quarta-feira, 29 de setembro de 2010

O QUE É ORAÇÃO - Lição 1

Qualquer cristão, por mais simples que seja, está habilitado para fornecer uma definição coerente sobre oração. Pois, esta é uma prática imprescindível na vida religiosa daqueles que têm uma experiência real com Deus. De uma forma objetiva todos podem dizer que orar é simplesmente "falar com Deus", pois também é dessa forma que o Salmo 4.3 conceitua a oração "Sabei que o Senhor separou para si aquele que é piedoso; o Senhor me ouve quando clamo a ele". Segundo Caio Fábio "Do ponto de vista bíblico orar é ora-ação. É desencadear poderes no interior humano e no céu os quais se transformaram em ações as mais eficazes na terra. É ato de conspiração com o mais forte de todos os aliados. É subverter situações e dar um golpe de estado nas coisas imutáveis".

A oração é o derramar de modo sincero, consciente e afetuoso o coração ou a alma diante de Deus, por meio de Cristo, no poder e ajuda do Espírito Santo, buscando as coisas que Deus prometeu, ou que são conforme a sua palavra, com fé e submissão à vontade de Deus". "(John Bunyan).

A oração é a experiência religiosa mais comum entre os seres humanos. Ela é o cérebro da religião. È pilastra principal de toda piedade humana. È a essência da fé cristã. Lutero afirmou que aquele que não ora ou não invoca a Deus na hora da necessidade, certamente não o considera como Deus, nem lhe dá a honra que lhe é devida". Pela prática a oração podemos medir com segurança o grau de religiosidade de uma pessoa. Isto é possível, porque a oração é o elemento central do comportamento religioso.

"A oração genuína e total nada mais é do que o amor", definiu Agostinho. Nas palavras de O. Hallesby, a essência da oração é abrirmos a porta de nossas vidas para o Cristo ressurreto: "Eis que estou à porta e bato; se alguém(...) abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele e ele comigo" (Ap 3.20). Orar é pedir a Deus que entre em nossa condição humana, e em todas as nossas muitas necessidades e inunde a nossa insensibilidade espiritual com seu poder ressuscitador.

A oração, portanto, é uma relação interpessoal. Ela é um chamado de pessoa para pessoa; por isso, exige uma resposta. Podemos afirmar que a oração é a línguagem universal da religião em toda parte. Ela expressa o desejo da alma, proferido ou inexprimido. Em todas as épocas, em todos os países, entre todas as tribos primitivas ou sofisticadas, membros de igrejas elevam em oração, até o trono de Deus, suas mais profundas aspirações religiosas. Não restam dúvidas sobre o fato de a oração ser uma linguagem da experiência religiosa. Assim como as aves cantam e os leões rugem para exprimir emoções e fazer sinais para outros, o ser humano expressa a Deus suas necessidades, sucessos e fracassos por meio da oração. Assim como a respiração é indispensável para o corpo, a oração é igualmente indispensável para a vida espiritual do ser humano. Apesar de encontrarmos na Palavra de Deus uma definição para o fenômeno da oração, seu poder é demonstrado na vida dos filhos de Deus em qualquer parte das Escrituras. Suas experiências com Deus estão registradas para nossa edificação espiritual. Suas vidas são verdadeiros exemplos para nós na atualidade.

Vários são os termos usados na Bíblia Sagrada para descrever a experiência de oração "clamar a Deus" (Sl 130.1); "elevar a alma a Deus" (Sl 25.1); "Buscar o rosto de Deus" (Sl 27.8); "Prostrar-se diante do Senhor" (Sl 95.6); "derramar perante o Senhor o nosso coração" (Sl 62.8); "suplicar, orar, interceder, agradecer" (i Tm 2.1); "invocar o nome do Senhor" (Sl 116.4); "dobrar os joelhos perante o Pai" (Ef 3.14); e "esperar diante do Senhor" (Hb 10.22,23). A Bíblia Sagrada é o grande livro-texto sobre a oração. Na prática da oração colocamos à prova suas grandes e preciosas promessas e comprovamos sua fidelidade.

A NECESSIDADE DA ORAÇÃO

Se Deus já conhece as minhas necessidades, por que devo orar? Será que devo amolar a Deus com detalhes insignificantes da minha vida particular, se existem questões de muito maior importância no mundo? A resposta que encontramos é que Deus deseja dialogar conosco. Ele tem interesse por nós. Da mesma forma que anelamos por nossos filhos compartilharem conosco os detalhes corriqueiros de seu dia, também Deus anela por ouvir de nós os menores detalhes de nossa vida. Podemos enumerar outras razões: orar é um mandamento divino (Mt 7.7,8); a verdadeira oração exige temor a Deus (Jo 9.31); a oração revela e produz humildade (Dn 9.17-19); a oração nos convence de que aquilo que recebemos veio das mãos de Deus, gerando em nós a gratidão (1 Cr 29.14); através da oração descansamos (Sl 37.1-7); descobrimos os tesouros de Deus (Cl 2.1-3); a oração libera benções de Deus (Jo 15.7).

ELEMENTOS HISTÓRICOS DA ORAÇÃO

INVOCAÇÃO – O primeiro elemento da oração é a invocação do nome do ser divino e seus atributos pessoais. Geralmente esta invocação da presença de Deus é feita com frases exclamativas como: "ouve-me!"; ouve-nos!" ; "ouve a nossa voz!"; "ouve a nossa súplica!", ou frases semelhantes. Geralmente a pessoa acrescenta ao nome de Deus um título que expressa uma relação social para com ele. Desta forma os títulos mãe, pai, senhor, substituem o nome de Deus que está sendo invocado. Na invocação, as pessoas comumente fazem menção ao local da habitação onde encontra-se a divindade: "Ó Deus que estás nas alturas". Um outro fator interessante na invocação é que, geralmente, o deus invocado pelo adorador é uma possessão dele. O pronome "nosso" apresenta uma idéia sectarista. O Deus invocado é apenas daquela tribo ou daquele povo.

