sábado, 27 de novembro de 2010

A ORAÇÃO E A VONTADE DE DEUS - 9

O tema proposto nessa lição nos proporciona uma reflexão de suma importância para os dias que em estamos vivendo. Encontramos muitas pessoas dizendo que para conseguir alguma coisa da parte de Deus, é necessário apenas que as pessoas orem e creiam que Deus pode fazer. Esta também tem sido a tônica de muitos evangélicos que vivem em busca reuniões onde existem muitos místicos dando ênfase a realização de orações objetivando bênçãos materiais. Quando a ênfase não se dar por meio de exaustivas orações acontece através do incentivo para se fazer um tipo de barganha com Deus, pois dizem para os crentes dar alguma para "Deus", para obter o retorno, isto é, "se você der uma oferta para o Senhor ele vai te abençoar", porém eu pergunto, será que podemos garantir que alguém que está completamente fora da vontade de Deus, um profano e escarnecedor da palavra do Senhor vai ser abençoado só porque atendeu nosso apelo para dar uma oferta para nossa igreja ? O Banco da fé não funciona como os conhecidos bancos monetários existentes nas cidades, porque o banco da fé é administrado pelo Espírito Santo e os valores que Ele distribui são diferentes dos valores segundo a perspectiva mundana. Paulo disse a Timóteo "Guarda o bom depósito pelo Espírito Santo habita em nós" (2 Tm1.14). Se nos empenharmos em entender com mais profundidade as palavras do apóstolo vamos perceber que o "bom depósito" o qual é referido nesse texto está relacionado com um processo contínuo, fala uma de experiência cristã dedicada em fazer a vontade de Deus. Como já temos aprendido a oração não deve ser entendida apenas como um veiculo para pedirmos coisas ligadas a nossa existência terrena, pois, para que o ato de orar seja agradável a Deus é necessário que o mesmo esteja em sintonia com a perfeita vontade Dele. Paulo nos ensina na carta aos romanos que todo o nosso "ser" precisa estar em plena harmonia com a palavra de Deus, para que possamos experimentar qual é a boa e perfeita vontade do Senhor. "Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional." (Rm 12.1). Para que oração seja um sacrifício vivo é necessário que aquele que ora faça uma reflexão do seu ato, raciocine sobre o fundamento da sua prática, não fazendo apenas por mera religiosidade. Ainda romanos 12. 2 "...para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus." O apóstolo Paulo nos mostra que para experimentarmos a vontade de Deus precisamos investir no processo de racionalização do nosso culto, porque o culto que agrada ao Senhor é aquele no qual os adoradores estão plenamente conscientes dos fundamentos da sua fé. A vontade de Deus para as nossas vidas está revelada na Bíblia e somente por meio da compreensão dela com a cooperação do Espírito Santo que podemos fazer o querer de Deus.

FAZER A VONTADE DE DEUS GERA OUSADIA NA ORAÇÃO

O Cristão que é conhecedor da vontade de Deus para a sua vida, porém, não é cumpridor da mesma, sente-se desmotivado para orar, porque sabe que a oração eficaz requer cumplicidade com a vontade de Deus. Algumas pessoas nessa situação as vezes oram apenas para cumprir um ritual religioso, emitem sons sem objetividade, sem racionalidade e sem fé, pois perderam a confiança e a ousadia para reivindicar as promessas de Deus. Um filho desobediente não pode exigir coisa alguma do seu pai, principalmente quando além de desobedecer, ele desrespeita e agride esse pai. É por isso que Jesus nos ensinou a orar iniciando da seguinte forma "Pai nosso que estás nos céus...", pois, é fundamental levarmos a sério essa relação de pai e filho, porque é o primeiro pensamento que deve estar presente na oração, o pensamento produzido por um sentimento de que Deus é nosso Pai e nós somos os seus filhos que vivemos para fazer a vontade Dele, sendo assim ele nos ama e quer suprir todas as nossas necessidades, foi por esta razão que Jesus disse: "Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito. (Jo 15.7). De uma forma um tanto imediata poderíamos dizer que quando não obtemos respostas as nossas orações, é porque algo pode não estar de acordo com a vontade de Deus, como disse Tiago "Pedis, e não recebeis, porque pedis mal, para o gastardes em vossos deleites." (4.3).

