quinta-feira, 28 de outubro de 2010

ORANDO COMO JESUS ENSINOU – Lição 5

A oração é o principal canal pelo qual todos os podem tentar se comunicar com Deus, pois é ponto comum em quase todas as práticas religiosas. A maioria dos credos religiosos incentivam os seus adeptos para exercitarem a oração como um meio de comunicar a Deus suas petições e agradecimentos. O povo hebreu, principalmente no tocante aos profetas tinham a oração como uma necessidade constante em suas vidas, pois, através da oração mantinham uma estreita comunhão com o Senhor. No Antigo Testamento temos a oração como uma intensa atividade, porém, não encontramos um ensino especifico sobre como fazer isso, porém, o contexto do Novo Testamento revela uma necessidade de que os discípulos do Senhor Jesus fossem orientados com relação a praticarem um modelo de oração coerente com os princípios agora enfatizados pela Graça. No Antigo Testamento encontramos as vezes o Salmista orando e suplicando pela destruição dos seus inimigos, atitude não admitida no contexto da Graça que nos recomenda orarmos pelos nossos inimigos.

No Evangelho de Mateus 26.41 "Vigiai e orai, para que não entreis em tentação..." Jesus nos apresenta a oração como antídoto contra a fraqueza espiritual, pois quando um cristão negligencia na prática da oração ele tende ficar fragilizado enfrentar a batalha espiritual, na qual ele é confrontado todos dias. De acordo com esse texto o êxito espiritual dos crentes está diretamente relacionado com sua vida de oração. As tentações de natureza carnal podem amenizadas e vencidas quando investimento mais tempo no altar da oração, Jesus disse que a carne é fraca, porém, se espírito estiver no comando de nossa existência na haverá lugar para que se manifestem os desejos e a sensualidade da carne. Portanto quando temos uma vida de oração ininterrupta nos sentimos mais atraídos pelas coisas espirituais do que pelas coisas mundanas que estão ao nosso redor tentando tirar a nossa concentração. A oração funciona como um agente de mortificação para as sensações da carne e por outro lado um agente de vivificação para a sensibilidade da alma e do espírito.

JESUS ENSINOU ALGUNS PRINCÍPIOS QUE DEVEM SER CONSIDERADOS NA ORAÇÃO (Mc 6.5-13)

Quero iniciar pelo princípio da DISCRIÇÃO, em Marcos 6.5 Jesus nos revela que existe muita oração que não passa de encenação, cujo os autores são meros atores de uma cena religiosa. Pois nessa perspectiva a intenção é chamar mais a atenção dos homens do que do próprio Deus, Sendo assim, observamos o emprego de técnicas vocais, retóricas bem elaboradas, repetições, expressões carregadas de uma tonalidade emotiva e assim por diante. O Senhor Jesus classificou isso como hipocrisia, farsa e engano. A verdadeira oração tem que apresentar discrição, isto é, precisamos adentrar uma dimensão na qual estejamos conscientes que estamos falando só com Deus e com mais ninguém. Existem pessoas que aproveitam o momento de uma oração coletiva para dar um recado para alguém ou até mesmo para se auto-justificar como fez o fariseu que foi reprovado pelo Senhor Jesus.

em segundo lugar Jesus ensina que a eficácia da oração não está diretamente relacionada com o muito falar. Algumas pessoas acham que devem contar histórias longas a Deus para no final manifestarem o seu desejo. Porem, Jesus ensina que essa atitude não é produtiva na oração, pois, a resposta de Deus não vem por causa do tamanho da extensão da conversa, não é pelo muito falar, não devemos pensar que possamos convencer a Deus com os nossos argumentos, porque o nosso Pai que está nos céus já conhece as nossas necessidades (Mc 6.8), se isso fosse possível teriamos que fazer um curso de persuasão para sermos bem sucedidos na oração. Aqui aprendemos o princípio da maturidade e objetividade. Não precisamos fazer rodeios para dizer a Deus o que queremos.

Em terceiro lugar aprendemos com Jesus que temos que iniciar a nossa plenamente conscientes do caráter pessoal de Deus, "Pai nosso" o qual mesmo pertecendo a dimensão celestial se relaciona com a nossa dimensão. E é uma relação paterna. A relação entre pai e filho se caracteriza por lado pelo compromisso de cuidar, amparar, proteger e pelo o outro lado em obedecer, confiar e manifestar total dependência. Então, a nossa oração precisa expressar sentimento que caracteriza o nosso estilo de vida diário o qual demonstra em todos nossos atos que somos totalmente dependentes do nosso Deus, e que não nos entendemos como pessoas auto-suficientes, não confiando na nossa própria capacidade.

A oração está condicionada a algumas leis espirituais. Jesus nos ensina que ela deve estar acompanhada de fé: "E tudo que pedirdes na oração, crendo, recebereis" (Mt 21.22). A mera repetição de frases feitas não pode receber resposta. A oração vazia de esperança perde completamente seu efeito. Se alguém ora para voltar a andar e não crê na possibilidade de andar novamente, seu pedido não será atendido. Para orarmos com poder, precisamos ter absoluta certeza do amor absoluto de Deus por nós. O apóstolo Tiago esclarece que devemos pedir sabedoria a Deus "(...) com fé, não duvidando; pois aquele que duvida é semelhante à onda do mar, que é sublevada e agitada pelo vento" (Tg 1.6). Não basta pedir; é necessário ter confiança inabalável. A nossa contribuição para que a oração seja atendida é a fé sem reserva na bondade e amor de Deus. A fé do cristão é a ponte que leva suas orações ao coração de Deus. Quem duvidar da bondade, da solicitude paternal e da constante prontidão de Deus em atender nossa súplica desconfia da palavra e da obra de Cristo. Rebaixa Deus ao plano dum homem suspeito e inconstante e destrói essa ponte que permite o atendimento de Deus às nossas petições. Aquele que vacila é semelhante à onda do mar, movida e agitada pelo vento. Que imagem mais triste a do cristão que, em vez de firmar-se em Deus, abre suas velas a todos os ventos de opinião! São pessoas que fenecem sob os primeiros raios causticantes do sol, por não terem raízes firmes na fé cristã (Lc 8.13).

