sábado, 30 de abril de 2011

A IMPORTÂNCIA DO DONS ESPIRITUAIS – LIÇÃO 5

A igreja pode ser comparada a um grande exército celestial que foi levantado por meio da obra da expiação realizada pelo Senhor Jesus Cristo. Paulo ensina em Efésios 6.12 Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais. Essas palavras expressam com muita objetividade que as batalhas enfrentadas pela igreja de Cristo acontecem em outro plano, em outra dimensão, isto é na esfera espiritual, onde as armas deste mundo não possuem nenhuma eficácia, pois, Paulo também diz:Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas sim poderosas em Deus para destruição das fortalezas;” II Co 10.4. A partir desses textos podemos inferir que é os dons espirituais são os instrumentos indispensáveis com os quais Deus equipou a igreja para que ela possa enfrentar os seus inimigos invisíveis. Dons não devem ser encarados como propriedades individuais, pois eles são exclusivamente da igreja que o corpo de Cristo aqui nesse mundo. Os dons não podem ser utilizados para a promoção de homens, instituições ou qualquer outra coisa. Os dons são as armas poderosas que Deus entregou a sua igreja para garantir a existência da mesma como agente do Reino de Deus aqui na terra, pois o próprio Jesus já havia profetizado que as “as portas do inferno não hão de prevalecer contra a minha igreja”.

O texto referência para começarmos a tratar desse tema é I Co 12.4-7, no qual Paulo ensina: “Ora, há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo. E há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo. E há diversidade de operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos. Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um, para o que for útil” . O objetivo do apóstolo é enfatizar que, mesmo os dons sendo diversos há um só Doador. Ele afirma esta verdade três vezes, cada vez relacionando os dons a uma outra Pessoa da Trindade (“O mesmo Espírito”, “o mesmo Senhor”, “o mesmo Deus”). Ele também usa três palavra diferentes para os dons. Primeiro (v.4) eles são charismata, dons da graça de Depois, (v. 5) eles são diakonial, maneiras de servir. Em terceiro lugar, (v.6) eles são energemata, energias, atividades ou poderes, que o mesmo Deus energiza” ou “inspira” (energon) em todos. E há “diversidade” ou “porções” (diareseis) de cada grupo. Juntando estas três palavras talvez possamos definir dons espirituais como “certas capacidades, concedidas pela graça e poder de Deus, que habilitam pessoas para serviços específicos e correspondentes”. Um dom espiritual é, portanto, não a capacidade em si, nem um ministério ou função propriamente dito, mas a capacidade que qualifica uma pessoa para um ministério. Em termos simples, ele pode ser considerado, ou o dom e o trabalho em que é exercido, ou o trabalho e o dom com que é exercido.

O interesse de alguns Cristãos parece estar limitado principalmente a três dons, que são “línguas, profecias e curas”. Entretanto, é óbvio que há mais dons do que este trio empolgante. Existe muita ênfase em torno dos “Nove dons do Espírito” conforme a primeira lista, que está registrada no início de I Corintios 12, porém, a maioria dos estudiosos concordam que é um grande equívoco restringir os dons espirituais tão somente a esta relação, pois, no final desse mesmo capítulo temos uma outra lista, apesar da mesma conter também nove dons, somente cinco destes coincidem com a primeira. De forma que mesmo em I Corintios são pelo menos 13 dons. Depois há uma lista de sete dons em Romanos 12 ( dos quais cinco não ocorrem em nenhuma lista de I Co 12) e outra lista, de cinco dons em Éfesios 4 (dos quais 4 são novos), além de outros dois dons citados em I Pedro 4, um dos quais (“Se alguém fala) ainda não recebera menção específica antes. Ao compararmos as listas, nem sempre está claro quais dons são idênticos, mas é verdade que, no conjunto, o Novo Testamento faça referência a vinte ou mais dons diferentes. A grande importância dos dons espirituais se baseia no fato que eles foram estabelecidos com a finalidade de Edificar a igreja. Se a prática dos dons não edificar o corpo, eles não tem valor. “Assim também vós, visto que desejais dons espirituais, procurai progredir, para a edificação da igreja” (I Co 14.12). “Seja feito para edificação” (I Co 12.26b). As palavras “edificar” e “proveito” (ou variações) são usadas dez vezes em I Coríntios com respeito à operação dos dons espirituais. Dons são concedidos com o propósito de proporcionar proveito e edificação espirituais para todo o corpo. Se um dom é exercido sem amor, ou simplesmente como exibição pessoal, um sino de ouro se transforma em um címbalo de bronze que retine.