QUESTIONAMENTO – A oração primitiva acentua com freqüência um grito de protesto ou questionamento do orador. Transparece a insatisfação do homem que ora com relação à divindade a quem ora. Na oração primitiva o homem defende sua inocência e reclama por estar sendo punido injustamente. Esta característica da oração primitiva torna-se mais evidente diante dos mistérios do sofrimento e da morte.

PETIÇÃO – A petição é o ponto central da oração primitiva. "O homem primitivo ora quase exclusivamente por coisas úteis ou que contribuem para sua felicidade pessoal. Mesmo quando ele ora por algo de valor estético e social, como às vezes o faz, há sempre em sua oração um toque de hedonismo egoístico. Nas petições do homem primitivo, a vida e a saúde são preocupações primárias. A colheita e o rebanho são extremamente valorizados, pois representam a sua própria sobrevivência.

INTERCESSÃO – O homem primitivo já apresenta a preocupação com o bem-estar dos demais membros de sua tribo ou família. Esta preocupação leva-o a interceder por ele. Esse estágio da oração é adiantado, e, portanto, não encontramos com muita freqüência no homem primitivo.

MEIO DE PERSUASÃO – A oração era usada pelo homem primitivo como um meio de convencer a divindade a favorecê-lo. Através da oração ele procurava levar a divindade a aceder a seus desejos. A base de sua oração persuasiva estava na perfeição moral,. Quando sua alegação tornava-se descabida, por causa das evidências de seu comportamento, ele recorria à compaixão de Deus. A expressão "tem misericórdia de mim" é uma forma comum de persuasão na oração.

AÇÃO DE GRAÇAS – Desde os tempos mais remotos os homens já apresentam este ato de piedade e devoção de agradecer ao seu deus ou divindade o benefício recebido. A atitude de ação de graças é seqüela natural à oração de petição. Após receber alguma coisa da parte de Deus ou divindade o homem primitivo apresentava sua gratidão.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

DOUTRINAS EQUIVOCADAS SOBRE A TRINDADE

O Triteísmo nega a unidade da essência de Deus e afirma que há três Deuses distintos. A única unidade que reconhece é a de propósito e esforço. Alegam que Deus são três pessoas, e cada pessoa, plenamente Deus. Portanto, existem três deuses. Durante a história da Igreja foram poucos os seguidores desta concepção de Deus que mais se relacionava com algumas religiões pagãs que pregavam uma multiplicidade de deuses. Os pais capadocianos (Gregório de Nazianzo, Basílio Magno e Gregório de Nissa), foram acusados de defender esta doutrina, na verdade, eles foram acusados mesmo, de dá uma idéia hierarquizada da Trindade.

O Sabelianismo, Modalismo ou Monarquianismo Modalista (doutrina formulada no terceiro século por um Pregador chamado Sabélio que viveu em Roma, que afirmava só existir uma única pessoa como sendo Deus, “Absoluto”, “Monarca” no Universo). Afirma que Deus se revelou a nós de três formas diferentes ou modos. Uma trindade de revelação, mas não de natureza. Diziam que Deus como Pai era o Criador e o Legislador;, o Deus do Antigo Testamento por exemplo se revelou como “Pai”; como Filho, no Novo Testamento era o mesmo Deus encarnado que cumpre a tarefa de Redentor; e como Espírito Santo, era o mesmo Deus na obra de regeneração e santificação através da revelação no dia de Pentecoste e está ativo na Igreja. Segundo alguns teólogos, essa crença, negava a doutrina da Trindade, pois estas não são três distinções na essência, mas três qualidades da mesma pessoa. (THIESSEN, 1997 p. 87) ver também (GRUNDEM, 1999 p. 178)

O Arianismo (doutrina que nega a plena divindade de Cristo e do Espírito Santo). Esta doutrina foi formulada por Ário Bispo de Alexandria, falecido em 336 d.C. As doutrinas de Ário foram condenadas no Concílio de Nicéia em 325 d.C. Ário pregava que Jesus em algum momento fora criado por Deus Pai e que, portanto, antes desse momento tanto o Filho quanto o Espírito Santo não existiam. Afirmava que Cristo poderia ser até “igual ao Pai” ou “semelhante ao Pai” mas não da mesma natureza. Baseava-se nos textos que chamam Cristo de Filho “Unigênito” do Pai Jo 1.14; 3.16,18; I Jo 4.9 sendo Ele gerado do Pai Cl 1.15.

Obs. O texto de Colossenses 1.15 que chama Cristo de “primogênito de toda criação” deve ser compreendido assim: Cristo os direitos e privilégios do “primogênito”, ou seja, segundo os usos e costumes bíblicos, o direito de liderança ou autoridade na família durante a sua geração. (Hb 12.16) Colossenses 1.15 significa que Cristo tem os privilégios da autoridade e do governo, no que tange a toda a criação. (GRUNDEM, 1999 p. 180).

O Subordinacionismo (doutrina que aceitando a eternidade do Filho negava ser Ele igual ao Pai em seu ser e seus atributos). Entendia uma subordinação do Filho ao Pai, ou seja, o Filho era inferior ao Pai. Orígenes (185 a 254 d.C.) um dos pais da Igreja Primitiva, advogava uma forma de subordinacionismo ao sustentar que o Filho é inferior ao Pai no seu ser e que deriva eternamente o seu ser do Pai.

O Adocianismo (doutrina que nega a eternidade do filho, entendendo que Ele viveu como um homem comum até o seu batismo, quando Deus o “adotou” como “Filho” conferindo-lhe poderes sobrenaturais). Os Adocianistas não concordariam que Cristo existia antes de ter nascido como homem; portanto, não considerariam Cristo Eterno, nem o enxergavam como ser sublime e sobrenatural criado por Deus, que era a crença dos arianos. Mesmo depois da “adoção de Jesus como Filho de Deus”, eles não o julgavam detentor de uma natureza divina, mais apenas um homem sublime que Deus chama de “Filho num sentido único”. (GRUNDEM, 1999 p. 180).