Por outro lado, quando o crente está empenhado em servir ao Senhor com toda sinceridade do seu coração ele tende a ser muito ousado no seu ministério de oração, pois, habita nele uma profunda convicção alusiva a fidelidade da Palavra do Senhor, ele está seguro que as suas orações chegam diante do trono de Deus, mesmo que ele venha a pedir algo que não está no plano de Deus, imediatamente o Senhor mudará o desejo do coração dele, para que ele não insista com tal pedido, tal como aconteceu com o apóstolo Paulo que depois de ter orado três vezes por algo, o Senhor lhe respondeu "Paulo, a minha graça ti basta". Mesmo como uma resposta negativa de Deus, a confiança desse crente que faz a vontade do Senhor permanece inabalável, o importante é saber que Deus ouve a sua oração, dessa forma ele será sempre ousado na sua vida de oração, não porque ele confie nos seus próprios méritos, mas porque ele confia na palavra do Senhor. No Salmo 84.11 o Salmista diz: "O Senhor dará graça e glória, e não negará bem algum aos que andam em retidão", esse é o grande compromisso do Senhor Deus para aqueles que fazem a sua vontade. Ele nos dar a graça pela qual temos o direito de nos aproximarmos Dele, o caminho está aberto para nós, e foi Jesus que abriu este caminho, pois Ele mesmo é o caminho, portanto, o crente que esta fazendo a vontade de Deus, adentra esse caminho que conduz ao trono de Deus com muita ousadia. Ouçamos o que nos diz o escritor aos hebreus "Tendo, pois, irmãos, ousadia para entrar no santuário, pelo sangue de Jesus, pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou, pelo véu, isto é, pela sua carne" (Hb 10.19,20). Examinando essa expressão descobrimos que não deve haver nenhum receio ou inibição na presença de Deus, porque o "véu que separava já não separa mais", temos total liberdade para buscarmos a Deus em oração, somente o pecado pode construir um muro entre Deus e o crente que venha impedir que Ele ouça as orações.

O REI EZEQUIAS UM GRANDE EXEMPLO DE OBEDIÊNCIA E OUSADIA NA ORAÇÃO

Naqueles dias Ezequias adoeceu de uma enfermidade mortal; e veio a ele o profeta Isaías, filho de Amós, e lhe disse: Assim diz o SENHOR: Põe em ordem a tua casa, porque morrerás, e não viverás. Então virou Ezequias o seu rosto para a parede, e orou ao SENHOR. E disse: Ah! SENHOR, peço-te, lembra-te agora, de que andei diante de ti em verdade, e com coração perfeito, e fiz o que era reto aos teus olhos. E chorou Ezequias muitíssimo. Então veio a palavra do SENHOR a Isaías, dizendo: Vai, e dize a Ezequias: Assim diz o SENHOR, o Deus de Davi teu pai: Ouvi a tua oração, e vi as tuas lágrimas; eis que acrescentarei aos teus dias quinze anos. (Isaías 38.1-5). Aqui temos um homem que foi extremamente ousado na sua oração numa situação que muitos crentes fiéis simplesmente acatariam a decisão divina, porém, Ezequias queria passar mais alguns dias servindo o Senhor aqui na terra. Ezequias fundamenta a petição dele exatamente na grandeza do seu compromisso para com Deus, tinha ele passado toda sua existência tentando agradar a Deus, e nesse relacionamento com Deus ele havia aprendido que esse maravilhoso Deus não negada nada aos que andam em retidão, mesmo tendo Ele já decretado algo, a oração de um crente fiel pode mudar o quadro. E assim foi com Ezequias, a oração que fez baseada na sua retidão diante de Deus, fez com que Deus dissesse à morte "agüenta ai mais 15 anos, porque eu não vou negar o pedido do meu servo". Quando nós estamos completamente seguros do nosso propósito em fazer a vontade, nos destacamos pela ousadia na oração, que nada mais é do que uma extrema confiança na fidelidade de Deus para conosco. "E esta é a confiança que temos nele: que se pedirmos alguma coisa, segundo a sua vontade, ele nos ouve" (1 Jo 1.5).