Jesus também nos ensina que a oração deve estar acompanhada de obediência aos seus mandamentos: "Se vós permanecerdes em mim, e as minhas palavras permanecerem em vós, pedi o que quiserdes, e vos será feito" (Jo 15.7). A comunhão intima com Cristo resulta em orações eficazes. A oração é uma expressão de força e crescimento espiritual. Sem esses alicerces ela tem pouco poder. A oração precisa estar vinculada a uma severa disciplina da vida diária. A eficácia na oração envolve uma união e uma harmonia tão íntima com Cristo, ao ponto de nada ser solicitado em contrário à mente de Cristo, e, por conseguinte, do Pai. Se não estamos desfrutando dessa tão íntima comunhão com Cristo, não recebemos poder através da oração. Somente quando nossa ligação com Cristo torna-se eficiente, sua maravilhosa promessa apresenta-se real e útil para nós.

O apóstolo João reproduz este ensino de Jesus em sua epístola: "E qualquer coisa que lhe pedirmos, dele a receberemos, porque guardamos os seus mandamentos e fazemos o que é agradável à sua vista" (I Jo 3.22). A oração eficaz depende da santidade e da nossa comunhão com o Senhor, através de seu Santo Espírito. João expressa isso à maneira judaica "(...) porque guardamos os seus mandamentos".

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

O HOMEM PÓS-MODERNO E SUAS ESPECULAÇÕES SOBRE DEUS

O homem, em seu estado atual de inteligência, não tem tido condição de falar de Deus, a não ser em linguagem antropomórfica em que o homem atribui a Deus formas e características humanas, (antropomorfismo), ou por meio de antropopatismo (figura de linguagem que atribui a Deus sentimentos humanos). Independente da terminologia empregada, devemos ter a humildade de reconhecer que não temos condição de dizer coisas grandiosas sobre Deus, visto que Deus é indizível, continua diante do homem como o mistério tremendo e o mistério fascinante, que representa o maior desafio da mente humana. Considerando que até hoje, não obstante todo o progresso da ciência, o homem ainda não tem condição de dizer o que é a matéria, porque o átomo continua uma entidade misteriosa. Considerando, que o homem não tem grandes coisas a dizer sobre o espírito, que continua uma entidade enigmática, mesmo diante das máquinas mais sofisticadas que o homem tem inventado, seria uma descabida presunção da mente humana querer descrever Deus.

O apóstolo Paulo discerniu na sua carta aos Romanos, a qual a consideramos um tratado teológico sobre a doutrina da justificação, a grande dificuldade para o homem conhecer a Deus ao ponto de poder formular conceitos abrangentes acerca do Ser Divino. Esse texto de Rm 11.33-36 fundamenta a nossa abordagem de forma clara e obetiva: "O profundidade das riquezas, tanto da sabedoria, como da ciência de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis os seus caminhos! Porque quem compreendeu a mente do Senhor? ou quem foi seu conselheiro? Ou quem lhe deu primeiro a ele, para que lhe seja recompensado? Porque dele e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém." No primeiro século Paulo já possuía essa concepção, que continua com total validade.

Partindo do princípio de que todas as experiências humanas são finitas, o homem se refere a Deus como o Infinito. Considerando que a finitude humana tem a ver com o tempo e com o espaço, o homem considera Deus infinito em relação ao espaço, que significa, onipresente e infinito em relação ao tempo, portanto eterno. Nesse sentido, o conhecimento de Deus só nos é possível através da fé, que gera em nós a experiência mística, levando-nos a transcender os conceitos da linguagem, procedentes do raciocínio humano. Essa experiência imediata com Deus, uma vez obtida, é infalível, isto é, não pode ser expressa por meio de palavras, passando a fazer parte da verdade interior de cada crente, não pertencendo ao campo das discussões teológicas, mas ao campo da experiência religiosa, necessária a todo crente. A alma humana, como criatura de Deus, conhece a Deus na comunhão com o seu criador, mas esse conhecimento não comunicável racionalmente, portanto, não se constitui matéria de discussão teológica. Conhecer a Deus significa se identificar com Ele, adquirindo gradativamente, sua natureza. Isso acontece por meio da habitação do Espírito Santo no homem. Assim, o conhecimento de Deus se transforma em algo existencial, vivencial, experimental, que se dá a partir da transformação do ser e da maneira de existir, que resulta na participação de um ser maior que projeta o homem do tempo na eternidade.

Desse modo, o conhecimento de Deus jamais pode ser reduzido a mero conceitos, pelo contrário, trata-se de um conhecimento experimental e existencial que contribui para que a teologia sistemática tenha como fundamento a revelação divina, sistematizada na tradição dogmática, em que são construídas as verdade da fé cristã. A teologia sistemática não pretende nos apresentar o conhecimento de Deus, mas o conhecimento das verdade firmadas sobre Deus, a partir de sua revelação e da tradição dogmática, reconhecendo porém, que o conhecimento de Deus precisa ser intuitivo, místico e existencial, continuando, por conseguinte, misterioso, não somente tremendo, mas também um mistério fascinante.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