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

A MISSÃO PROFÉTICA DA IGREJA

Jesus fundou e estabeleceu a igreja aqui neste mundo com um propósito definido, proclamar para o mundo o plano da salvação e as intenções de Deus para o futuro da humanidade. Para que a igreja fosse capaz de realizar essa tão sublime e árdua missão, o Senhor a credenciou concedendo-lhe o próprio Espírito santo para. O Espírito é verdadeira credencial da igreja aqui na terra, pois, o sucesso da igreja no que diz respeito a proclamação do Reino de Deus aos homens depende da permanente manifestação do poder do Espírito, sem o qual ela se tornaria apenas uma instituição religiosa destituída da visão profética do Reino de Deus.

A Bíblia nos proporciona algumas metáforas alusivas a igreja que podem melhorar a nossa compreensão sobre a profundidade e a extensão da missão profética da igreja. Atentemos para a igreja como "Família de Deus". Jesus apresenta-nos a relação familiar, ensinando a oração: "Pai nosso, que estás no céus" (Mt 6.9; Lc 11.2). Deus, o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, é também nosso Pai. Jesus orou usando a palavra aramaica Abba; segundo Romanos 8.15, o crente, no espírito de adoção. Clama "Abba, Pai." "Se, juntamente com o Senhor Jesus, chamamos Deus de "Pai", Jesus é então nosso irmão mais velho na família de Deus (Hb 2.10,11). O autor de Hebreus declara que os crentes são membros da família de Deus: "Cristo, porém, como filho, sobre a sua casa; a qual casa somos nós, se guardarmos firme até ao fim da ousadia e a exultação da esperança" (Hb 3.6). Da mesma forma que as famílias geralmente orgulham-se do seu nome, a família da igreja exulta no nome do Pai (Ef 3.14,15). Assim como as famílias recebem herança do pai, a igreja aguarda a herança prometida pelo Pai celestial (Rm 8.17). Do mesmo modo como as boas famílias observam um certo padrão de conduta, existe uma norma estabelecida de comportamento para a casa de Deus (I Tm 3.15) No Antigo Testamento, o pai de cada casa era na verdade o sacerdote sobre a casa (Nm 7.2); Jesus tornou-se o Supremo Sacerdote sobre a família de Deus (Hb 10.21-23; 2.17,18). A idéia da igreja como família e casa de Deus deriva do Antigo Testamento, onde o povo de Deus é a casa (família) de Israel, uma nação que cresceu da família de Jacó e foi nutrida através da cultura familiar. O fato de a igreja ser chamada de família e casa de Deus testemunha a importância básica da família como uma instituição social. No Novo testamento, especialmente em Atos, é muito ressaltado o efeito do evangelho sobre as famílias inteiras. At 2.46; 5.42; 12.2; 16.15,33,34; 21.8,9; I Co 1.16; 16.15; 2 Tm 4.19. Isto nos ensina sobre a responsabilidade da igreja em proclamar a mensagem genuína de Cristo buscando o aprimorando da instituição da família sobre os fundamentos a palavra do Senhor, contribuindo para a construção de uma sociedade melhor.

A igreja também é apresentada como sendo um exército de Deus. Neste aspecto a Bíblia se refere a contínua ação da igreja contra os poderes do mal, não podendo jamais ser conivente com o erro ou até mesmo se omitir, pois faz parte da missão da igreja combater ferrenhamente o mal em todas as suas manifestações. Cada membro da igreja é um soldado muito bem equipado com condições de ser bem sucedido nesse empreendimento espiritual, conforme está escrito em 2 Co 10.4, 5 "...as armas da nossa milícia não são carnais, e, sim, poderosas em Deus, para destruir as fortalezas; anulando sofismas...levando cativo todo pensamento à obediência de Cristo. Cada soldado é também exortado: "Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para poderdes ficar firmes contra as ciladas do diabo, porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e, sim, contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestiais" (Ef 6.11,12). A igreja está envolvida numa verdadeira guerra, mas Cristo é o nosso comandante e a vitória está garantida; Satanás já é, de fato, um inimigo derrotado. (2 Tm 2.3,4; 1 Tm .18; Ef 6.10-17;1 Co 9.7; 1 Pe 2.11; Ap 19.11-21;20.7) A igreja na terra é chamada de igreja militante, a igreja no céu é chamada de igreja triunfante.

A igreja também é referida como Escola de Deus. Jesus é chamado mais de cinqüenta vezes de "mestre" ou "professor" (ambos da palavra grega didaskalos, do verbo didasko, que significa "ensinar") e "rabi". Os evangelhos têm muito mais a dizer sobre Jesus como professor do que como pregador. Fica claramente inferido que a igreja local deveria ser um lugar de ensino, conforme a Grande Comissão: "Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as cousas que vos tenho ordenado. Eis que estou convosco todos os dias até a consumação do século ( Mt 28.19,20). Jesus usou dois termos diferentes para "ensinar", em sua comissão: o primeiro é matheteuo (28.19), significando "fazer discípulos"; e o segundo é didasko (28.20), que é a palavra usual para "ensinar". O termo enfático na comissão é" fazer discípulos"; "ide" e "ensinando" são modos verbais subordinados ao verbo principal "fazer discípulos". Fazer discípulos envolvia tanto ensinar como pregar, havendo, porém, outra exigência, a saber, levar os seguidores ao nível de discipulado que os professores tinham alcançado. O ensino e a pregação podem muitas vezes cair em ouvidos surdos, mas aquele que discípula leva seus seguidores, pela palavra e pelo exemplo, a serem como ele. Todavia, não tornamos os homens nossos discípulos, mas discípulos de Jesus.