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

A ORAÇÃO SACERDOTAL DE JESUS CRISTO – Lição 8

O capítulo 17 do evangelho de João tem sido denominado conforme o título proposto acima, fato aceito uma forma quase que unânime pela maioria dos estudiosos da Bíblia. Neste texto nos deparamos com próprio Cristo exercendo o oficio de um sacerdote por meio da oração de intercessão. Esta é uma porção das escrituras que nos proporciona bastante conforto e esperança, pois, a oração do Senhor Jesus em nosso favor continua tendo eficácia nos dias atuais. Nos momentos em que nos sentirmos fragilizados pelas adversidades que enfrentamos diariamente, é importante lembrarmos que o Senhor Jesus rogou ao pai para nos proteger e nos fortalecer para que fossemos sempre vencedores.

De acordo com o Dr. Scofield essa oração se constitui por sete pedidos (na tipologia bíblica 7 é número que aponta para a perfeição divina). Vejamos: 1) Pela glorificação de Jesus como Filho (v.1; comp. Fp 2.9-11); 2) Pela restauração da Glória Eterna (v.5); 3) pela proteção dos crentes contra o mundo (v.11) e contra o maligno (v.15); 4) pela santificação dos crentes (v.17); 5) para a unidade espiritual dos crentes (vs. 21-23); 6) Para que o mundo pudesse crer (v.21); 7) Para que os crentes pudessem estar com Ele no céu a fim de ver e partilhar de Sua própria glória (v.24). Nos vs. 1-5 o Senhor ora por Sí mesmo; nos vs. 6-19 Ele ora por seus discípulos; e nos vs. 20-26 Ele ora por todos os cristãos através do tempo. Talvez essa presença do número do 7 tenha sido proposital, para que tivéssemos a oportunidade de aprender que como cristãos e sacerdotes da casa de Deus, precisamos estar em harmonia com o divino propósito de Deus, o qual nos criou para louvor da Sua glória. O modelo desta oração estabelece princípios e objetivos que devem ser estabelecidos como os principais fundamentos da vida cristã. Deus somente é glorificado em nossas vidas, quando o nosso maior objetivo for glorificarmos ao Senhor no nosso viver, e isso só é possível quando nos despojamos de toda vaidade pessoal e priorizamos os interesses do reino de Deus, conforme se expressou o apóstolo Paulo "Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim." Gálatas 2.20.

Entre os pedidos supracitados, um dos deles quero dar uma ênfase especial aqui nesse comentário. Jesus apresenta a unidade espiritual da igreja como uma característica fundamental que capacita a igreja como agente do reino de Deus. Essa unidade espiritual dos crentes é de fundamental importância para que os crentes possam testemunhar de Jesus Cristo diante do Mundo, pois, no vs.21 Jesus diz que a unidade tem poder para influenciar o mundo para crer que Ele foi enviado por Deus. A questão relevante aqui não é nenhuma unidade administrativa ou política, pois, tem muita gente pregando a unidade apenas dos seus sistemas denominacionais, porque a intenção destes é a ampliação dos seus impérios denominacionais com o objetivo de suplantarem os demais. Aqui eu gostaria de falar do meu contexto denominacional, a Assembléia de Deus do Brasil, embora digam ser a maior denominação do pais, eu diria que essa é uma teoria que não se sustenta diante dos fatos. O que temos na verdade são diversas Assembléias de Deus, não só pais, como dentro dos próprios estados. Existem estados em que grandes convenções conveniadas a convenção geral, preferiram priorizar interesses administrativos envolvendo espaço geográfico, autoridade eclesiástica, etc, em vez priorizar a unidade espiritual da igreja, estabelecendo assim uma situação contraditória e negativa para o crescimento do reino de Deus. Conheço fatos tremendamente negativos nesse contexto, os quais presenciei de perto, todavia, não vale a pena citar, até porque serviria de escândalo para algumas pessoas. Infelizmente, a presunção de determinados líderes tem promovido um espírito sectário no meio do povo de Deus, formando cristãos que as vezes parecem mais torcedores de time de futebol, que vestem a camisa de um time e se utilizam dos mais absurdos argumentos para dizer que o time deles é o melhor. Glória a Deus! Que Jesus não orou por um grupo religioso, por uma denominação, Ele orou por todos aqueles que haviam de que crer no nome Dele. E ainda na oração sacerdotal Ele deixou claro que o que nos identifica como povo de Deus é a unidade espiritual, portanto, quem promove algum tipo "nazismo" evangélico está na contra-mão do propósito que Jesus estabeleceu na sua oração sacerdotal.