OS DONS VERBAIS SÃO GERALMENTE OS MAIS PRATICADOS

O Dom línguas é sem dúvida um “dogma “ no meio pentecostal devido ao fato de que a maioria das denominações do ramo interpretam que o mesmo é a porta de entrada para o recebimento dos demais dons, tornando-se o dom que confere a “credencial pentecostal”, pois a própria chamada ministerial está atrelada a esse pré-requisito. Ao meu ver essa condição tem promovido uma busca doentia (que proporciona muita simulação) por parte de uma grande maioria daqueles que almejam o ministério nesses meios pentecostais. O dom de profecia, o qual tem sido também entendido de uma forma muito superficial, é amplamente praticado. A facilidade encontrada na exploração desses dons é devido a existência de uma grande tendência para o fenomenalismo e a busca mística que proporcione a experiência sensitiva, o que tem sido a tônica em muitas denominações pentecostais. Apesar de crer na contemporaneidade dos dons aqui citados, me preocupo muito com a possibilidade do grande de índice de simulação que existe hoje nesse aspecto, e mais preocupante ainda é a total incapacidade das lideranças em apresentar um outro dom, que no meu entendimento, seria o antídoto para esse veneno, que é “dom de discernimento”. Parece que alguns dons têm ficado no esquecimento, pois, falamos pouco e quase não os desejamos, penso, que talvez tais dons não se identifiquem ou até sejam conflitantes com os interesses predominantes na classe eclesiástica da atualidade. Creio que a falta do “dom de discernimento” explica as contradições vividas pela igreja atual. Em nenhuma outra época a igreja evangélica foi tão inclinada a absorção de heresias. Discursos distanciados da fé bíblica estão sendo recepcionados com muita facilidade. Líderes descomprometidos com a ortodoxia se apropriam dessas heresias, com o propósito de atingir suas audaciosas metas pessoais, e lamentavelmente, multidões se deixam levar pelo discurso inflamado, por falsas promessas, por fundamentos distorcidos da verdade e sem nenhum discernimento alimentam e fortalecem as estruturas da ambição dos “popstars” do Evangelho. Também encontramos pregadores, escritores, que para se manterem no topo da evidência estão ensinando heresias, alguns ousadamente tentando fazer fissuras em doutrinas ortodoxas, como a plenitude da humanidade de Cristo, ou ainda pastores que se declaram abertamente a favor da união homossexual. Mesmo que isso aconteça no plano individual é embaraçoso para a comunidade evangélica, principalmente, quando tais atitudes procedem de pessoas que se colocaram como referencia para a igreja dos nossos dias. Porém, o que caracteriza a ausência do discernimento em grande parte do povo cristão, é o fato de que esses promotores de heresias continuam sendo seguidos por grandes multidões que ostentam o título de cristãos pentecostais, que dizem conhecer e até experimentar os dons do Espírito na sua existência.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

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quinta-feira, 21 de abril de 2011

ESPÍRITO SANTO – AGENTE CAPACITADOR DA OBRA DE DEUS- Lição 4

A presença do Espírito Santo se constitui no grande diferencial da obra de Deus quando a comparamos com qualquer outra atividade que o homem possa realizar. Certa vez Jesus fez a seguinte afirmação para os discípulos: "sem mim nada podeis fazer", porém, em outro momento Ele também disse: "Eu vou mais não vos deixarei órfãos, enviarei um consolador e ele vos guiará...". Entendo que as palavras de Jesus aqui mencionadas, encontram um sentido mais profundo no contexto da sublime que foi colocada sob o encargo da igreja de Cristo. Jesus estava ensinando aos seus discípulos que é inútil tentarmos realizarmos a verdadeira obra de Deus de forma autônoma, por meio da nossa própria capacidade. Podemos até construirmos algumas coisas que tenham aparência de grandeza, e produza admiração em muita gente, todavia, tal realização não terá nenhuma importância para o Reino de Deus, e diante de Deus será considerada uma edificação construída com palha, sem nenhuma sustentação, pois, está desprovida da essência. Somente a ação poderosa do Espírito Santo é que pode nos habilitar para fazermos a obra do Senhor de forma que possamos atender os requisitos estabelecidos por Deus. Jesus também disse que os discípulos seriam capazes de fazer coisas mais grandiosas com a vinda do Espírito Santo do que aquelas que já faziam convivendo com a presença física Dele. A vinda do Espírito significou a infusão de um novo poder divino. É a luz deste fato que devemos compreender a declaração que os discípulos de Jesus deveriam realizar maiores obras do que as Dele, "Porque eu vou para o pai" (Jo 14.12). Tais obras maiores, com toda a certeza, localizam-se na esfera espiritual, e não na esfera física.