SILAS MALAFAIA E OS LIDERES GAYS APOIAM JOSE SERRA PARA PRESIDENTE

FONTE: http://www.idagospel.com
O mundo da política é cheia de ironias, quem diria que Silas Malafaia e as lideranças Gays iriam estar do mesmo lado apoiando José Serra a presidente, pois é isso mesmo que você leu, eles estão apoiando o mesmo candidato e por motivos opostos. Silas Malafaia diz que Dilma não é clara sobre sua posição em relação aos projetos de homofobia, (embora ela até assinou uma carta se comprometendo a não enviar projetos a camara de deputados que firam a liberdade religiosa e Serra não se comprometeu com nada), alem do mas o pastor afirma que os autores dos projetos que são o motivo de polemica entre os Gays e os Cristãos é justamente de autoria do PT. Nisso ele tem toda a razão. Mais o que o pastor não contava é que ninguém fez mais para a causa Gay do que José Serra, o que afirma os próprios Gays e isso nos dá a intender que uma fez eleito ele continuará aprovando Leis que fortaleceram a união homossexual, veja a matéria abaixo retirada de um site homossexual e tire você suas conclusões.
VEJA A CARTA QUE DILMA ASSINOU.


MATÉRIA NO SITE PLANETA G

O posição do BLOG PLANETA G sempre em todos os assuntos, foi manter a neutralidade e abordar os fatos com o caráter jornalistico, mas diante dos últimos acontecimentos resolvemos fazer a mesma coisa que nosso grande parceiro, o BLOG SUPERPRIDE ( http://www.superpride.com.br/2010/10/superpride-apoia-jose-serra-que-e-favor.html )e assumir uma posição mais esclarecida.
Ontem (15) Dilma Rousseff assinou uma carta ao eleitorado religioso com os seguinte item:


1. Eleita presidente da República, não tomarei a iniciativa de propor alterações de

pontos que tratem da legislação do aborto e de outros temas concernentes à família
e à livre expressão de qualquer religião no País.
Nessa mesma semana a candidata se pronunciou ser a favor da união entre casais do mesmo sexo, mas gostaríamos que você se atentasse em uma simples "orelha" nessa história toda.
Os religiosos SÃO CONTRA a união civil de dois homens ou mulheres.Eles SÃO CONTRA a adoção de crianças por casal do mesmo sexo, e SÃO CONTRA a aprovação da PLC122.
Óbvio que as palavras de apoio de Dilma, se tornam vazias e mentirosas, levando-se em consideração que as religiões que dominam este país não apoiam tais leis, como se eleita, Dilma sancionará tais direitos, se a mesma se comprometeu a não mexer na legislação???NÃO...ELA NÃO VAI SANCIONAR!
Seguindo o texto, ela diz:
5.Com relação ao PLC 122, caso aprovado no Senado, onde tramita atualmente,

será sancionado em meu futuro governo nos artigos que não violem a liberdade
de crença, culto e expressão e demais garantias constitucionais individuais
existentes no Brasil;
Atualmente o Pastor Malafaia têm espalhado cartazes homofóbicos pelo Rio de Janeiro, e muitos outros exemplos desses acontecem Brasil á fora.A PLC122 que têm um grande peso no propósito de diminuir a homofobia no país é, sem dúvida nenhuma, disseminada principalmente, não exclusivamente,mas principalmente por religiosos.Como então a candidata pretende sancionar a lei?Podemos propor o parágrafo:
"A homofobia em qualquer lugar da Federação será punida como crime, desde que, não seja praticada por religiosos."
Dilma usa palavras, que até ponto são certas e, é o que queríamos ouvir, mas ela se contradiz tanto, que acaba mostrando sua fragilidade e falta de segurança para comandar o Brasil.
No texto, Dilma é enfática ao negar ser favorável ao aborto, mas evita entrar no debate sobre casamento entre homossexuais. Uma das cobranças feitas a ela na quarta-feira, em encontro com evangélicos, era de que se comprometesse por escrito a não enviar ao Congresso projetos de lei que permitam o casamento entre pessoas do mesmo sexo. A carta assinada por ela ontem, no entanto, faz promessas genéricas. ( Jornal "O Estado de São Paulo" )

O nosso apoio ao José Serra nessa eleição, para você que mora e principalmente não mora em São Paulo, tem bases sólidas.
Aqui no estado de São Paulo José Serra foi responsável pela realizalização de alguns projetos de grande importancia para os gays.
*Foi criado o Selo da Paulista da Diversidade, o objetivo da iniciativa é destacar organizações públicas, privadas e da sociedade civil que desenvolvam ou se comprometam a criar programas, projetos e ações de promoção e valorização da diversidade.
*O ambulatório estadual voltado exclusivamente para travestis e transexuais, com a intensão de retirar selicone industrial.Em 50 dias de funcionamento o ambulatório teve 400 atendimentos.
*Conselho Estadual dos Direitos da População de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais.
*Decreto de número 55.589 trata das penalidades aplicadas a quem discrimina com base em orientação sexual.
*No município de São Paulo, instituiu o primeiro órgão de administração pública brasileira voltado à diversidade sexual. Em seu segundo mês de governo frente à prefeitura de São Paulo, em 2005, criou a Coordenadoria de Assuntos da Diversidade Sexual.
*Ainda em 2005, Serra decretou a criação do Conselho Municipal em Atenção à Diversidade Sexual, espaço de interlocução entre o poder público e a sociedade civil, bem como o Centro de Referência e Combate à Homofobia.
*Como governador, Serra criou a Coordenação de Políticas Públicas para a Diversidade Sexual, no âmbito da Secretaria de Justiça e Defesa da Cidadania; instituiu o Comitê Intersecretarial de Defesa da Diversidade Sexual e o Conselho Estadual de Defesa da Diversidade Sexual e realizou a I Conferencia Estadual LGBT de São Paulo.
*Em relação às garantias legais para a população LGBT, Serra regulamentou a Lei 10.948, e publicou decreto acerta do uso do nome social na administração pública.
Em 2007, Serra reformulou o Sistema Previdenciário do Estado de São Paulo, instituindo o direito à pensão ao(à) parceiro(a) e fundou o Núcleo de Combate à Discriminação, Racismo e Preconceito, no âmbito de Defensoria Pública do Estado de São Paulo.
Além disso Serra está em parceria com a Diversidade Tucana, grupo que está recolhendo propostas do povo para o público LGBT para a eleição deste ano.
Em sabatina para Folha/Uol, Serra se diz favorável tanto para a adoção de crianças por casais homossexuais: "Eu não vejo problema quanto a isso"... "para a criança abandonada isso seria uma salvação". Toda criança precisa de pai e de mãe."
Também diz aprovar a união entre homossexuais no mesmo dia ao mesmo site.
E pergunto a vocês.Há alguém nesse país que fez mais ao LGBT que José Serra?
E, é valido lembrar que Marta Suplicy quando entrou na prefeitura de São Paulo, prometeu criar o conselho, conhecido como CADS, mas fez ao contrário.Marta colocou a polícia civil para tirar ativistas gays que haviam ido lhe cobrar a promessa na prefeitura.
Lula avançou muito, mas muito pouco em valores LGBT, em 8 ANOS.Míseras ações foram feitas e deram em lugar nenhum.
Precisamos eleger Serra, para que tenhamos espaço também no Brasil.Ele ao contrário de Dilma,não se submeteu a religiosos para conseguir votos, nem se tornou ambientalista.
Se Dilma Rousseff se eleger presidente do Brasil, não teremos o que cobrar, por que nem se quer entrou no assunto LGBT, e dessa forma ficaremos por mais 4 anos.
Serra este ano fez algo que nenhum outro candidato propôs na história.Lançou o "Proposta Serra", que dá espaço a população criar o seu plano de governo.E lá há uma aba LGBT e, no site de Dilma???Nenhuma citação.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