A RELAÇÃO DE JESUS COM O PAI

Nessa oração Jesus menciona nome do Pai seis vezes. Quatro simplesmente como Pai e outras duas com qualificativos: Pai justo e Pai santo. Esta insistência em quase que só se dirigir a Deus diretamente como Pai é a marca registrada e distintiva de Jesus em relação a se ver como Filho unigênito de Deus. Ele não chama a Deus de Deus, de Onipotente, de Senhor dos exércitos, de Altíssimo, etc... Ele até faz menção ao nome de Deus com qualificativos especiais, como aqui na oração sacerdotal, onde ele chama a Deus de "o único verdadeiro" (Jo 17.3). No entanto, quando se trata dele falar com Deus, ele não sabe chamar Deus de outra coisa a não ser de Pai. Jesus se via como o grande herdeiro de Deus e fala sobre isto com a mais absoluta naturalidade. (Jo 17.7-10). (Fonte: Oração para viver e morrer – Caio Fábio)

JESUS DIZ O QUE ELE É PARA OS HOMENS

O que é fantástico sobre Jesus é que Ele não só sabe quem ele é para Deus, o Pai. Ele também sabe o que a sua vida e obra significam para os homens que o Pai lhe dera do mundo. Neste ponto, nós não vamos estar considerando "os homens" numa perspectiva geral, ampla, mas apenas no que tange à relação de Jesus com aqueles aos quais ele chamou em sua oração como sendo os "homens que me deste do mundo". Para esses, Jesus se vê numa relação absolutamente especial e sem paralelos no resto da humanidade. Sendo assim, pode-se questionar profundamente todas as teologias que não fazem distinção entre os discípulos de Jesus e o resto da humanidade. Ora, refiro me especialmente às teologias de libertação que chamam o povo de Deus de todos os oprimidos social e economicamente, sem levar em consideração o fato que a Bíblia deixa claro que conquanto a maioria dos discípulos de Jesus venham sempre de entre os pobres, no entanto, os pobres não são, inerentemente à sua pobreza, discípulos automáticos de Jesus. Ou seja: A maioria dos discípulos de Jesus são pobres, mas a maioria dos pobres não são discípulos de Jesus. Desta forma, se deve fazer distinção clara entre a humanidade – ainda que a parte sofredora da humanidade – e o que chamou em sua oração de "os homens que me deste do mundo". (Fonte: Oração para viver e morrer – Caio Fábio)

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

A DIVINDADE DE JESUS CONFORME AS TESTEMUNHAS DE JEOVÁ.

Dentro do sistema teológico das testemunhas de Jeová, Jesus Cristo não é Deus em carne humana, mas, antes, é apenas um ser criado. Observe a seguir algumas afirmações da STV: “Jesus, o Cristo, um indivíduo criado, é a segunda maior personagem do universo. Deus Jeová e Jesus, juntos, constitutem as autoridades superiores ...Ele era um deus, mas não o todo-poderoso, o qual é Jeová”.

A negação da deidade de Cristo não constitui nenhuma novidade na história da igreja. Nas Testemunhas de Jeová temos o reavivamento da antiga heresia conhecida como arianismo (derivando seu nome do herege Ário, que viveu no IV século d.C.) O arianismo ensina que o Filho era de substância diferente da do Pai, porque, de fato, teria sido criado.