O ESPÍRITO NOS CONDUZ NA TRILHA DA VERDADE

Este é realmente um trabalho realizado pelo Espírito Santo que é fundamental para a existência e o testemunho da igreja. A verdade dos homens se baseiam em conceitos relativistas, todavia, a verdade de Deus é absoluta e imutável. É a presença do Espírito agindo em nós que nos capacita à assimilarmos essa verdade e também agirmos de conformidade com a mesma. O Espírito Santo nos guia por toda verdade. Cristo é a verdade, aplicada pelo Espírito Santo à vida dos salvos, visando à sua santificação mediante a Palavra, a Bíblia. O Espírito Santo usa na santificação os mesmos recursos que empregou na regeneração da alma: "Mas nós devemos sempre dar graças a Deus a Deus por vós, irmãos, amados do Senhor, porque Deus vos escolheu desde o princípio para salvação, mediante a santificação do Espírito e a fé na verdade" (II Ts 2.13). Portanto, a verdade evangélica revelada na Bíblia é o instrumento do Espírito Santo na santificação do Crente; O Espírito Santo não fala de si mesmo, porque Cristo é o objetivo da sua obra. O próprio Jesus disse em Sua oração: "Santifica-os na tua verdade: a tua palavra é a verdade" (Jo 17.17). Essa verdade esta intimamente ligada à Pessoa de Jesus Cristo.

O ESPÍRITO NOS HABILITA PARA PODERMOS GLORIFICAR A DEUS

A bíblia diz que Deus não recebe gloria de homens, porque somente Jesus é o Espírito Santo podem agradar plenamente a Deus por meio dos seus atos de justiça. O profeta Isaías diz que a nossa justiça não passa de trapos de panos inúteis, pois olhando Deus para a terra não encontrou nenhum justo. Por essa condição e corrupção e pecado por parte da humanidade, Deus rejeitou todas as obras humanas, portanto, por mais que o homem tentasse agradar a Deus com os seus atos, jamais seria aceito. Porém, gesto de Jesus, seu sacrifico vicário por todos os homens, agradou ao Senhor e o glorificou. Cristo levantou a igreja para dar continuidade a obra Dele de proclamar a liberdade aos cativos, todavia, para que Deus fosse glorificado por dos atos da igreja seria necessário que esta tivesse a em si mesma a poderosa presença do Espírito Santo. Sendo dessa forma, apreendemos também que tanto a capacidade como os méritos do fazer a obra de Deus, pertencem ao Espírito. Quando nos despojamos do nosso egoísmo, presunção e vaidade, sendo capazes de nos auto-negarmos para priorizarmos os interesses do Reino de Deus, então, prosseguiremos na certeza de que realmente estamos glorificando a Deus. E não apenas usando chavões de púlpito "Glória a Deus", "Aleluia" e assim por diante.