No livro de Atos, a vida da igreja é chamada de "caminho", e os crentes recebem o nome de "alguns que do caminho": "E lhe pediu cartas para as sinagogas de Damasco, a fim de que, caso achasse alguns que eram do Caminho, assim homens como mulheres, os levasse presos para Jerusalém" (At 9.2). A igreja como o corpo de Cristo é o caminho, pois Cristo é o caminho, a verdade e a vida, ninguém chega a Deus se não for por Ele (Jo 14.6). O seguinte é declarado sobre o Caminho no livro de Atos (1) o caminho de Deus está sujeito a perseguições (22.4); (2) ele é muitas vezes difamado (19.9); (3) é considerado heresia por alguns (24.14); (4) Paulo confessou alegremente a Félix que ele era do Caminho (24.15); (5) quando a igreja dá testemunho vigoroso e com poder, como aconteceu com Éfeso, causará um "grande alvoroço", pois o caminho de Deus será um elemento perturbador numa sociedade governada pelos poderes das trevas: "Por esse tempo houve grande alvoroço acerca do Caminho" (19.23).

E falando ainda da missão profética da igreja, é importante atentarmos para a metáfora da igreja como coluna e alicerce da verdade. A igreja sustenta a verdade do evangelho e eleva-a bem alto. Paulo escreveu a Timóteo, com relação à igreja: "Para que, se eu tardar, fiques ciente de como se deve proceder na casa de Deus, que é a igreja de Deus vivo, a coluna e baluarte da verdade" (1 Tm 3.15). No versículo seguinte, Paulo prossegue dando o que pode ser considerado como uma expressão doutrinária poética do "mistério da piedade", amplamente usada na Primeira Igreja (v.16). A igreja deve proteger a sã doutrina e elevá-la bem alto pela proclamação do evangelho e pela conduta exemplar.


 

terça-feira, 21 de setembro de 2010

QUEM É MARINA SILVA?

ASSUNTO: QUEM É MARINA?
Amigos, estou repassando este texto, pois achei-o útil para conscientização.


"Esta semana, li o livro “MARINA, A VIDA POR UMA CAUSA”, gostei muito, pois pude conhecer uma mulher sensível, determinada, inteligente e cheia de fé.
Gostaria de destacar alguns pontos relevante que anotei. Chega-se facilmente a conclusão que os sofrimentos e dificuldades enfrentados por ela, são muito maiores, quando comparados ao do presidente Lula, tendo a grande diferença no esforço por ela despreendido ser muito maior. Viveu no mato, vindo para cidade, trabalhou como domestica, foi internada como indigente. Mesmo sendo analfabeta aos 16 anos, foi a luta, matriculou-se no Mobral, passou pelo Supletivo, foi aprovada e formou-se na Universidade Federal do Acre, nunca mais parou de estudar, inclusive tendo estudado na UnB, especializando em psicanalise, apresentando sua monografia final com o tema: “Pontos de contato entre a psicanálise e o sistema de crenças judaico-cristãs: lugar do sagrado no processo de elaboração do psiquismo” Vale ressaltar que ela também aprofundou-se nos estudos bíblicos, sendo consagrada missionária, no dia 18/11/2004, na Assembleia de Deus da L-2 Sul.
Hoje, é comum, vê-la pregando a Palavra de Deus nos púlpitos das igrejas. Como testemunhou seu pastor (Sostenes Apolo): “A marca da Marina esta na inteligencia associada à simplicidade, na fidelidade aos compromissos com a igreja, apesar de sua agenda carregada”
Veja alguns trechos do livro:
“A conversão de Marina Silva não influenciou apenas a família, mas mutos amigos e até colaboradores. Mas não sem antes provocar abalos sísmicos nas reuniões dos correligionários petistas.” (pag. 160)
Ainda em relação a sua fé: “Seus maiores críticos foram sempre os próprios camaradas petistas. Uma amiga chegou a dizer-lhe : nossa, eu a achava uma mulher tão inteligente, mas evangélica?” (pag. 161)
“Antes, nosso discurso era do conflito, entende? Era de ir pro pau, como se diz no PT. Agora, penso que o mundo precisa ser mudado pela transformação interior, pessoal, e para que as pessoas possam viver com dignidade. Não é mais um discurso de ódio, mas um discurso que convida ao diálogo e ao debate.” (pag. 163)
“Após sua conversão, Marina Silva passou dois anos lendo quase que somente a Bíblia. Ela quis compreender melhor a experiencia mística vivida e aprofundar seus conhecimentos sobre as Escrituras. Depois, comprou livros, recorreu a uma enciclopédia de filosofia e teologia, enfim, foi em busca de informação” (pag. 167)
“Em 2009, no Programa Roda Vida, da TV Cultura.... quando tentava esclarecer uma controvérsia em torno da suposta defesa do ensino do criacionismo nas escolas, era impedida de concluir as frases, e tratada com agressividade, como se tivesse cometido uma transgressao ao confirmar que acreditava, sim, nos relatos do livro bíblico do Gênesis.” (pag. 171)
Junto a um jornalista da Folha de S.Paulo, quando a provocava com o “criacionismo”, ela disse: “Eu creio que Deus criou todas as coisas como elas são, mas isso não significa que descreia da ciencia. Não é necessário contrapor a ciencia à religião. Há médicos, pesquisadores e cientistas que, apesar de todo o conhecimento cientifico, creem em Deus” (Pag 172)
“EU ME CONVERTI, EU LEIO A PALAVRA DE DEUS, CREIO EM JESUS CRISTO COMO SALVADOR. ESTA É A MINHA FÉ. MINHA CONVERSÃO FOI UM MOMENTO DE MUITA DOR. NÃO FUGI À REGRA DAQUELES QUE VÃO PELA DOR, MUITO MAIS DO QUE PELO AMOR” - Marina Silva

Pr. Ibi

"A sua vida é o resultado do que você pensa e do que você acredita"