Para as testemunhas de Jeová Jesus não é igual a Deus Jeová. Antes, Ele seria o arcanjo Miguel, em seu estado preexistente. Também teria um irmão chamado Lúcifer, que ter-se-ia rebelado contra Deus, ao passo que Ele (conhecido então como Miguel) permaneceu obediente. Durante a existência terrena, Miguel foi transformado em um homem. De acordo com a teologia das Testemunhas de Jeová, após a sua ressurreição, Ele voltou para Seu estado anterior, como espírito invisível, destituído de corpo físico. Analisemos alguns de seus argumentos:

1. Mateus 24.3

A organização diz que Jesus não é Deus porque existem coisas que ele não sabe. Esse argumento da STV baseia-se em Mt 24.36, que diz: “Porém daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos do céu, nem o filho, mas unicamente meu Pai”. Este versículo se encontra também em Mc 13.32 e não quer dizer que Jesus não saiba o dia da sua vinda. Não sabia ali, pois estava como homem. O Verbo se esvaziou a si mesmo, por ocasião de sua encarnação, assumindo a natureza humana, sem contudo neutralizar sua divindade e suas prerrogativas. Esvaziou-se do seu poder e do seu conhecimento. É essa a mensagem do capítulo 2 de Filipenses. Jesus renunciou a essas prerrogativas para ser o perfeito homem, sem contudo deixar de ser Deus. Quando Jesus Ressuscitou, não disse que não sabia o dia da sua vinda; ao contrário, disse “É me dado todo o poder no céu e na terra”(Mt 28.18).

Quando os discípulos lhe interrogaram sobre a restauração do reino de Israel, não disse que não sabia, mas disse: “Não vos pertence saber os tempos ou as estações que o Pai estabeleceu pelo seu próprio poder”(Atos 1.7). Jesus agora sabe o dia da sua vinda, pois ele retomou todas as suas prerrogativas divinas na sua glorificação (Fp 2.8-11). Então, o texto que a STV aprecia muito não sustenta a doutrina ensinada aos seus adeptos.

A organização, já ciente dessa realidade, diz:

“E se, conforme alguns sugerem, o Filho estivesse impedido de saber, em razão de sua natureza humana, surge a pergunta: Por que é que o Espírito Santo não sabe?” A STV está levantando outra questão, pois já sabe que não mais convence as pessoas com tal argumento, pois Jesus possuía a natureza humana e também a divina. Agora, envolve o Espírito Santo, e também, em outra publicação, apresenta Cristo após a sua glorificação, na tentativa de derrubar a interpretação ortodoxa, citando Ap. 1.1, 5 pois argumenta: “Se Jesus recebeu a revelação de Deus” é porque o Pai sabe de algo que o Filho glorificado ainda não sabia. O Corpo Governante ensina que o próprio Deus não sabe todas as coisas, que não sabia o resultado da prova de Abraão, em Gn 22.12, 18.20, 21. Veja o leitor a tamanha afronta da organização das Testemunhas de Jeová:

“Ilustração: Uma pessoa que tem um rádio pode ouvir as notícias mundiais. Mas o fato de que pode ouvir certa estação não significa que realmente faça isto. Ela precisa primeiro ligar o rádio e daí selecionar a estação. Da mesma forma, Jeová tem a capacidade de predizer eventos, mas a Bíblia mostra que ele faz uso seletivo e com discrição dessa capacidade que tem, com a devida consideração pelo livre-arbítrio com que dotou suas criaturas humanas.” 6 Essa declaração monstruosa da STV choca qualquer cristão. A teoria da STV é mais ou menos assim: “Jeová é Todo-Poderoso, mas não é muito poderoso”. O próprio Deus contesta essa teoria do Corpo Governante, ao lançar esse desafio, em Is 41.19-23. Eu me consideraria o mais miserável de todos os homens se servisse a um Deus limitado, que não tivesse o controle do universo, que ele mesmo criou e sustenta.

Se o Jeová das Testemunhas de Jeová é um Deus limitado, que “faz uso seletivo” não poderia ser o caso de Jesus? De qualquer forma a STV não tem saída!

Assim, a interpretação de que ele não sabia o dia de sua vinda porque estava como homem, não pode comprometer sua deidade absoluta. Com isso, o Corpo Governante ensina que tal conhecimento é condição básica para ser Deus. Nesse caso, como fica sua declaração acima? Agora, vem a pergunta: “Quem disse que o Espírito Santo não sabe”? Se a palavra “ninguém” não pode excluir o Espírito Santo, logo não poderá também excluir o Pai, em Ap. 19.12, que diz: “...e tinha um nome escrito que ninguém sabia, senão ele mesmo”, e a passagem fala de Cristo. Essa passagem bíblica destrói completamente os argumentos da STV baseado em Mc 13.32 e Ap 1.1.