O ESPÍRITO SANTO CAPACITA PARA O SERVIÇO

O ministério e serviço espiritual são sempre descritos nas Escrituras como sendo efetuados pelo poder do Espírito Santo, não através da capacidade humana. "...Esta é a palavra do Senhor a Zorobabel: Não por força nem por violência, mas pelo meu Espírito, diz o Senhor dos Exércitos" (Zc 4.6). O Espírito Santo revela e esclarece a Palavra de Deus. O principal instrumento de que o obreiro precisa e que ele usa é a Palavra escrita de Deus – a Bíblia. Ela contém a revelação completa de Deus ao homem, indicando os meios de salvação e dando instruções sobre como viver a vida cristã. Um dos ministérios mais importantes do Espírito Santo é revelar as verdades da Palavra de Deus no coração do crente. O Espírito Santo não apenas pode dar entendimento quanto ao significado da Escritura mas também levar o indivíduo a experimentar as verdades contidas em sua páginas, fazendo dela uma palavra viva. O Espírito Santo também ajuda o crente a orar. Em conjunto com o estudo da Palavra de Deus, a oração é a fonte principal da energia do cristão para a vida diária e a luta constante com os inimigos da sua alma. O Espírito Santo está vitalmente ligado a ambas essas fontes da vida e poder do cristão (Rm 8.26,27). O ministério do Espírito na oração é muito precioso. Orar na força e sabedoria da carne pode ser muito difícil e penoso. Não é fácil exercer fé em coisas que você não pode ver. É quase impossível saber como orar por coisas que estão além de sua compreensão humana. Mas tudo isto muda quando o Espírito Santo unge o coração e a mente. A presença de Deus se torna real; o Espírito abre o entendimento; e a fé é simples, desde que Deus é tão real. O Espírito Santo concede poder para pregar a Palavra de Deus. Paulo testemunhou: "A minha palavra e a minha pregação não consistiram em linguagem persuasiva de sabedoria, mas em demonstração do Espírito e de poder..." (I Ts 1.5). Pedro reconheceu a presença do Espírito Santo em sua pregação, ao testemunhar diante do Sinédrio judeu em Jerusalém. Ele declarou: "Ora, nós somos testemunhas destes fatos, e bem assim o Espírito Santo..." (At 5.32). A pregação eficaz do evangelho deve estar sob a unção do Espírito Santo. Nada é mais impossível do que tentar levar os homens a compreenderem o valor das coisas espirituais e sua necessidade delas, se a mensagem não for transmitida no poder do Espírito Santo. Jesus declarou ter sido especialmente ungido para o seu ministério de pregação (Lc 4.18,19). Se isto foi necessário para Ele, certamente o será para todos os servos menores da Cruz. Os sinais que deveriam seguir a pregação do evangelho eram importantes, pois demonstravam a autoridade que os pregadores tinham sob Deus. Mas os sinais não eram a pregação do evangelho e sim uma evidência da autoridade. A mensagem que deviam pregar era o evangelho da salvação através do nome do Senhor Jesus e o chamado ao arrependimento. "De sorte que somos embaixadores em nome de Cristo, pois, rogamos que vos reconcilieis com Deus. Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus (II Co 5.20,21). Esta é a mensagem do pregador, e Deus deu o Espírito Santo para conceder poder à pregação. É o Evangelho de Jesus Cristo, e não o milagre que o acompanha, que é o poder de Deus para a salvação (Rm 1.16,17). Nós, que vibramos com a mensagem do Pentecostes, jamais devemos deixar de ter em mente este pensamento.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

NOMES E SÍMBOLOS DO ESPÍRITO SANTO – Lição 2

A pedagogia bíblica se processa por meio de uma linguagem simples e diversificada visando a multiplicação das possibilidades para a compreensão dos seus leitores. Esta metodologia pode ser observada visivelmente no caso do tema proposto nessa lição, pois, os diversos nomes e símbolos atribuídos ao Espírito Santo nos ajudar construímos um conhecimento mais aprofundado sobre a natureza, o poder e função do Espírito Santo como uma das pessoas distintas da Trindade. A pluralidade de nomes do Espírito Santo não significa que existem diversos Espíritos. Conforme Efésios 4.4, "Há um só Espírito". Estes muitos nomes apenas representam as diversas manifestações da Terceira Pessoa da trindade entre os homens. As expressões "Espírito de Deus" e "Espírito de Cristo" etc, não significam que Espírito Santo seja parte as outras duas Pessoas da Trindade. Ele é um Ser independente, apenas manifesta, através de si mesmo. Essa multiplicidade de nomes do Espírito tem uma estreita relação com os seus diversos ministérios.

- ESPÍRITO DE DEUS – O Espírito é o executivo da Divindade, operando tanto na esfera física como na moral. Por intermédio do Espírito, Deus criou e preserva o universo. Por meio do Espírito – "O dedo de Deus" (Lc 11.20) – Deus opera na esfera espiritual, convertendo os pecadores, santificando e sustentando os crentes. Nas Escrituras as operações do Espírito são invisíveis, secretas, e internas; segundo, o Espírito Santo nunca fala de si mesmo nem se apresenta a si mesmo. Ele sempre vem em nome de outro. Ele se oculta atrás do Senhor Jesus Cristo e nas profundezas do nosso homem interior. Ele nunca chama a atenção para si próprio, mas sempre para a vontade de Deus e para a obra Salvadora de Cristo. "Não falará de si mesmo" (Jo 16.13). É o Espírito Santo uma personalidade distinta e separada de Deus? Sim; O Espírito procede de Deus, é enviado de Deus, é dom de Deus aos homens. No entanto, o Espírito não é independente de Deus. Ele sempre representa o único Deus operando nas esferas do pensamento, da vontade, da atividade. O fato de o Espírito poder ser um com Deus e ao mesmo tempo ser distinto de Deus é parte do grande mistério da Trindade.

