dos pais da igreja. “Duas importantes linhas divisórias, uma vertical e outra horizontal, atravessam o período. A primeira é a diferença de temperamento teológico entre o Oriente e o Ocidente. Por razões históricas, Roma e as igrejas imediatamente associadas a ela (Gália, Espanha, Norte da África, etc.) desenvolveram-se relativamente independentes das igrejas orientais, e isso se reflete em seus credos, liturgias e atitude doutrinária. Enquanto os teólogos gregos são em geral intelectualmente ousados, tendendo à especulação, seus colegas latinos, com exceção daqueles sujeitos às influências orientais, parecem, pelo contrário, cautelosos e prosaicos, limitando-se a expor a regra tradicional de fé. Como exemplo extremo dessa diferença basta justapor os conceitos de teologia sustentados por 1) Irineu e Tertuliano, e 2) Clemente e Orígenes, na segunda metade no segundo século e na primeira metade do terceiro. Nutrindo profundas suspeitas em relação a filosofia, sendo até hostís a ela, os primeiros limitaram a função da teologia à exposição das doutrinas apresentadas nas Santas Escrituras; elogiavam os cristãos simples que se satisfaziam com a regra de fé. Por outro lado, Clemente e Orígenes chegaram ao ponto de distinguir dois tipos de cristianismo, a que correspondiam dois graus de cristãos. O primeiro tipo, inferior, baseava-se na “fé”, isto é, na aceitação literal das verdades declaradas nas Escrituras e do ensino da igreja, enquanto o segundo tipo, superior, era descrito como “gnosis”, isto é, uma forma esotérica de conhecimento. Esse tipo começava com a Bíblia e a tradição, aliás, baseava-se nelas, mas esforçava-se por trazer a tona seu sentido mais profundo e, à luz disso, explorar os mistérios mais profundos de Deus, de Seu universo e do plano da salvação; supunha-se que isso devia culminar em contemplação mística ou êxtase. Desse modo, eles dividiam os fiéis em simples crentes, a quem tendiam a desprezar, e homens “espirituais” ou “perfeitos”, a quem consideravam especialmente privilegiados por Deus.

A linha divisória horizontal coincide com a reconciliação entre a igreja e o império efetuada por Constantino I (306-337), cujo o símbolo foi o Concílio de Nícéia (325). Antes disso, a igreja era um corpo perseguido, que lutava para se adaptar a seu ambiente e derrotar inimigos como o gnosticismo. É um mérito da igreja que, apesar de todas as dificuldades, ela tenha conseguido produzir grandes teólogos construtivos como Irineu e Orígenes. Com a acessão de Constantino, porém, a situação mudou radicalmente. Daí por diante, com exceção de um rápido interlúdio, quando Juliano foi o único imperador (361-363), a igreja desfrutaria o favor muitas vezes embaraçoso do Estado. A era intensa de controvérsia eclesiástica havia começado, e os concílios de bispos tornaram-se instrumento adotado para definir o dogma. Na verdade, a teologia cristã estava entrando em período de esplendor, e as definições conseguidas a custo neste contexto de controvérsia e, muitas vezes, de rivalidades nada edificantes, iriam revelar-se de valor duradouro.

Entretanto o fato mais importante de tudo é o fato de que a igreja dos pais foi colocada no ambiente cultural complexo do Império romano. Isso significa que, embora fosse baseada em suas próprias fontes singulares de revelação, a teologia cristã não foi moldada dentro de um vácuo. A atmosfera em que ela teve de crescer e desenvolver estava repleta de noções religiosas, filosóficas e até teosóficas. Ela reagiu com violência contra algumas; e foi consciente ou inconscientemente afetada por outras. Para quem espera apreciar de forma adequada a evolução do pensamento patrístico é indispensável certa familiaridade com esse ambiente.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

A APOLOGÉTICA CRISTÃ E SUAS ORIGENS

A apologética cristã ou defesa da fé é a atividade que visa de maneira clara e inteligente mostrar que a mensagem do evangelho é verdadeira e digna de confiança .