2. João 14.28

Segundo o Corpo Governante, Jesus disse ser inferior ao Pai, logo não pode ser ele Deus. A STV ensina isso com base em Jo 14.28, que diz: “Ouviste o que eu vos disse: Vou, e venho para vós. Se me amásseis, certamente exultaríeis por Ter dito: Vou para o Pai: porque o Pai é maior do que eu”. Os arianistas se apegaram, com muita garra, nesse versículo para negar a divindade de Cristo, e hoje o Corpo Governante constrói um castelo em cima dele, querendo assim provar, pela Bíblia, que Jesus é inferior ao Pai, e, portanto, segundo a STV, não pode ser Deus.

A humanidade de Cristo, ou seja, esta subordinação ao Pai, dirigida pelo Espírito Santo, foi uma condição para o seu messiado, e isso não neutraliza a sua deidade. Jesus Tornou-se homem, como já vimos, e como homem submeteu-se ao Pai durante todo o tempo da sua vida terrena.

Se a expressão “O Pai é maior do que eu”, proferida pelo próprio Cristo, fosse um ensino bíblico que negasse a sua divindade, seríamos obrigados, (Também a própria STV) a aceitar Jesus como inferior até mesmo aos anjos, pois está escrito em HB 2.9: “Vemos, porém, coroado de glória e de honra aquele Jesus que fora feito um pouco menor do que os anjos, por causa da paixão da morte, para que, pela graça de Deus, provasse a morte por todos”. Se a STV admite que o Filho é inferior ao Pai por causa dessa expressão de Jesus, logo é também compelida a ensinar que Jesus é inferior aos anjos, pois o texto de Hb 2.9 assim o expressa; no entanto, a organização ensina ser o Filho superior aos anjos.

Em Lc 2.51, diz: “e era-lhe sujeito”. Ensina a STV que seus pais eram também superiores a Jesus? Fica provado aqui que o texto de Jo 14.28 não invalida a deidade do filho. Trata-se de uma missão terrena na direção do Espírito Santo e na submissão espontânea que ele assumiu com o Pai.

3.- João 1.18

A STV argumenta que Deus nunca foi visto por alguém. O Filho foi, logo ele não pode ser Deus. A organização baseia esse argumento em Jo 1.18, que diz: “Deus nunca foi visto por alguém. O Filho Unigênito, que está no seio do Pai, este o fez conhecer”, ou o “o Deus unigênito” conforme versões Atualizada e Revisada de Almeida, falsificada na Tradução do Novo Mundo, pois usa letra minúscula para Deus, “deus”. Essa interpretação é muito artificial e traz problemas para a própria organização, pois, mais uma vez ela se contradiz. Sabemos que ninguém jamais viu a Deus na sua essência e na sua glória, assim como ele é. Da mesma maneira que acontece com Cristo. Isso é admitido pela STV:

“Desde que jamais existiram homens terrestres que viram o Pai, a quem nenhum homem viu, nem pode ver, tão pouco verão o glorificado Filho. - Êxodo 33.20; I Timóteo 5.15”.7 A passagem bíblica de 1 Tm 6.16, diz: “Aquele que tem, ele só, a imortalidade, e habita na luz inacessível; a quem nenhum dos homens viu nem pode ver; ao qual seja honra e poder sempiterno. Amém”. A STV afirma que essa passagem bíblica se aplica a Jesus. Isso ainda acontece na revista A Sentinela, 15/05/1979, p.32, onde a organização ocupa quase uma página para justificar que tal passagem diz respeito a Jesus. Jesus viveu como homem e no meio dos homens, e dessa forma Deus também foi visto, o mesmo Deus que disse a Moisés: “Não poderá ver a minha face, porquanto homem nenhum verá a minha face, e viverá”(Êx 33.20), foi visto pelo povo, “e viram o Deus de Israel...” (Êx 24.10), e da mesma forma Isaías, 6.1: “eu vi ao SENHOR assentado sobre um alto e sublime trono”, veja também Jó 42.6. Os argumentos da organização, portanto, são inconsistentes e desprovidos de apoio bíblico.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