-O ESPÍRITO DE CRISTO- Por que o Espírito é chamado o Espírito de Cristo? Porque Ele é enviado em nome de Cristo (Jo 14.26). O Espírito é o princípio da vida espiritual pelo qual os homens são nascidos no reino de Deus. Essa nova vida é comunicada e mantida por Cristo (Jo. 1.12, 13; 4.10; 7.38), que também batiza com o Espírito Santo (Mt 3.11). O Espírito é chamado "Espírito de Cristo" porque sua missão especial nesta época é a de glorificar a Cristo (Jo 16.14). Sua obra especial Acha-se em conexão com aquele que viveu, morreu, ressuscitou e ascendeu ao céu. Ele torna real nos crentes o que Cristo fez por eles. O Cristo glorificado esta presente na igreja e nos crentes pelo Espírito Santo. Ouve-se sempre que o Espírito veio tomar lugar de Cristo, mas é mais correto dizer que Ele veio tornar real a Cristo e sua obra. O Espírito Santo torna possível e real a onipresença de Cristo no mundo (Mt 18.20) e sua habitação nos crentes. A conexão entre Cristo e o Espírito é tão íntima, que se diz que tanto Cristo como também o Espírito habitam no crente (Gl 2.20; Rm 8.9,10); e o crente "em Cristo" como "no Espírito". Graças ao Espírito Santo, a vida de Cristo torna-se a nossa vida em Cristo.

-ESPÍRITO DA PROMESSA – O Espírito Santo é chamado assim porque sua graça e seu poder são umas das bênçãos principais prometidas na Antigo Testamento. (Ez 36.7; Jl 2.28). A prerrogativa mais elevada de Cristo, ou o Messias, era a de conceder o Espírito, e esta prerrogativa Jesus a reivindicou quando disse: "Eis que sobre vós envio a promessa de meu Pai" (Lc 24.29; Gl 3.14).

-ESPÍRITO DA VERDADE – O propósito da Encarnação foi revelar o Pai; a missão do "Consolador" é revelar o Filho. O Espírito Santo é o interprete de Jesus Cristo. Ele não oferece uma nova e diferente revelação, mas abre as mentes dos homens para verem o mais profundo significado da vida e das palavras de Cristo. Como o Filho não falou de Si mesmo, mas falou o que recebeu do Pai, asssim o Espírito não fala de si mesmo, como se fosse fonte independente de conhecimento, mas declara o que ouviu daquela vida íntima da Divindade.

-ESPÍRITO DA GRAÇA – O Espírito Santo da graça ao homem para que se arrependa, quando peleja com Ele; concede poder para santificação, perseverança e serviço. Aquele que trata com desdém ao Espírito da graça, afasta o único que pode tocar ou comover o coração, e assim separa a si mesmo da misericórdia de Deus. (Hb 10.29; Zc 12.10).

-ESPÍRITO DA VIDA- Um credo antigo dizia: "Creio no Espírito Santo, o Senhor, o Senhor, e doador da vida". O Espírito é aquela Pessa da Divindade cujo ofício especial é a criação e preservação da vida natural e espiritual (Rm 8.2; Ap 11.11).

ESPÍRITO DE ADOÇÃO – Quando a pessoa é salva, não somente lhe é dado o nome de filho de Deus, e adotada na família divina, mas também recebe dentro de sua alma o conhecimento de que participa da natureza divina. "Porque não recebestes o Espírito de escravidão, para outra vez, estardes em temor, mais recebestes o Espírito de adoção de filhos, pelo qual chamamos: Aba, Pai" (Rm 8.15).