"

sábado, 18 de setembro de 2010

O DOM DA PROFECIA


Entre os dons citados por Paulo em Corintios, a profecia é o dom mais desejável (14:1,5,24,25,39). Sua importãncia é indicada pelo fato de que alguma forma da palavra é encontrada vinte vezes em 1 Corintios 12..14. O dom da profecia é definido como: "Mas o que profetiza, fala aos homens, edificando exortando e consolando" (I Co 14.3). A versão ampliada interpreta o v.3: "o que profetiza...fala aos homens para edificar, para o seu progresso espiritual construtivo, encorajamento e consolo." A previsão de eventos futuros não é associado ao dom da profecia; esta é uma função do cargo profético. O dom opera para edificar (espiritualmente) o corpo da igreja local. Quando a igreja enfrenta um problema de omissão de fatos, ou a necessidade de sabedoria para um curso prático de ação, a palavra de conhecimento ou de sabedoria pode operar em conjunto dom o dom de profecia. Uma palavra de sabedoria pode ter dado segurança aos apóstolos em sua difícil decisão registrada em Atos 15 (veja 15:27,28). Quando a conclusão do conselho foi entregue à igreja dos gentios em Antioquia por Judas e Silas, que eram também profetas, consolaram os irmãos com muitos conselhos e os fortaleceram" (At 15.32). Em geral, na operação do dom da profecia, o Espírito unge o crente para falar ao corpo de Cristo não palavras premeditadas, mas supridas espontaneamente pelo Espírito: Para animar encorajar, instigar à obediência e serviço fiéis, e transmitir conforto e consolo. As palavras não precisam ser em língua arcaica, nem em voz alta e alterada, nem entrar na primeira pessoa.

Muitos perguntam se os pronunciamentos proféticos devem ser feitos na primeira pessoa ("Eu, o Senhor"), ou na terceira ("Assim diz o Senhor" ou O Senhor quer"). Quando alguém exerce um dom vocal, ele fala à medida que o Espírito supre pensamentos; o Espírito revela, o profeta fala. Deus não fala, mas revela ao profeta o que ele quer que seja dito. Paulo declarou: "Tratando-se de profetas, falem apenas dois ou três, e os outros julguem" (I Co 14.29). Desde que as mensagens dos profetas estão sujeitas a serem julgadas (discernidas), parece mais compatível com a humildade que o profeta fale na terceira pessoa, como fez Ágabo em Atos 21.11. Paulo declarou que as coisas que escreveu em I Corintios 14 eram mandamentos do Senhor (I Co 14.37); ele, no entanto, expressou seus preceitos na terceira pessoa. Myer Pearlman escreve sobre este ponto: "Muitos obreiros experimentados acreditam que as interpretações e mensagens proféticas devem ser dadas na terceira pessoa." Lucas declara, com relação aos que ficaram cheios do Espírito no dia de Pentecostes: "...e (eles) passaram a falar em outras línguas, segundo o Espírito lhes concedia que falassem" (At 2.4). Deus não falou em línguas, os crentes falaram à medida que foram capacitados pelo Espírito. Deus não fala normalmente através dos homens como se fossem megafones passivos. Ele revela aos profetas a sua vontade, capacitando-os a falar aquilo que lhes transmite. Deus falou com frequência diretamente ao profeta, mas quando este transmitia a mensagem ao povo, ele dizia: "Assim diz o Senhor" ou outra frase semelhante. Hoje em dia, muitos são de opinião que o pronunciamento profético fica melhor em linguagem contemporânea do que em palavras arcaicas, exceto onde passagens bíblicas sejam incorporadas.

Embora profecia esteja mais relacionada a "falar" do que a "prever", ela pode algumas vezes envolver a predição do futuro. O livro de Atos registra duas profecias preditivas de Ágabo (At 11.27,28; 21.10-14), a primeira relativa à fome iminente na Judéia; a segunda, a próxima prisão de Paulo em Jerusalém. Ambas as profecias foram cumpridas. Deve ser anotado, com relação à segunda previsão de Ágabo em Atos 21.11, que Paulo não mudou seus planos como resultado da profecia, nem a pedido dos amigos. Isto ensina que profecia pode ser feita para revelar ou confirmar um evento vindouro, mas não para suprir orientação pessoal. Paulo respeitou a profecia de Ágabo que revelou apenas o que ele já sabia (At 20.22,23), mas seguiu seu próprio entendimento da vontade de Deus para o futuro. Deus pode revelar o futuro, mas não devemos "inquirir os profetas" a respeito dele. Os que andam pela fé vivem um dia de cada vez, deixando o futuro desconhecido para Deus.

FONTE: DUFFIELD, Guy P. / CLEAVE, Nathaniel M. Van. FUNDAMENTOS DA TEOLOGIA PENTESCOSTAL. Vol. 2

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

O Tríplice Propósito da Profecia – lição 12

A compreensão acerca de alguns termos da língua grega nos ajudam a compreender melhor o que o Novo Testamento ensina sobre a manifestação dos dons espirituais na igreja de Cristo. O primeiro destes termos é: "CHARISMATA", essa palavra grega é traduzida como "dom espiritual", precede a palavra básica "CHARIS", que significa "graça". Um Charisma é, portanto, uma capacitação, uma concessão ou benção dada espontaneamente por Deus. O texto em Corintios refere-se aos "dons" como "espirituais" porque são capacidades concedidas gratuitamente pelo Espírito Santo. Eles não podem ser merecidos ou ganhos e são de origem divina. São operados através de pessoas cheias do Espírito, mas num sentido real são dons para a igreja, o corpo de Cristo (I Co 12.11-27). Um outro termo importante nesse estudo é: "DIAKONIA" essa palavra é mais corretamente traduzida por "ministérios". Os "espirituais" são "dons" com relação à sua origem e fonte, mas são "ministérios" no que se refere à sua aplicação. Aquele que exerce o seu dom espiritual no corpo ministra ao corpo. Existem tantos tipos de ministérios quantos são os dons e os cargos espirituais. Os "dons" não são recompensas por mérito, nem são concedidos principalmente para beneficiar o possuidor; o Espírito confere os Charismata para que possa haver ministério para o corpo. Seu valor reside na sua capacidade para ministrar em proveito e edificação espiritual do corpo. Atentemos ainda para o termo: "ENERGEMATA" essa é a palavra grega para "realização", que significa "princípio ativo" ou "efeito". O vocábulo português para "energia" tem a mesma raiz. Os dons espirituais são atividades do Espírito que trazem efeitos espirituais; eles são operações "energizadas" pelo Espírito, produzindo efeitos no corpo. Um dom que não opera, não ministra, nem produz efeito, tem pouco valor. E por isso gostaria de mostrar o termo "PHANEROSIS" essa palavra tem a haver com a importância e o "porque?" da manifestação do dom espiritual "A manifestação do Espírito é concedida a cada um, visando a um fim proveitoso. Cada operação dos "espirituais" é uma manifestação do Espírito. A manifestação é definida como uma "evidência externa". Dons do Espírito fazem com que o Espírito se evidencie exteriormente no corpo. A operação dos dons leva os crentes a tomarem conhecimento da presença de Deus, produzindo os efeitos de louvor e adoração. Cada crente cheio do Espírito Santo recebe alguma capacidade para a manifestação do Espírito! Co 12.7 diz: "A manifestação do Espírito é concedida a CADA UM, visando a um fim proveitoso". A prática de dom é, em primeiro lugar, a manifestação do Espírito, e não da pessoa dotada, e o teste da sua autenticidade é o fato de resultar em proveito de toda igreja.