A ORAÇÃO EM O NOVO TESTAMENTO

Tendo em vista o fato da oração ser um exercício vital para o povo de Deus, os grandes personagens do Novo Testamento empreenderam muita dedicação num ensino sistemático sobre oração. Na visão neo-testamentária, para que o ato de orar seja algo eficaz diante de Deus se faz necessário que aquele que ora seja conhecedor de alguns princípios. Sendo assim, o próprio Jesus ocupou-se com essa tarefa, por isso, Ele ensina como a oração deve ser, "E, quando orares, não sejas como os hipócritas; pois se comprazem em orar em pé nas sinagogas, e às esquinas das ruas, para serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão. Mas tu, quando orares, entra no teu aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará publicamente. E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios, que pensam que por muito falarem serão ouvidos". (Mateus 6.5-7).

Em primeiro lugar Jesus nos diz que a oração deve ser "discreta", não pode ser projeção do ego de quem ora, deve partir de um coração humilde e quebrantado, o qual não há lugar para egoísmo, presunção e vaidade. A oração não pode ser confundida com um discurso público recheado de termos retóricos com o intuito de impressionar os ouvintes, e sim, um diálogo com Deus de forma direta e simples. Quando o conteúdo da oração provoca admiração nas pessoas, na maioria dos casos não move o coração de Deus. Em segundo lugar Jesus ensina que a oração nos convoca para um lugar de intimidade com Deus, pois a oração é a expressão externa de um elo secreto estabelecido pelo Espírito Santo entre o ser adorado e adorador (Mt 6.6). E ainda no texto supracitado, Jesus afirma que a oração deve ser objetiva e curta. Muitos cristãos alimentam uma compreensão de que a oração precisa ser longa, repetitiva, discursiva e explicativa, porém, o Senhor nos ensinou o contrário. Não é pelo o muito falar que seremos ouvidos, e Deus também não necessita de nossas explicações e descrições dos fatos. Ele é onisciente, conhece as nossas necessidades atuais e aquelas que teremos no futuro (Mt 6.7).

PAULO, O TEÓLOGO DA ORAÇÃO

Paulo é o autor neo-testamentário mais preocupado com a oração, especialmente a comunitária. Ele ensina sobre as várias dimensões da oração litúrgica: Doxologia e glorificação (Rm 1.21; 4.20; 2 Co 6.20; 10.31; Ef 3.20,21). Louvor (Rm 14.11; 15.9-12; Ef 1.6,12,14). Paulo utiliza o mesmo verbo para louvar e confessar "Exomologeomai". Bendizer (Rm 1.25; 9.15; 1 Co 14.26); Adoração (1 Co 14.25); Ação de Graças (Rm 18.21; 6.17,18; 14.6; 1 Co 1.4,14; 10.30); Exultação e gozo (Rm 5.2,3,11; 15.17; 1Co 1.29; 2 Co 1.12); Súplica, pedido pessoal (Rm 1.10; 7.24; 1 Co 14.13, 2 Co 12.8); Intercessão ( Rm 1.7,9,10; 8.15,16,23,27,34; 9.1-13; 1 Co 1.3,8; 2.9-16; 2 Co 13.7,9,11,14; Gl 1.3,8,9;4.6).

O Novo Testamento apresenta para a oração uma liturgia composta de parte bem distintas. No culto deve haver momentos específicos de adoração, confissão, ação de graças, louvor, consagração e intercessão. Uma oração desorganizada se distancia dos propósitos da liturgia e pode também trazer uma certa confusão para os participantes do culto.

A oração de adoração é o momento em que somos impulsionados pelo Espírito Santo para expressamos diante de Deus tudo que sentimos e pensamos sobre o infinito ser que Ele é. E assim podemos nos dirigir ao Senhor e dizer: Senhor, sentimos o teu inefável amor, o teu poder nos alegra, contemplamos a tua majestade e a gloria da tua presença. Te adoramos por que tu és infinitamente santo, tu és o nosso Deus e não outro além de ti. O importante aqui é que todas essas expressões sejam proferidas com profunda sinceridade.