Com os gregos, um dos exemplos mais palpitantes é o de Paulo que enfrentou uma audiência formada por epicureus e estóicos, duas correntes distintas da filosofia grega> na ocasião, ele afirmou que o verdadeiro conhecimento de Deus vem através da criação e de Jesus Cristo, e que a fé cristã não se fudamenta sobre a sabedoria ou a vã filosofia dos homens. Na carta aos Colossenses, Paulo condena o Gnosticismo, um grupo que afirma que havia uma verdade mais elevada que somente os iluminados poderiam alcançar.

Com o império romano foi bem mais ferrenho. As criticas contra os cristãos baseavam-se em rumores populares. Alguns diziam que os cristãos eram canibais pois reuniam-se para comer e beber o sangue de um homem, o que era uma errônea interpretação da ceia do Senhor. Outros diziam que os cristãos viviam praticando incestos

Pois havia casamento entre irmãos, devido a mal entendido sobre o tratamento fraterno na igreja, porém, o que mais irritou o os romanos foi a atitude cristã em relação ao estado. Os cristãos não poderiam adorar o imperador da mesma forma que os cidadãos romanos faziam. Para a igreja havia um só Senhor Jesus Cristo, e não César. Por causa da recusa da igreja cristã de adorar os deuses de Roma, violentas perseguições foram desencadeadas contra os cristãos.

No entanto, o resultado dessas perseguições foi benéfico para a igreja de Cristo pois além de fortalecer ainda mais fé dos fiéis provocou o surgimento dos apologistas. Era preciso responder as acusações e Deus começou a levantar homens capazes de defender o cristianismo, tanto do ponto de vista das escrituras como também da filosofia. Verdadeiros gigantes da fé levantaram-se para expor a doutrina cristã, produzindo assim importantes obras teológicas. Nesses escritos, conhecidos como apologias, eles fizeram um apelo racional aos líderes pagãos procurando oferecer uma interpretação inteligente do cristianismo.

sábado, 6 de fevereiro de 2010

BIBLIA DAKE - COMADESPE

BÍBLIA DE ESTUDOS DE DAKE - Posicionamento da COMADESPE


Considerando alguns comentários e mesmo e-mails que recebí com indagações sôbre o posicionamento oficial da COMADESPE - Convenção dos Ministros das Assembléias de Deus no Estado de São Paulo e Outros, presidida pelo Pr. José Ezequiel da Silva, com relação a publicação da Bíblia de Estudo de Dake pela CPAD, nada comentei porque não havia tal posicionamento. Até então o que aqui postei era de minha opinião pessoal a respeito do assunto, porém agora o que aqui posto, é apenas uma transcrição literal do posicionamento oficial da COMADESPE, que pode ser verificado em seu site oficial.



MANIFESTO DA COMADESPE CONTRA A PUBLICAÇÃO DA
BIBLIA DE ESTUDO DAKE PELA CPAD



Conforme aprovado em Plenário Convencional, durante a 76ª AGO da COMADESPE, nesta cidade de Bauru, SP, em 28 de janeiro do corrente, segue abaixo o nosso posicionamento com relação à publicação da Bíblia de Estudo DAKE pela CPAD – Casa Publicadora das Assembleias de Deus.