A PROFECIA EDIFICA, EXORTA E CONSOLA.

A palavra "edificação" vem do grego oikodome, que significa basicamente "o ato de levantar uma estrutura" Os dons vocais têm como propósito construir o templo do Corpo de Cristo.

A palavra "EXORTAÇÃO" traduz o termo grego paraklesis, que significa exortar ou encorajar; ela está ligada a paracleto, nome dado por Jesus ao Espírito Santo. Foi dito que o nome "Barnabé" significava "filho da consolação" ou "coragem". A palavra grega traduzida como "consolação" é a mesma paraklesis. Que benção e proveito Barnabé foi para toda a igreja, especialmente a de Antioquia (At 11.22-26)! A forma verbal de paraklesis (exortação) é frequentemente traduzida por "rogo-vos". Aquele que exorta a igreja pode estimular e motivar os crentes a fazerem toda a vontade de Deus. Hebreus 10.24 fornece um bom exemplo deste tipo de exortação: "Consideremo-nos também uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e ás boas obras...."

A palavra "consolo" vem de paramutha, e significa "acalmar", confortar, consolar". Foi predito que a igreja sofreria perseguição. O Corpo de Cristo muitas vezes necessita do ministério da consolação em ocasiões de pesar.

Existe um processo de crescimento e maturidade dos dons espirituais. A fim de que a igreja possa receber edificação proveitosa, Deus deseja que os dons sejam exercidos com maturidade: "Irmãos, não sejais meninos no juizo... quanto ao juízo, sede homens amadurecidos" (I Co 14.20). I Co 14 contém o ensinamento dos apóstolos sobre o uso amadurecido dos dons espirituais. Onde os dons estão operando, este ensino deve ser feito com diligência.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Vês estes grandes edifícios? Não ficará pedra sobre pedra que não seja derrubada.

Faz alguns dias que li uma postagem em um blog, cujo nome não lembro no momento, porém o conteúdo da postagem não esqueci, o qual foi colocada por um membro de um grande ministério aqui em Recife, e tinha como finalidade exaltar a grandiosidade da estrutura física e organizacional do seu ministério, chegando até mesmo a mencionar a pompa do púlpito de metal, e o estilo executivo do seu pastor que possui assessores para fazer uma triagem entre aqueles que desejam uma consulta com ele. Esta atitude representa um sentimento que parti das próprias lideranças de muitas igrejas nesse pais. Estamos enfrentando uma crise de integridade, a qual se configura por uma visível inversão de valores. Não quero perder tempo aqui para citar a famigerada teologia da prosperidade, pois aqueles que aderiram a essa ideologia desconhecem o princípio da integridade bíblica. Minha a reflexão a partir do texto bíblico citado no título tem a haver com o sentimento de soberba que parece ser crescente em muitos meios evangélicos, essa soberba tem sido muitas vezes externalizada por meio de projetos de construções faraônicas, o lançamento de candidatos a cargos políticos, a corrida por um maior número possível de rádios, canais de televisão, e por ai vai. Tudo isso é sempre motivado pelo pretexto da evangelização mundial e também para a glória de Deus. Todavia, a ausência da atividade pastoral com uma visão holística que se preocupa com as necessidades espirituais, sociais, psicológicas e afetivas dos indivíduos, é a grande realidade que a igreja de hoje apresenta em muitos lugares.

As pessoas deixaram de reivindicar uma igreja que lhes proporcione a conquista dos valores do reino, que promova a experiência espiritual profunda na vida dos seus membros, que se imponha diante do mundo por sua natureza de agente do Reino Deus, que impacta esse mesmo mundo com o poder de Deus. E isso acontece porque o foco mudou, as pessoas deixaram de olhar para Jesus para olhar para o templo, deixaram de olhar para o espiritual para olhar para a estrutura física, passaram a olhar para o efêmero em vez de olhar para a eternidade.

Bonitos e grandes templos, rádios, canais de televisão, participação na política nacional, tudo isso tem a sua importância quando colocado no seu divido lugar, e também quando essas coisas não se tornam objeto de orgulho para líderes e membros de uma igreja. Infelizmente para algumas pessoas essas são suas principais referências para bater no peito e dizer "a minha igreja é a melhor", o meu pastor é o "bam bam bam".

"E, saindo ele do templo, disse-lhe um dos seus discípulos: Mestre, olha que pedras, e que edifícios!" (Mc 13.1). Esse texto mostra que havia alguns discípulos que ainda se empolgavam com a grandiosidade das estruturas físicas, demonstrando falta de visão espiritual. A resposta de Jesus "vês estes grandes edifícios? Não ficará pedra que não seja derrubada" (Mc 13.2), tem o objetivo de mostrar-lhes, que essa fascinação, esse apego a grandiosidade das estruturas físicas, é uma grande ilusão que é peculiar na vida daqueles que não conhecem os valores eternos. Os discípulos do Senhor não podem dar demasiado valor a essas coisas e permitir que o sentimento de soberba se manifeste nos seus corações.