A oração de confissão é o momento em que confessamos os nossos pecados. Pecamos algumas vezes por infidelidade e outras por omissão, por isso, é necessário reconhecermos nossas fraquezas e confessá-las publicamente. O Salmo 51 é um grande exemplo desse tipo de oração: "Pequei contra ti, contra ti somente, e fiz o que e mal perante os teus olhos; de maneira que serás tido por justo no teu falar e puro no teu julgar. Eu nasci na iniqüidade e em pecado me concebeu minha mãe" (Sl 51.4,5). É numa oração de confissão que rei Davi confessa o seu pecado e logo em seguida pede que Deus o perdoe, pois confissão e súplica de perdão fazem parte do mesmo conjunto. Os pecados pessoais e íntimos devem ser confessados a Deus pessoal e intimamente, não em culto público. Porém, se o pecado individual é contra a comunidade ou lhe afeta a ordem, a dignidade e a pureza, deve ser confessado ao sacerdócio constituído para o devido tratamento do caso visando a reconciliação daquele que pecou.

Oração de ações de graças é o momento em que agradecemos as bênçãos recebidas. Neste momento percebemos muitas vezes o quanto temos sido negligentes até mesmo ingratos para com Deus, porque em muitos momentos da nossa existência não temos atentado para os grandes feitos do Senhor em nossas vidas. O Senhor está com os cuidados dele sobre nós dia e noite, Ele nunca nos deixa só e jamais nos desamparará. Nem se quer somos capazes de enumerar uma quantidade mínima dos favores do Senhor para conosco. A oração de gratidão é muito edificante para o cristão e também tem alto valor na presença do nosso Deus.

A oração de intercessão é o momento em que exercemos o nosso sacerdócio universal, o qual nos foi dado por ordenação divina. Demonstramos a nossa confiança na oração como um instrumento poderoso capaz de fazer com que Deus manifeste o seu divino poder para intervir em favor dos seres humanos, seja qual for a situação. O intercessor nunca desiste, mesmo que a situação seja extremamente crítica, pois para o eterno tudo é possível.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

GREGO BÍBLICO – DIATHEKE / SUNTHEKE

DIATHEKE é a palavra grega que traduzimos por "pacto". É um termo amplamente utilizado na versão grega do Antigo Testamento, constituindo-se numa das palavras mais importantes das escrituras sagradas. É um termo que traz no seu bojo uma certa dificuldade. A solução desse problema nos mostrará que DIATHEKE comporta um conteúdo teológico e uma profunda visão da relação entre Deus e o homem.

A palavra "pacto" no seu uso comum e não teológico, significa "acordo" entre duas ou mais pessoas ou entidades. Assim como é ocasionalmente utilizado no A. T. Como exemplo disso temos: a "aliança" que os gibeonitas desejavam fazer com Josué (Josué 9.6); No "pacto" com os habitantes de Canaã, o qual não era permitido aos Israelitas (Juizes 2.2); no "pacto" que fizeram Davi e Jônatas (I Sm 23.18). No N. T., DIATHEKE é a palavra chave da carta aos hebreus para descrever esta nova e melhor relação entre Deus e o homem (Hebreus 7.22; 8.6,9,10; 12.24; 13.20).

O problema se estabelece a partir do momento que nos apropriamos do fato de que a palavra grega normalmente usada para pacto é "SUNTHEKE", que é utilizada na maioria das situações comunicativas, principalmente em situações que envolve um compromisso matrimonial, um acordo entre duas pessoas ou países.

Por que o termo "DIATHEKE" é o preferido dos escritores sagrados no lugar de "SUNTHEKE"?

A explicação é devido ao fato que "SUNTHEKE" descreve um acordo feito por duas partes que se encontram em igualdade de condições, e qualquer das partes terá poder para alterar o acordo estabelecido. Todavia, a palavra "DIATHEKE" expressa muito mais do que um simples acordo feito em igualdade de condições, pois significa um pacto estabelecido por testamento, sendo assim expressa o sentido de pacto irrevogável. Isto nos revela que nesse "pacto" Deus e o homem não estão em igualdade de condições, significa que Deus, por opção própria e em sua livre graça, ofereceu ao homem esta relação, a qual o homem não pode alterar, mudar, nem anular, senão apenas aceitar ou rejeitar. As condições de testamento são impostas por uma pessoa e aceitas pela outra, que não pode alterar.

Não entramos em relação com Deus por auto-merecimento, nem segundo as nossas próprias exigências, mas pela iniciativa e graça de Deus manifestas em nosso favor. DIATHEKE, resume em si mesma a "dívida" e o "dever" que temos para com Deus. Somos devedores porque a nossa relação com Deus provém do esforço de Dele, pois, nada poderíamos fazer em prol dessa relação. Temos um "dever" porque temos de aceitar as condições de amor, fé e obediência impostas por Deus, sem jamais pensarmos em modificar os termos do pacto.