1. Considerando a publicação da Bíblia de Estudo DAKE, pela CPAD, e sua posterior publicidade reforçada por nós, por ser tradição confiarmos nos produtos lançados pela nossa editora, ficando nós assim também comprometidos diante desses irmãos;

2. Considerando os inúmeros questionamentos sobre a referida obra por parte de nossos Ministros filiados, bem como de irmãos pertencentes às igrejas por eles dirigidas;

3. Considerando as heresias confirmadas na Bíblia de Estudo DAKE, conforme já denunciadas pelo Conselho de Doutrina e Comissão de Apologética, conforme se segue:

a) - “Temos muitos exemplos de Deus indo de lugares para lugares, como as outras pessoas” (nota Gênesis 11.5ª - p. 15);

b) - “Aqui, se refere literalmente a uma luta física, provando que Deus tem um corpo e pode ser visto, sentido, segurado e tocado como um homem ou anjo” (nota Gênesis 32.24b - p. 44);

c) - “Além das aparições anteriores, os profetas viram a Deus, sua forma, seu corpo (como o de um homem), seus cabelos, seus olhos, suas partes corporais, suas roupas, seu trono em forma de carruagem descido pelos querubins em visões” (nota 44 - p. 89);

d) - “É óbvio que o próprio Deus fez uma viagem ao Egito para que seus próprios olhos vissem as verdadeiras condições, como fez em algumas outras ocasiões antes de agir nos assuntos dos homens na terra [...] Por essa razão Deus fez uma série de aparições pessoais na terra” (nota Êxodo .16b - p. 102);

e) - “Aqui temos outra prova, dentre as centenas nas Escrituras, de que Deus tem um corpo físico com partes físicas como o homem” (nota Êxodo 24.10b - p. 133);

f) - “Aprendemos com as Escrituras que até Deus e os anjos comem e bebem” (nota Êxodo 24.11c - p. 133);

g) - “Deve ser considerado literalmente [...] Afirma-se claramente que a escrita foi feita pelo dedo de Deus e, uma vez que ele tem mãos e dedos, a afirmação deve ser entendida dessa forma” (nota Êxodo 31.18c - p. 145);

h) - “O trono de Deus está no norte do universo” (nota em Levítico 1.11ª - p. 190);

i) - “A habitação de Deus é o planeta céu” (nota Salmos 33.14ª - p.886). Obs: a palavra “planeta” foi amputada na edição em português);

j) - “Nenhuma declaração nas Escrituras sugere que Deus conhece cada pequeno detalhe de cada ato e pensamento dos agentes da livre moral de toda a eternidade, mesmo antes de ele existir” (nota Deuteronômio 32.19b - p. 367);

l) - “O corpo de Deus é como o de um homem, pois o homem foi criado à sua imagem e semelhança física [...]. Toda essa descrição refere-se a uma das carruagens literais de Deus, nas quais ele se move de um lugar a outro quando bem entende [...]. E Deus também tem muitas outras formas de se mover e ir de um lugar para outro fisicamente, como todos os outros seres existentes. Ele é onipresente, mas não está fisicamente em todos os lugares ao mesmo tempo” (nota Ezequiel 1.26b - p. 1309);

m) - “[...] Deus não muda e não pode mudar seu plano e desígnio original eterno, mas pode mudar - e muda - algumas formas e meios para cumprir os planos” (nota Malaquias 3.6 “não mudo” - p. 1511);

n) - “Deus e os anjos têm um corpo espiritual e, não obstante, eles são corpos reais, tangíveis e materializados” (nota I Coríntios 15.44ª - p. 1846);

4. Considerando que uma Bíblia de Estudo tem maior peso do que qualquer outra obra editada, tais como comentários bíblicos, dicionários e outras publicações de caráter consultivo;

5. Considerando ser a CPAD uma editora de caráter confessional, e que, por conta disso, não deve contrariar os princípios doutrinários basilares da denominação mantenedora;

6. Considerando o não cumprimento da resolução do CONSELHO DE DOUTRINA reunido no dia 18.11.2009, na sede da CGADB, juntamente com a COMISSÃO DE APOLOGÉTICA - estando presentes os nossos representantes nos respectivos conselhos, resolução essa que rejeitou qualquer adaptação às notas, comentários, estudos etc. para uma próxima edição, sugeridas pelos representantes da CPAD, quando o mesmo orientou então a suspensão imediata da venda da BIBLIA DE ESTUDO DAKE, bem como o recolhimento dos exemplares ainda não vendidos.