Já tem gente por ai cheio de orgulho proclamando que uma igreja supostamente evangélica vai construir uma réplica do templo de Salomão. Creio que tal evento sintetiza o sentimento de soberba que paira sobre muitas igrejas evangélicas dessa nação, e por isso precisam dar um break nesse ativismo desprovido de essência e ouvir as palavras do Mestres Jesus "Não se empolguem muito, pois essas estruturas das quais vocês tanto se orgulham, vão ruir".

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

O DOM MINISTERIAL DE PROFÉCIA E O DOM DA PROFECIA – Lição 11

Podemos afirmar com toda certeza que esses são dois temas bastante confundidos por muita gente no contexto da igreja evangélica. Podemos partir do pressuposto que aqueles que não crêem na contemporaneidade do dom da profecia, entendem que a única palavra profética possível é aquela oriunda dos textos da bíblia. Portanto, quando alguém prega baseado nos textos bíblicos está proferindo a única e genuína profecia. Por outro lado aqueles que crêem de forma extremada na realidade do dom de profecia, tendem a esquecer da autoridade profética das Escrituras Sagradas, e terminam por enveredar pelo caminho do misticismo religioso, enquanto que o primeiro grupo se acomoda no formalismo teológico.

O dom ministerial da profecia é exercido por todos aqueles que o Senhor chamou para o ministério da palavra, podendo ser na área evangelística ou doutrinária. Para tal o próprio Senhor designou para sua igreja homens vocacionados e com dons específicos, tais como: apóstolos, profetas, pastores, doutores, os quais deveriam desempenhar suas respectivas funções com a finalidade de edificar a igreja.

APÓSTOLOS – Foram os primeiros expositores do Evangelho cristão e representam também o primeiro dom de ministério concedido à igreja. "E quando amanheceu, chamou a si os seus discípulos e escolheu doze dentre eles, aos quais deu também o nome de apóstolos" (Lc 6.13).

A palavra "apóstolo" é uma transliteração do grego apóstolos, que significa "um mensageiro" ou "alguém enviado numa missão". Os apóstolos originais foram aqueles escolhidos por Jesus para o acompanharem, a quem Ele pessoalmente deu instruções e enviou (Mt 10.2; Lc 22.14). eram doze, ao todo. Quando Judas Iscariotes traiu o Senhor, deixando apenas onze, outro apóstolo foi escolhido para tomar o se lugar (At 1.15-26). Os nomes dos doze apóstolos foram escritos nos doze fundamentos da nova Jerusalém (Ap 21.14). Os requisitos para o apostolado eram: 1) ter estado com o Senhor (At 1.21,22) ; 2) Ter sido uma testemunha da ressurreição (At 1.22); 3) Ter visto o Senhor (i Co 9.1); 4) Ter operado sinais, prodígios e milagres (2 Co 12.12). Os apóstolos fundamentais foram fixados em número de doze. Os termos "apóstolo" e "missionário" têm o mesmo significado. Fica evidente que "apóstolo" teve um uso mais amplo, pelo fato que havia alguns que alegavam falsamente ser apóstolos (2 Co 11.13; ; Ap 2.2). Se apenas os doze originais fossem reconhecidos como apóstolos ninguém mais poderia reivindicar o apostolado. È importante manter clara distinção entre os apóstolos originais e os chamados "apóstolos" no sentido mais amplo da palavra. Nesse caso o termo "apóstolo" era utilizado como sinônimo de "missionário" sendo atribuído a pregadores enviados com o propósito de abrir novos campos e estabelecer igrejas. Este uso não fundamenta a criação de um cargo eclesiástico, é só atentarmos para a história da igreja e veremos que esse procedimento na passa de um modismo de algumas seitas da atualidade.

PROFETAS – Em Efésios 2.20 está escrito que a igreja está edificada sobre o fundamento de apóstolos e profetas, e em 4.11 diz:"Ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas". Embora os profetas viessem logo depois dos apóstolos na escala, eram sujeitos aos apóstolos (I Co 14.37). Paulo parecia dar ao dom da profecia a suprema prioridade entre os dons espirituais (I Co 14.1-3). A profecia é definida por Paulo como segue: "mas o que profetiza, fala aos homens , edificando, exortando e consolando...mas o que profetiza edifica a igreja" (1 Co 14.3,4). Esta definição está demonstrada em Atos 15. "Judas e Silas, que também eram profetas, consolaram os irmãos com muitos conselhos e os fortaleceram" (At 15.32).

Fica claro que existiam dois tipos de profetas no Novo Testamento: os que exerciam a função ministerial de profeta (Ef 4.11) e os que eram usados por Deus com o dom da profecia na igreja. Os do primeiro grupo estão relacionados com os dons de ministério, enquanto os do segundo grupo poderiam ser qualquer crente cheio do Espírito Santo a quem Deus escolhesse usar. Todavia, nem todos poderiam exercer o cargo de profeta (porque "estabeleceu Deus na igreja, primeiramente apóstolos, em segundo lugar profetas..."), mas conforme 1 Co 14.31, "todos podereis profetizar, um após outro". Assim sendo, o dom da profecia não torna a pessoa um "profeta" (dom de ministério).

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

ELEIÇÕES: UMA INCÓGNITA NO MEIO EVANGÉLICO! É FÁCIL SABER EM QUEM NÃO VOTAR

Concordo com a preocupação de muitas lideranças cristãs desse pais com relação a tramitação de diversos projetos de lei, cuja as propostas contrariam os princípios absolutos da Palavra do nosso Deus. Entre tais projetos está PL 122 que ficou conhecida como " A lei da mordaça", cujos os parâmetros privilegiam os homossexuais e censuram o direito de proclamação de uma ética para a família conforme os princípios bíblicos, classificando como ato criminoso o discurso religioso que discorda do estilo de vida gay. Outra situação que necessita de uma resposta do povo e evangélico é a insistência do partido do PT na legalização do aborto, inclusive chegando a expulsar alguns deputado do partido porque se posicionaram contra o aborto. Demonstrando assim que todos os membros desse partido partilham das mesmas filosofias, portanto, o evangélico que votar em um membro do PT estará confirmando que também apóia esses projetos e muitos outros que são antagônicos a fé cristã.