sábado, 16 de outubro de 2010

A ORAÇÃO SÁBIA

A Palavra do Senhor é o manual de instrução para nos instruir acerca de todos os procedimentos para desenvolvermos a nossa vida espiritual. Entre muitos exercícios espirituais que a Bíblia nos recomenda está a oração. Algumas pessoas acreditam que para recebermos as coisas da parte de Deus só precisamos pedir com fé, concebendo a fé como uma profunda convicção na existência de Deus, e também que Ele está sempre disposto a realizar a vontade daqueles que assim procedem. Nesta perspectiva fé e crença mística se confundem. Porém, quando Jesus disse que tudo que pedíssemos com fé no nome dele, haveríamos de receber, ele está nos dizendo que Deus assume um compromisso de atender todas as solicitações, isto é, as orações dos cristãos, que estejam em plena sintonia com os princípios da Palavra do Senhor que dão sustentação aos fundamentos da fé bíblica, que é muito mais do um simples acreditar que Deus existe e pode realizar muitas coisas. A oração eficaz precisa ser embasada por um conhecimento bíblico que proporciona sabedoria ao coração, pois, Tiago nos diz que muitas vezes oramos e não recebemos por não pedimos com sabedoria. "Pedis, e não recebeis, porque pedis mal, para o gastardes em vossos deleites." (Tiago 4.3), Tiago nos ensina nesse texto que a oração como simples ato litúrgico da religião não corresponde ao modelo bíblico de oração que agrada ao Senhor". O primeiro segredo de uma oração sábia, é que ela é proveniente de um coração humilde e quebrantado diante de Deus. Tiago diz que Deus não suporta as pessoas presunçosas e vaidosas, que muitas vezes chegam a pensar que podem utilizar a oração para alcançarem os seus intentos egoístas. Nessa perspectiva aprendemos que para praticarmos uma oração sábia é necessário que antes aprendamos a cultivar a humildade conforme as Santas Escrituras.

No Antigo Testamento no Cap 6 de II Crônicas temos a oração de Salomão, o qual podemos apresentar como um grande exemplo de um homem que desenvolveu uma forma de orar que muito agradou ao Senhor, e foi a partir de uma oração sábia que Salomão alcançou o favor do Senhor. Um dia Deus apareceu em Sonho para Salomão dando-lhe a oportunidade pedir o que ele quisesse, porém ele pediu apenas sabedoria para governar o povo de Deus. Com essa atitude Salomão demonstrou que o seu coração estava voltado para os valores do Reino de Deus, ele não agiu de forma egoísta priorizando as suas necessidades pessoais, não estava muito preocupado com o seu próprio conforto pessoal. Com Salomão aprendemos o tipo de postura adequada na oração, para que as nossas palavras diante de Deus possam ter um efeito positivo.

Quando nos apresentamos na oração com uma postura humilde, conseqüentemente vamos nos utilizar de outro elemento muito importante no ato de orar, a confissão, pois todos nós somos pessoas imperfeitas e sujeitas a tropeçarmos diariamente em alguma coisa, por isso, vamos expressar a nossa necessidade do perdão e da misericórdia do Senhor. A confissão está presente em quase todo tipo de oração, pois quando oramos estamos confessando nossa finitude e nossa dependência de Deus. O ponto de partida da confissão é a profissão que Jesus é Deus. Esta confissão não pode ser apenas de meras palavras. Precisa ser o resultado de uma convicção profunda de que ele é a nossa única esperança e salvação eterna. No âmago dessa espécie de confissão profunda encontra-se a idéia de que não podemos atingir a salvação por nossos próprios recursos. Somos inteiramente dependentes de Jesus Cristo nosso Senhor e Salvador. No Evangelho de João encontramos uma promessa de Jesus Cristo que nos ajuda a esclarecer a necessidade de profissão de fé em seu nome; " E tudo quanto pedirdes em meu nome, eu o farei, para que o pai seja glorificado no filho. Se pedirdes algumas coisa em meu nome, eu o farei" (Jo 14.13,14). Quando oramos em nome de Cristo, estamos confessando nossa fé que ele é o Senhor, que tem poder para fazer o que pedimos, se esta for a sua vontade. A profissão inclui a sujeição da nossa vontade à de Deus.

Antes de pedirmos ao Senhor sobre determinado assunto, é preciso entregar-lhe toda honra e toda glória. Quando desistimos dos direitos, e desejamos a todo custo que apenas a vontade de Deus seja feita e que toda glória lhe seja dada. Então estamos prontos a receber de forma persistente a ele em oração. A alegria toma conta de nós quando participamos da glória de Deus "justificados, pois, pela fé, tenhamos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo, por quem obtivemos também nosso acesso pela fé a esta graça, na qual estamos firmes, e gloriamo-nos na esperança da glória de Deus" (Rm 5.1,2). Ao fazermos a vontade de Deus, abrimos mão do plano imperfeito que temos em favor do comando perfeito do Senhor.

Precisamos estar muito atentos com relação ao tipo de oração que podemos rotular de uma "oração sábia", pois existem muitos místicos que estão por ai se auto-proclamando "mestres da fé", e ensinando para as pessoas algumas fórmulas mágicas, um tipo de "abra-cadabra" evangélico. Dizem estes falsos mestres, que as pessoas precisam apenas acreditar e utilizarem as palavras certas, tais como: "eu decreto... eu determino... declaro...profetizo.. rejeito..., e tantas outras. Porém, tudo isso é um grande engano que ao se apropriar de uma técnica chamada de "sugestionamento psicológico" explora o emocional das pessoas para manipulá-las. A oração sábia e eficaz é assimilada por uma vida de compromisso e intimidade com o Senhor por meio de um discipulado contínuo no princípios bíblicos.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

A ORAÇÃO NO ANTIGO TESTAMENTO – Lição 2

A prática da oração é uma atividade sempre enfatizada nas páginas das escrituras, a começar pelos primeiros livros do Antigo Testamento. Antes da queda, Adão se comunicava com Deus de forma direta e pessoal, porém, o pecado o impossibilitou de continuar usufruindo desse livre acesso a Deus. A Bíblia silencia sobre o fato de Adão ter praticado alguma forma de oração, por outro lado diz em Gênesis 4.26 "E a Sete também nasceu um filho; e chamou o seu nome Enos; então se começou a invocar o nome do SENHOR" . è óbvio que essa expressão não quer dizer que os homens começaram a orar a partir da geração de Enos, isso nos revela que o próprio Adão teria instruído aos seus descendentes acerca da importância da oração, cuja a ênfase maior foi dada a partir dessa data, temos ai o estabelecimento do marco divino sobre a necessidade que os homens tem em exercitar a oração para que possam manter contato com Deus.