7. Considerando a não observância das normas estatutárias e regimentais que obrigam uma obra deste vulto ter aquiescência do Conselho de Doutrina, antes da sua publicação, o que não foi observado, mostrando um flagrante desrespeito as normas estabelecidas; conforme o Artigo 65, Parágrafo 2º do ESTATUTO, que diz:

“Os membros do Conselho de Doutrina examinarão os textos de obras encaminhadas pelo gerente de publicação da CPAD, devolvendo-as no prazo entre quinze e sessenta dias, prorrogáveis por igual período, se necessário.”

E ainda o artigo 29, incisos II e III, do REGIMENTO INTERNO, da CGADB, que reforça. Compete a Conselho de Doutrina:

II - deliberar sobre qualquer assunto de natureza doutrinária, direta ou indiretamente relacionado com as Assembléias de Deus no Brasil;

III - deliberar sobre súmulas, textos doutrinários e quaisquer obras a serem publicadas pela Casa Publicadora, obrigatoriamente encaminhadas a este Conselho, pela gerência de publicação da CPAD; (grifo nosso)

8. Considerando que o gerente de publicação da CPAD foi alertado pelos revisores de plantão que seria suicídio publicar, pela Casa Publicadora, a Bíblia de Estudo Dake, devido ao erro estrutural contido nos rodapés, alerta que foi desmerecido;

9. Considerando que houve esforços do nosso representante no Conselho de Doutrina da CGADB, na busca de uma solução que não expusesse a editora, nem os conselhos, nem a denominação, ate agora sem sucesso,

10. Considerando que a referida Bíblia continua a ser vendida sem que sejam avaliados os prejuízos espirituais que trarão ao povo de Deus, agora, e no futuro:

A Convenção dos Ministros das Assembléias de Deus no Estado de São Paulo e Outros DECIDIU, por unanimidade, tornar público sua reprovação à publicação da referida Bíblia, e enviar ofício além da CGADB, à todas as Convenções Regionais das Assembléias de Deus no Brasil, uma vez ser da competência do nosso órgão máximo zelar pela manutenção da doutrina, conforme determina as normas estatutárias, a saber:

Art. 3º. São finalidades da CGADB:

- atuar no sentido da manutenção dos princípios morais e espirituais das Assembléias de Deus no Brasil;

- zelar pela observância da doutrina bíblica, incrementando estudos bíblicos e outros eventos;

- manter o controle de seus órgãos, da Casa Publicadora das Assembléias de Deus – CPAD e das demais pessoas jurídicas existentes ou que venham a existir, quando necessário, propugnando pelo desenvolvimento dos mesmos;

Manifestamos ainda a nossa posição contrária à publicação, pela CPAD, da referida obra, e alertamos os nossos filiados quanto aos perigos das heresias nela contida, e através deste manifesto, tornamos público o nosso pensamento sobre o assunto. Outrossim, deixamos bem claro que esta Convenção, de maneira alguma, se colocou ou se coloca em posição contrária à CPAD, por se tratar da Casa Publicadora das Assembleias de Deus, que todos nós amamos e respeitamos; nós apenas estamos manifestando nossa indignação pelo material doutrinário espúrio que veio parar na mãos do nosso povo, por conta da não observância e desrespeito às normas estabelecidas pela Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil.

Igualmente, aproveitamos o momento para registrar nossa gratidão a Deus pelo que representa a CPAD para a nossa ASSEMBLEIA DE DEUS, em seus 70 anos de história, bem como o nosso profundo respeito pelos seus gestores, reiterando que nossa posição é pontual e exclusivamente de caráter doutrinário quanto à publicação da Bíblia de Estudo DAKE.