OS DIVERSOS SÍMBOLOS DO ESPÍRITO SANTO – Os símbolos contribuem para o conhecimento da verdade (IPe 1.21). O Senhor transmitiu este conhecimento, através da sua Palavra em linguagem humana ao utilizar os recursos da nossa compreensão. (Ef 3.18). Quando os discípulos de Jesus tiveram dificuldade para entender as Escrituras, Ele lhes "abriu o entendimento para as compreenderem" (Lc 24.45)> Nada seria facilmente entendido, senão pela linguagem humana. Por isso a Bíblia é cheia de tipos e símbolos para estas verdades espirituais. Jesus usou a simbologia. Ele se declarou a porta, a luz, o caminho, o pão do céu, etc. (Jo 6.35; 8.12; 10-9; 14.6). A própria Bíblia é comparada à espada (Hb 4.12), à lâmpada (Sl 119.105), ao alimento (Jo 23.12), ao leite (I Co 3.2; Hb 5.13; I Pe 1.22), ao mel (Sl 19.10), ao fogo e ao martele (Jr 23.29), à semente (Is 55.10,11; Lc 8.11), ao espelho (2 Co 3.18). A igreja também é comparada ao edifício e lavoura (I Co 3.9), ao rebanho (At 20.28), ao castiçal (Ap 1.13,20), etc. Algumas dessas afirmativas certamente possuem significado simbólico: "O som, como de um vento impetuoso"; "encheu toda a casa onde estava assentados"; "línguas; distribuídas entre eles, como que de fogo"; "Passaram a falar em outras línguas" (At 2.24). Os seguintes símbolos são empregados para descrever as operações do Espírito Santo, sem afetar a Sua unicidade e imutabilidade. De fato, Eles representam as características da natureza do Espírito Santo. São modos especiais para compreendermos as suas operações representadas por coisas do mundo físico. Os quais são: FOGO – (Is 4.4; Mt 3.11; Lc 3.16). O fogo ilustra a limpeza, a purificação a intrepidez ardente, e zelo produzido pela unção do Espírito. O Espírito é comparado ao fogo porque o fogo aquece, ilumina, espalha-se e purifica (Jr 20.9). VENTO- (Ez 37.7-10; Jo 3.8; At 2.2). O vento simboliza a obra regeneradora do Espírito e é indicativo da sua misteriosa operação independente, penetrante, vivificante e purificante. ÁGUA – (Ex 17.6; Ez 36.25-27; 47.1; Jo 3.5; 4.14; 7;38.39). O Espírito é a fonte da água viva, a mais pura, e a melhor, porque Ele é um verdadeiro rio de vida inundando as nossas almas, e limpando a poeira do pecado. O poder do Espírito opera, no reino espiritual o que a água faz na ordem material. A água purifica, refresca, sacia a sede, e torna frutífero o estéril. Ela purifica o que está fujo e restaura a limpeza. È um símbolo adequado da graça divina que não somente purifica a alma mas também lhe acrescenta a beleza divina. Os cristãos tem a "água viva" na proporção em que estiverem em contato com a fonte divina em Cristo. SELO – A impressão dum selo dá a entender uma relação com o dono do selo, e é um sinal seguro de algo que lhe pertence. Os crentes são propriedade de Deus, e sabe-se que o são pelo Espírito que neles habita. O seguinte costume era comum em Éfeso no tempo de Paulo. Um negociante ia ao porto selecionar certa madeira e então a marcava com selo – um sinal de reconhecimento da possessão. Mais tarde mandava seu servo com o selo, e ele trazia a madeira que tivesse a marca correspondente (2 Tm 2.19). A idéia de segurança também está incluída (Ef 1.13; Ap 7.3). O Espírito inspira um sentimento de segurança e certeza no coração do crente (Rm 8.16). Ele é o penhor ou as primícias da nossa herança celestial, uma garantia a glória vindoura. Os crentes tem sido selados, mas devem ter cuidado que não façam alguma coisa que destrua a impressão do selo. (Ef 4.30). AZEITE – O azeite é, o mais conhecido símbolo do Espírito. Quando se usava o azeite no ritual do Antigo Testamento, falava-se de utilidade, frutificação, beleza, vida e transformação. Geralmente era usado como alimento, para iluminação, lubrificação, cura e alívio da pele. Da mesma maneira, na ordem espiritual, o Espírito fortalece, ilumina, libera, cura e alivia a alma. (Sl 104.15). POMBA – Na simbologia bíblica, esta ave identifica vida, paz, brandura, amabilidade, inocência, brancura, suavidade, doçura, pureza, e paciência, comunicação, expiação , poder e simplicidade. Jesus disse: "Sede prudentes como as serpentes e símplices como as pombas" (Mt 10.16). Ele conhecia a natureza desta ave; por isso comparava-a à simplicidade. Isto fala da mente, sem a malicia no mundo.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