Os patriarcas de Israel tinham na oração sua principal arma de superação. Podemos citar Abrão no cap. 15 de Gênesis. Deus havia prometido para Abrão que ele seria pai de uma grande nação, porém, alguns anos tinham passado, Abrão tinha envelhecido e agora parecia um tanto fragilizado para continuar crendo na promessa de Deus. Nesse contexto de ansiedade e frustração Abrão entra na sua tenda para orar, e antes que ele apresente suas queixas, Deus procura fortalecer o coração dele: "Depois destas coisas veio a palavra do SENHOR a Abrão em visão, dizendo: Não temas, Abrão, eu sou o teu escudo, o teu grandíssimo galardão" Gn 15.1. Abrão estava tão frustrado que já estava fazendo planos na contra-mão do projeto que Deus já tinha estabelecido. No v. 5 Deus convida Abrão para sair da tenda e caminhar com Ele, e então, mostrar-lhe que a promessa permanece firme. Aprendemos com esse episódio bíblico que no Antigo Testamento a oração não se baseava apenas numa forma litúrgica pré-definida, porém, numa experiência profundamente existencial, na qual os indivíduos também tinham a oportunidade de expressar os mais profundos dilemas da sua própria existência, para que o próprio Deus pudesse lhes proporcionar as respostas que pudessem resolver suas crises existenciais e espirituais. Em situação semelhante temos também o caso de Jacó, que sentindo-se ameaçado por uma possível vingança da parte do irmão Esaú, desceu ao vale de Jaboque para reivindicar a proteção e o livramento do Senhor.

A oração nos ministério profético do Antigo Testamento possuía um aspecto bem mais abrangente do que as próprias necessidades do profeta. Os profetas tinham a oração como um recurso para chamar a atenção de Deus em relação aos problemas morais, éticos e espirituais do povo de Deus e da sociedade como um todo. Sua oração reivindica o estabelecimento da justiça social e da submissão a verdade de Deus por parte dos homens. Pelo fato do profeta ser um homem de ação e não um intelectual teórico, o elemento intelectual na oração profética ocupa um papel secundário. O profeta é um indivíduo que confia na possibilidade da sociedade ser totalmente transformada pela palavra de Deus. Suas orações refletem sempre esta problemática. Ele clama ao Senhor, pedindo que aja com justiça no meio da injustiça dos homens. Suas orações sempre refletem uma aguda preocupação pelo bem-estar social do povo entre o qual encontra-se inserido. Moisés foi um grande exemplo de altruísmo, o qual intercedeu pelo povo de uma forma tão contundente, que o fez chegar ao extremo da apelação, ao dizer para Deus que se Ele não perdoasse e poupasse o povo da destruição, então que tirasse o nome dele o "livro da vida". Apesar de parecer chantagem e ousadia da parte de Moisés, Deus não julgou dessa forma, pois viu naquele profeta um homem que amava extremamente o seu povo, e que estava disposto a abrir mão dos seus privilégios para ficar ao lado desse povo. A ousadia de Moisés se fundamenta no fato de que ele confiava muito no poder da intercessão.

Outro grupo importante nesse contexto são os sacerdotes. Estes personagens são fundamentais para o desenvolvimento da religião judaica. Os sacerdotes tinham por missão regulamentar os sacrifícios e dar respostas a quem vinha consultar a Deus. Usavam para este efeito meios apropriados, como os Urim e os Tumim, espécies de dados que o sacerdote leva num avental guarnecido de bolso. A decisão conseguida mediante Urim e Tumim era chamada Tôrah, lei. O sacerdote era intermediário entre o povo e a divindade. O cargo sacerdotal transmitia-se hereditariamente. O Antigo Testamento conhecia famílias e mesmo dinastias de sacerdotes, como a dinastia que Eli fundou em Siló, ou Aimeleque em Nobe (I Sm 21 ). Os sacerdotes desempenhavam a missão do culto oficial, isto é, do conjunto de orações e de gestos simbólicos que visavam conservar a santidade. Centralizava-se o culto em torno do sacrifício, que é uma oblação feita a Deus. Os particulares ofereciam sacrifícios para expressar sua gratidão, para pagar um voto, para conseguir a remissão duma culpa, ou para apoiar uma súplica. A oração dos sacerdotes conserva as características das orações dos profetas. Além disso ela possui suas próprias características. Geralmente, a oração sacerdotal é feita em público. Por este fato, ela não é mística, nem profundamente pessoal, ou intelectual. Isto só seria possível numa congregação altamente instruída. Ela também não é essencialmente profética, pois não abrange assuntos mais vastos à justiça social. A oração sacerdotal funciona como forma de exortação. Por causa de seu caráter público, tende a ser ritualística em sua natureza.

Um dos grandes símbolos da oração no antigo testamento é o Altar de Incenso. A todos os sacerdotes era permitido ministrar diante do altar de incenso, mas as escrituras salientam mais o ministério do sumo sacerdote diante daquele altar. Assim, a ênfase principal deste altar é a mediação do nosso Senhor Jesus como Sumo Sacerdote, pois a nossas orações só serão aceitas por Deus se forem feitas no nome de Jesus. O altar de ouro ou de incenso representa Cristo como Sacerdote e nós nos alegramos em saber que Aquele que é o nosso Sacerdote é homem. Ele é humano, O Nome dEle é Jesus. Ele conhece o nosso mundo. Ele esteve aqui. Ele passou por todas as circunstâncias nesta vida. Outro elemento de grande importância aqui é o incenso que ali era queimado. As instruções divinas alusivas à composição do incenso eram muito rigorosas e pormenorizadas (Êxodo 30.34-38). Das Escrituras aprendemos que os ingredientes usados eram de qualidade rara e preciosa; havia proporções iguais e os ingredientes misturados constituíam uma fórmula que não era permitido imitar; as diversas especiarias deviam ser moídas e pisadas e convenientemente preparadas para o incenso ser queimado no fogo. Aqui temos uma tipologia que aponta para o tipo de oração eficaz. Para que as nossas orações agradem a Deus precisamos cultivar uma vida cujos os princípios estejam em harmonia com a Palavra do Senhor. Jesus disse: "Se vós estiverdes em mim e as minhas em vós, tudo que pedirdes vos será feito". Quando reconhecemos a Jesus como Salvador e Senhor de nossas vidas e procuramos viver uma vida de humildade e submissão a palavra dEle, nos tornamos habilitados para apresentarmos orações agradáveis diante do altar do Senhor, as quais subirão como cheiro suave até as narinas do Eterno Deus, assim como acontecia com o incenso que era queimado no altar.