Bauru, 28 de janeiro de 2010

Pela Diretoria,

Pr. Luiz Francisco dos Santos
Primeiro Secretário

Pr. Carlos Roberto Silva
Vice Presidente Executivo

Pr. José Ezequiel da Silva
Presidente

O CRISTIANISMO E A FILOSOFIA GREGA

A TEOLOGIA APOSTÓLICA E SUA RELAÇÃO COM A FILOSOFIA GREGA

Talvez alguns bons cristãos ignorem o fato de que próprio cristianismo primitivo considerou algumas idéias do conhecimento secular, principalmente da filosofia grega. As conquistas de Alexandre “o grande” proporcionou a propagação de um movimento cultural denominado “helenização”, que é uma “globalização” do pensamento grego e do uso da língua grega. Nesse período são enfatizadas quatro correntes filosóficas, as quais tiveram uma certa atenção da Teologia Apostólica. O Estoicismo, defendia o princípio da resignação; o Epicurismo, defendia o princípio da descrença, o Cinismo, defendia o princípio do deboche, pondo em dúvida todos os valores aceitos pela sociedade, especialmente os valores políticos, éticos e religiosos. A idéia de transcendência, desenvolvida na filosofia de Platão, encontra um certo paralelo no pensamento cristão. De acordo com Platão, Deus é a esfera maior da realidade espiritual, a alma é a realidade intermediária, enquanto o mundo, é a realidade inferior, através do processo descrito pelos gregos “diairesses”, que significa movimento de ascendência e descendência e o termo “synagouguê”, que significa ajuntamento. Para Platão o termos: “oussia” é alusivo a essência das coisas; “fhilebus”, a essência de Deus; “telos” a essência do homem. O telos se apresenta como a força da alma, a energia, a vontade. Este esquema pensado por Platão, visa pôr fim a angustia do destino. A providência emana do mais alto dos deuses e nos dá coragem para escapar das vicissitudes do destino. Com essa linha de raciocínio Platão se aproximou da doutrina da Providência Divina, elaborada pela teologia dos apóstolos e enfaticamente na teologia de Paulo. A filosofia aristotélica se harmoniza com o pensamento cristão no tocante a idéia de que o divino é forma sem matéria, é aquele perfeito em si mesmo. Deus, segundo Aristóteles, é a forma perfeita, que movimenta o mundo, não empurrado de fora, mas atraindo a si todas as coisas. Por meio do amor, que se constitui a força infinita. Portanto, Deus, a forma suprema, ato puro, move todas as coisas, ao ser amado por todas coisas. Toda realidade, expressa em todos os que as constituem, desejam se unir a Deus, para se livrar da forma inferior, em que existem. A filosofia Estóica impregnou de coragem a vida das pessoas que viviam sem sonhos e sem idéias e sem ideais, tornando-as capazes de enfrentar o destino e a morte. O “Logos”, segundo os estóicos, não é só a mente cósmica, que põe a matéria em movimento, fazendo surgir o “kaos” o “kosmos”, como pensava Heráclito, mas é a inteligência que cria o mundo, na medida que cria sonhos e ideais. A teologia apostólica se apropriou da idéia do “Logos Criador” do mundo, de coragem e esperança para os homens. Na idéia grega, O Logos contribui para a criação de um novo mundo, enquanto a coragem, faz com que as pessoas se apropriem desse novo mundo. Na teologia cristã isso tem uma certa relação com a pregação do Reino de Deus, para que os homens deixem o reino das trevas e venham para o reino da luz. Os estóicos desconheciam o conceito de pecado, porém, pregavam uma salvação baseada na sabedoria e não no arrependimento dos pecados. A salvação estóica é conquistada pelo próprio indivíduo, que consegue substituir a ignorância pela sabedoria, enquanto a salvação cristã, conforme a teologia apostólica, é concedida pela graça divina àqueles que se arrependem de seus pecados, a partir da fé no sacrifício expiatório de Jesus Cristo. Neste contexto alguns estudiosos afirmam que a teologia apostólica teria sido fortemente influenciada pela filosofia de Platão, Aristóteles e outros, porém, eu acredito que toda verdade procede de Deus, portanto é possível que no tocante a Revelação Geral, os homens de um modo geral podem ter percepções das verdades espirituais,e foi por essa razão que os apóstolos não desprezam tal saber, pois, mesmo sendo contrários maioria das filosofias humanas, não descartaram tais conhecimentos, pois os mesmos facilitaram o desenvolvimento explicação da doutrina cristã.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Orkut: bênção ou maldição?