QUEM É O ESPÍRITO SANTO – Lição 1

A resposta mais imediata que todo cristão tem na "ponta da língua" para essa pergunta, seria que o Espírito Santo é a terceira pessoa da trindade. Porém, existem muitas outras coisas importantes, no contexto da teologia, que podem ser afirmadas sobre o Espírito Santo, e é de fundamental importância para o nosso crescimento espiritual. Um conhecimento correto sobre a pessoa do Espírito Santo é imprescindível para assimilarmos qual seja a perfeita e agradável vontade de Deus para as nossas vidas. Na atual dispensação da graça, O Espírito Santo foi enviado pelo Pai para ser o nosso condutor e consolador diário. Jesus ao entregar suas últimas instruções aos discípulos, procurou confortá-los dizendo-lhes que eles não iriam ficar desamparados nesse mundo, pois, o Espírito Santo seria enviado para os ensinar e guiá-los por toda verdade. Paulo também ensinou que o Espírito Santo se constituiria no principal diferenciador entre àqueles que pertencem a Deus, e os que não são de Deus "Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito, se é que o Espírito de Deus habita em vós. Mas, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele." Rm 8.9. Paulo também ratifica esse ensinamento na carta 2 carta aos coríntios, quando diz que O Espírito Santo é o selo que autentica, valida, confirma a salvação na vida do crente. "O qual também nos selou e deu o penhor do Espírito em nossos corações" 2 Co 1.22. Assim como a carta não alcançará o seu o destino sem o selo do correio, da mesma o que não chegará a lugar nenhum sem a ajuda do Espírito Santo, e é por isso que o único pecado imperdoável é a blasfêmia contra Ele. Pois, aquele que rejeita a obra do Espírito Santo ficará impossibilitado de desenvolver qualquer relacionamento com Deus, porque depois de recebermos a salvação conquistada por Jesus na cruz do Calvário, ficamos aos cuidados do Espírito Santo, que é nossa fonte de vida, na qual estamos plugado, se formos desligados dessa fonte, a vida que há em nós se extingue, foi isso que Paulo ensinou "E, quando vós estáveis mortos nos pecados, e na incircuncisão da vossa carne, vos vivificou juntamente com ele, perdoando-vos todas as ofensas", Col 2.13; "Estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos." Ef. 2.5.

O MINISTÉRIO DO ESPÍRITO SANTO COMO CONSOLADOR

O apóstolo João registrou um nome dado pro Jesus ao Espírito que não é usado em qualquer outro livro do Novo Testamento. Ao que parece, Ele foi o escritor inspirado escolhido para revelar nome "Consolador" à igreja. Embora não seja encontrado em outra parte, ele se tornou, depois de "Espírito Santo", o termo favorito para designar a Terceira pessoa da Divindade. A importância do ministério do Espírito Santo como Consolador poder ser compreendida pelas palavras de Jesus: "Mas vos digo a verdade: Convém-vos que eu vá, porque se eu não for, o Consolador não virá para vós outros; se porém, eu for, eu vo-lo enviarei" (Jo 16.7). Parece que Jesus considerou mais importante que o Espírito Santo estivesse presente com os discípulos do que se Ele, em sua presença material, ficasse com eles. Jesus estava geograficamente limitado por sua encarnação. Mas o Consolador habitaria em cada crente e terá então um ministério mundial através deles.

Duas expressões importantes são usadas em João 14.16 com respeito à vinda do Consolador, as quais não devem ser postas de lado. Primeiro, Jesus falou dele como "outro Consolador". Esta palavra "outro" é a pista para o significado do termo "Consolador". A Palavra usada aqui significa outro do mesmo tipo.O Espírito Santo é outra espécie de Consolador, mas outro do mesmo tipo que Jesus tinha sido. O que quer que Jesus fosse para o peque no grupo de discípulos, o Espírito Santo também seria. De fato, Jesus disse: "Não vos deixarei órfãos, voltarei para vós outros (Jo 14.18). Jesus não deixou seus discípulos órfãos. Ele na verdade não os abandonou de modo algum. Partiu como o Cristo sofredor, apenas para voltar no Espírito Santo. Isso não está restrito a uma posição no céu;Ele habita em nossos corações. Jesus habita em nós da mesma forma que o Consolador também habita. Estar cheio do Espírito significa estar cheio de Jesus. Isto não quer dizer que Jesus e o Espírito sejam o mesmo.. mas como Jesus estava cheio do Espírito, do mesmo modo o Espírito em sua presença está cheio de Jesus. Se o Espírito pode habitar no Filho, então o Filho, em estado glorificado, pode habitar no Espírito. Jesus estava no Pai e o Pai estava em Jesus, de modo que os que viam o Filho viam o Pai. Estamos em Cristo e Ele em nós. Lemos: "De fato o Senhor Jesus, depois de lhes ter falado, foi recebido no céu, e assentou-se à destra de Deus. E, eles, tendo partido, pregaram em toda parte, cooperando com o Senhor, e confirmando a palavra por meio de sinais, que se seguiam" (Mc 16.19,20). O Senhor se achava no céu; mas Ele estava também na terra no poder do Espírito, operando os mesmos sinais e milagres. Isto só é possível porque cada membro da Trindade é onipresente, e cada um está presente nos outros. Segundo, Jesus disse sobre o Consolador: "... a fim de que esteja sempre convosco" (Jo 14. 16). O Consolador prometido foi dado num sentido permanente. Ele habita no crente para sempre. Enquanto houver uma igreja, haverá um Consolador. Podemos esperar que a permanência do Espírito na igreja resultará nas mesmas obras de poder e benção em todas as eras. È através do Espírito que Jesus que Jesus é para nós "ontem e hoje é o mesmo, e o será sempre" (Hb 13.8).