Quero concluir essa reflexão mencionando uma das mais belas e poderosas orações do Antigo Testamento. O autor dessa oração não é um personagem bíblico famoso, pois talvez muitos cristãos nem sequer lembram ter lido ou ouvido falar sobre dele. (I Crônicas 4.9-10) "E foi Jabez mais ilustre do que seus irmãos; e sua mãe deu-lhe o nome de Jabez, dizendo: Porquanto com dores o dei à luz. Porque Jabez invocou o Deus de Israel, dizendo: Se me abençoares muitíssimo, e meus termos ampliares, e a tua mão for comigo, e fizeres que do mal não seja afligido! E Deus lhe concedeu o que lhe tinha pedido. Segundo a Biblia Jabez foi um homem muito ilustre, e sua grande virtude é que ele era um homem, cuja a oração era eficaz. Observe que esse capítulo 4 de I Crônicas apresenta uma genealogia, geração após geração está passando, e entre todas elas devem ter existido grandes guerreiros, administradores, construtores, sábios, oradores,porém, nenhuma dessas atividades foi mais importante do que a desempenhada por Jabez, buscar o sucesso por meio da oração. Olhando por essa perspectiva apreendemos sobre o alto pedestal que o Antigo Testamento coloca a oração. Se queremos ser verdadeiramente exaltados pelo Senhor assim como foi Jabez, precisamos antes de qualquer coisa sermos obreiros com um ministério de oração eficaz. Existem muitos que estão mergulhados em grande ativismo, seja em ministérios de pregação, de ensino, administração de igrejas, empreendimentos, e tantas coisas nas quais buscam reconhecimento e até mesmo eternizarem os seus próprios nomes. Todavia, estão se esquecendo que é por meio de uma existência humilde, que muitas vezes passa desapercebida das pessoas aqui, mas que alcança uma grandeza imensa diante do Senhor. Existem muitos Jabez por ai que estão sendo desprezados e desvalorizados, que não atraem a atenção de muita gente, mas sobre estes, o próprio Senhor vai dizer um dia: " E foi Jabez mais Ilustre do que todos os seus irmãos".

domingo, 3 de outubro de 2010

O PASTOR SILAS MALAFAIA E SUA MUDANÇA NÃO JUSTIFICADA

Vários blogs colocaram postagens sobre a última peripécia do Pastor da igreja "Vitória em Cristo", Silas Malafaia. O Fato é que o Pastor Silas que já tinha declarado o seu voto para a candidata Marina Silva e já fazia algum tempo, repentinamente declarou que não votaria mais na Marina e sim no candidato José Serra. Apesar dessa noticia ter sido um tanto bombástica para algumas pessoas, não foi tão surpreendente para aqueles que já perceberam que o Pastor Silas tem se revelado um bom articulador político, o qual sabe muito bem se aproveitar das situações para se auto-promover, foi nesse contexto que renunciou ao cargo de vice-presidente da CGADB, saindo como "bom moço" e ainda desferindo os seus "dardos inflamados" contra a instituição, a qual estava enfrentando uma crise administrativa e proporcionou as bases para os supostos argumentos do Pr. Silas, para que ele pudesse sair com o estilo que lhe é peculiar. Outra grande manobra do Pr. Silas, logo após a morte do Pr. Presidente da Assembléia de Deus do Ministério da Penha, foi a mudança do nome do Ministério para "Vitória em Cristo" que é a sua Marca registrada, por que não outro nome? O que parece é que a igreja foi anexada a fundação dele, ou porque não dizer, ao ministério que projeta o nome do próprio Silas Malafaia.

Então, o que podemos entender pela lógica dos fatos, é que possivelmente a mudança da opção política do Pr. Silas esteja mais uma vez motivada por algum interesse pessoal, de repente alguém entendeu que o candidato José Serra, caso vença as eleições possa fazer uma doação maior para o ministério "Vitória em Cristo". Quem sabe uma concessão para um canal de televisão que poderia se chamar "TV Vitória em Serra" ou desculpe "Vitória em Cristo".

Me perdoem, se estou desagradando algumas pessoas, porém estou apenas expressando os meus pensamentos, o que faz parte do processo democrático no qual estamos inseridos. Como disse estou apenas usando o raciocínio lógico, pois, as explicações dadas pelo Pr. Silas para essa sua mudança repentina, é totalmente injustificável, tendo em vista que ele, e todos tinham o conhecimento, e já há bastante tempo, das posições da candidata Marina Silva, as constituem as supostas razões apresentadas pelo Silas para "virar a casaca", então é melhor ele contar outra que essa ai "é conversa para boi dormir".

O Pr. Silas ou qualquer outro cidadão tem o direito de mudar o seu voto a qualquer momento, porém, eu entendo que não fica bem para um Pastor e pregador do evangelho ser tão instável nas suas escolhas e ainda apresentar justificativas escusas para camuflar seus verdadeiros interesses.