Uma história real: um jovem, a internet e o orkut
Sheila Bastos, Redação OGalileo

A rede de relacionamentos mais utilizada no Brasil foi criada em 2004 pelo engenheiro do Google, o turco Orkut Büyükkakten, daí o nome “Orkut”, e apesar de ser odiado por muitos, inclusive líderes cristãos, há quem faça dele uma excelente ferramenta para a evangelização e pregação da Palavra de Deus.

A internet é uma arma poderosa que pode ser usada tanto para o bem quanto para o mal, isto é fato. E alguns cristãos encontraram na tecnologia a oportunidade de levar as boas novas aos quatro cantos do mundo.

Deus muito obrigado, por tudo! Este é o nome de uma das maiores comunidades cristãs dentro do Orkut. Possui mais de um milhão e trezentos mil membros, que diariamente participam dos fóruns, compartilham bênçãos, opinam, debatem e até evangelizam.

No entanto, diferente de outras comunidades observei que nesta, o mediador ou dono, sempre está presente, criando enquetes, fóruns, e mais... Que ele também possui outras comunidades seculares. Então eu fui atrás conferir. Imaginei que ele estivesse entre o eixo Rio - SP, que nada! Para a internet não há fronteiras.

O moderador Wallysson Rodrigues, mora no sul do estado do Ceará, na cidade de Juazeiro do Norte. Um jovem de 24 anos, simpático e comunicativo. Ele mora com os pais, é o mais velho de uma família de três irmãos e cursa o último ano da Faculdade de Direito.
É dele a comunidade: Deus muito obrigado por tudo! E também outras 22, dentre elas:
'Decepção não mata, ensina viver', 'O mundo dá voltas', 'Atitudes valem mais do que palavras', 'Desistir dos meus sonhos? Nunca' e 'O que tiver que ser meu, será'.

Após a sua conversão há 2 anos, Wallysson contou-me que reavaliou o seu conceito sobre o seu hobby preferido: as comunidades. Orou ao Senhor, e não se desfez de nenhuma, pelo contrário, criou outras, e através delas consegue falar de Jesus, aconselhar pessoas e trocar idéias sempre a luz da Palavra de Deus.

A sua menor comunidade possuiu em torno de 280 mil participantes, e a maior dois milhões e quinhentos mil. É muita gente, não? Perguntei então, se ele tinha idéia de quantas pessoas puderam ouvir de Jesus através dele. Tímido ele respondeu apenas com um sorriso, típico dos homens de Deus que não olham números, que não se envaidecem, mas que glorificam ao Senhor por tudo.

Apesar de estar focado na conclusão do seu curso de Direito e já se preparando para o exame da OAB, ele sempre reserva um tempo para monitorar as comunidades. Para 2010, avisou que ainda não pensou em novos temas, mas se surgir ele não hesitará em criar uma nova.

Este jovem é um exemplo. Transformou a sua diversão de adolescência em um canal direto em prol da evangelização. Certamente quando tudo começou há seis anos, ele não imaginava o que poderia acontecer, mas o seu encontro com o Jesus lhe deu novas estratégias para usar a internet e o tão temido “Orkut” a favor da obra grandiosa do Senhor!

Wallysson parabéns pela iniciativa! Que o Senhor através da sua história possa inspirar outros jovens cristãos a usarem as suas redes de relacionamento para fazerem a diferença!