A palavra traduzida "Consolador" é o termo grego parakletos. A idéia moderna de "consolador" não é a mais adequada para descrever o ministério do Espírito Santo. Pensamos em consolador como alguém que conforta nos momentos de tristeza. O Espírito não só consola em nossa dor, mas também dá força e vitória sobre as nossas tristezas. È verdade que os discípulos se entristeceram com a partida anunciada pelo Senhor, mas o outro Paracleto iria remover esse sentimento, tomando o lugar de Jesus. Algumas versões empregam a palavra "advogado", pois parakletos significa obviamente "advogado" quando aplicado a Jesus em I João 2.1b "se, todavia, alguém pecar, temos Advogado (paracleto) junto ao Pai, Jesus Cristo, o justo..." Entendemos que advogado é aquele que representa outro ou pleiteia a causa a causa de outro. Esta é uma das funções do Espírito que fica clara em Romanos 8.26: "Também o Espírito, semelhantemente, nos assiste em nossa fraqueza; porque não sabemos orar com convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós sobremaneira com gemidos inexprimíveis. "O Filho e o Espírito são ambos advogados de nossa causa e nossos intercessores. O Espírito intercede dentro de nós, enquanto o Filho intercede no trono da graça. Bem semelhantemente ao significado acima é o de "ajudador", Em Rm 8.26 "O Consolador não faz por nós aquilo que nós mesmos podemos fazer, mas Ele nos ajuda em tudo que tentamos fazer para Deus. Deus escolheu trabalhar através de instrumentos humanos, mas só quando tais instrumentos se entregam ao Espírito Santo. Existe ainda outro significado da palavra parakletos. A forma verbal que dá origem a parakletos significa "pedir" ou "exortar". Ela é usada em Romanos 12.1: "Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus que apresenteis os vossos corpos por sacrifício vivo." O Espírito não só consola, encoraja, intercede e ajuda; mas Ele também suplica, exorta e roga. Ele é um precursor. Sem a persuasão do Espírito Santo, nenhuma pregação teria sucesso, nem a sã doutrina permaneceria muito tempo incorruptível. Nenhuma consideração da obra do Espírito seria completa sem levar em conta sua operação de súplica, convicção e persuasão.

ELE É O REVELADOR DE JESUS

"Esse dará testemunho de mim" (Jo 15.36); "Ele me glorificará" (Jo 16.14). essas promessas de Cristo foram certamente cumpridas na primeira igreja, e sempre que o ministério do Espírito Santo é honrado. Toda vez que o Espírito Santo está se movendo poderosamente, é certo que Jesus é poderosamente glorificado. Através da operação do Espírito Santo há uma revelação tripla de Jesus Cristo. Cristo é revelado ao crente pelo Espírito Santo "Ele me glorificará porque há de receber do que é meu, e vo-lo há de anunciar. Tudo quanto o Pai tem é meu; por isso é que vos disse que há de receber do que é meu e vo-lo há de anunciar" (Jo 16.14,15). Ninguém conhece Jesus como o Espírito Santo. Ele estava com Cristo através da eternidade e em todo o seu ministério terreno, até o seu sacrifício na cruz. Como o servo da antiguidade contou a Rebeca sobre o noivo desconhecido, Isaque (Gn 24.33-36), o Espírito Santo revela também as glórias do noivo celestial do cristão.