Por outro lado não pretendo fazer uma apologia em torno de candidatos evangélicos, pois, a história tem nos mostrado nos últimos anos que os evangélicos que foram eleitos nos últimos pleitos eleitorais, não corresponderam as expectativas da comunidade evangélica, pelo contrário, na grande maioria tiveram uma atuação medíocre e eu diria também omissa. A igreja Evangélica nada ganhou nos últimos anos com os seus representantes na política nos vários níveis da gestão publica, na verdade tal envolvimento dos evangélicos no cenário político nacional foi totalmente comprometedor, é só fazer uma retrospectiva e verificar os projetos que defenderam, as alianças firmadas, e infelizmente os escândalos nos quais muitos estiveram envolvidos. Me perdoem se estou sendo radical, talvez eu desconheça alguns fatos que possam contrariar o que estou dizendo, e tomara que existam, caso positivo, eu gostaria de tomar conhecimento, porque, aqui no meu estado e na minha região essa experiência tem sido um tanto frustrante. Alguns evangélicos são apresentados como candidatos oficiais de suas igrejas e impostos sobre o pretexto de que os tais serão os defensores da igreja, e em parte até e verdade, porque a maioria tem defendido os interesses dele, da família e dos líderes que obrigaram o povo a votar neles, enquanto povo que foi utilizado como massa de manipulação resta-lhe apenas algum tipo de retaliação caso venham discordar da legitimidade do processo.

Com isso eu também não estou dizendo que não se deve votar em candidatos evangélicos, porém, que o simples fato de pertencer a alguma denominação evangélica não qualifica ninguém para receber o meu voto. Votar num evangélico só para termos a certeza que ele não vai apoiar o aborto, a PL 22 e outras coisas assim, estamos sendo dogmáticos e descomprometidos com os problemas sócias. Ainda tem um outro fato a ser considerado é que quando votamos num evangélico só por causa da imposição de uma liderança, e tal candidato não cumpre o seu papel como cristão envolvendo-se em atos duvidosos que maculam toda comunidade evangélica, saiba que a responsabilidade é sua também. Por isso, precisamos analisar profundamente o que verdadeiramente existe por trás de cada candidatura.

Creio que a igreja do Senhor Jesus está no mundo como um agente de transformação, e só ela pode impactar esse mundo pelo poder da pregação sobre a unção do Espírito Santo, assim como ocorreu na Palestina, Ásia, Roma e vários outros lugares durante os primeiros séculos do cristianismo. Nos últimos anos não vi o Congresso Nacional, alguma Assembléia Legislativa ou Municipal ter sido transformada pela influência de algum político evangélico, todavia, tenho visto muitos evangélicos que foram transformados e corrompidos nesse contexto. Apesar de tudo, creio que existiram poucas exceções, mesmo que tímidas e ainda hão de existir. Diante desse quadro eu penso que algumas lideranças deveriam investir suas forças e seus recursos em projetos mais profícuos, evitando assim, mais desgaste e frustração para os membros da igreja do Senhor na atualidade.

sábado, 4 de setembro de 2010

O MINISTÉRIO PROFÉTICO NO NOVO TESTAMENTO

É dito que a igreja está construída sobre o funda mento de apóstolos e profetas (Ef 2.20): "E ele mesmo deu uns para apóstolos, outros para profetas" (Ef. 4.11). Embora os profetas viessem logo depois dos apóstolos na escala, eram sujeitos aos apóstolos (1 Co 14.37). Paulo parecia dar ao dom da profecia a suprema prioridade entre os dons espirituais (I Co 14.1-3). A profecia é definida por Paulo como segue: "Mas o que profetiza, fala aos homens, edificando, exortando e consolando...mas o que profetiza edifica a igreja" (I Co 14, 3,4). Esta definição é demonstrada em Atos 15: "Judas e Silas, que eram também profetas, consolaram or irmãos com muitos conselhos e os fortaleceram" (At 15.32). Uma função menos freqüente do profeta era a de predição do futuro. Em duas ocasiões, um profeta de nome Ágago previu eventos futuros (At 11.27-29). Sua previsão de uma fome futura capacitou a igreja a preparar-se para ajudar os pobres da Judéia. Mais tarde, Ágabo previu a prisão de Paulo pelos judeus em Jerusalém, o que se cumpriu, embora Paulo não fizesse qualquer tentativa para evitar o problema (At 21.10-15). A profecia teve uma função vital na capacitação de Timóteo para o ministério (I Tm 4.14). Em seu sermão no dia de Pentecostes, Pedro identificou a profecia de Joel (2.28) com o derramamento do Espírito Santo sobre a igreja: "E acontecerá nos últimos dias, diz o Senhor, que derramarei do meu Espírito sobre toda carne; vossos filhos e vossas filhas profetizarão" (At 2.7). Fonte: Fundamentos da Teologia Pentecostal – Guy P. Duffield e Nathaniel M. Van Cleave.

O texto acima nos proporciona uma análise bíblica acerca do desenvolvimento do ministério profético nos tempos do Novo Testamento. Na igreja primitiva a função de profeta não era um cargo eclesiástico, ou seja um "ministério de carterinha", nem tão pouco o profeta era visto numa perspectiva mística semelhante a um tipo de "Guru espiritual", que vivia dando profetas aonde quer que chegasse. Eram considerados profetas, conforme já citado acima, homens chamados por Deus que possuíam um alto grau de discernimento espiritual e competência escriturística. O ministério profético No Novo Testamento é muito mais o ministério da Palavra, da consolação e da edificação do que a simples previsões futuras.