A ORAÇÃO DA IGREJA E O TRABALHO DO ESPÍRITO SANTO

O ministério da oração desenvolvido pela igreja é fundamental para o êxito e crescimento do povo de Deus. Entre as poderosíssimas armas que a igreja possui está a oração, pois, existem inúmeras situações que só podem ser superadas pelo poder da oração. Para que a igreja seja bem sucedida por meio da oração ela precisa contar com a poderosa influência do Espírito Santo. É uma grande ilusão da parte de algumas lideranças eclesiásticas alimentarem o sentimento da auto-competência, atribuindo o êxito de suas igrejas muito mais a capacidade deles do que um resultado direto da oração da igreja ajudada pelo Espírito Santo. Paulo ensina que se alguém não tem Espírito Santo, esse tal não pertence a Cristo, "Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito, se é que o Espírito de Deus habita em vós. Mas, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele" Rm 8.9, e consequentemente também não pertence a igreja. Então não podemos pensar na igreja como um organismo espiritual sem a presença e selo do Espírito Santo, pois é Ele que autentica essa instituição como igreja do Deus vivo.

O Espírito Santo é a essência vivificante da igreja, escrevendo aos Efésios 2.1"E vos vivificou, estando vós mortos em ofensas e pecados", o apóstolo Paulo diz que em outro tempo estávamos mortos em nossos delitos e pecados, porém, Deus mandou o Espírito Santo fazer habitação em nós e nos vivificou. Está é a grande diferença entre aqueles que servem a Deus e os que não o servem, pois o Espírito Santo Testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus, promovendo no âmago de nossas almas um testemunho interno da nossa relação com o Senhor. O Espírito Santo também cria em nós um grande interesse pelos negócios do reino de Deus, Ele nos motiva ao estudo das Escrituras e a uma vida de constante oração. Uma igreja que atenta para o trabalho Espírito Santo é uma igreja que enfatiza o estudo e reflexão da palavra do Senhor, a oração, o jejum, e uma vida moral compatível com a ética do reino. Conforme o apóstolo Paulo o Espírito Santo não só ora conosco como também intercede pelas nossas fraquezas, Rm 8.26 "E da mesma maneira também o Espírito ajuda as nossas fraquezas; porque não sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós com gemidos inexprimíveis".

Jesus e se apresentou como a única verdade que pode reconciliar o homem com Deus. "Eu sou o caminho a verdade e a vida", e em outro momento ele ensinou que essa verdade agora plenamente revelada nele haveria de ter continuidade no mundo por meio da igreja e o trabalho do Espírito Santo seria imprimir essa verdade na existência da igreja, " Eu vou mas não vos deixarei órfãos, enviarei o consolador e Ele vos guiará por toda verdade". Infelizmente estamos vendo uma grande parte das lideranças evangélicas nesse país que podem ser enquadrados nesse propósito do espírito, pois, são extremamente contraditórios e as vezes descaradamente mentirosos e contenciosos. Tem muita gente de nome por ai que abandonou o compromisso com verdade, porque os interesses terrenos falam mais alto e prevalecem diante dos interesses do Espírito Santo.

A igreja possui os dons do Espírito Santo

Quanto maior for a relação de intimidade da igreja com o Espírito Santo, maior será a sensibilidade dos crentes para a manifestação dos dons do Espírito. Uma contínua consciência da habitação do Espírito Santo nos habilita para desenvolvermos uma eficiente percepção da obra que Ele se propõe realizar diariamente em nossas vidas por meio da operação dos dons. O Espírito Santo trabalha na igreja para que por dela o mundo possa distinguir entre o certo e o errado, pois ela reflete a verdade que é Cristo. O Espírito Santo que utilizar a igreja como um canal para realizar as poderosas obras de Deus e abençoar muitas vidas através do dom de discernimento; o dom da cura, o dom da profecia e todos os outros dom, porém é necessário que o povo de Deus esteja em harmonia com esse projeto do Espírito, orando constantemente para que todos os impedimentos a obstáculos á obra Dele sejam removidos.

A igreja deve orar para que todos os crentes recebam a plenitude do Espírito em suas vidas.

Paulo apresenta essa necessidade como um andamento: "enchei-vos do Espírito". Primeiro observamos que trata-se de um imperativo."enchei-vos" não é uma sugestão que pode ser tentada, uma recomendação branda, uma advertência educada. È uma ordem que Cristo nos dá, com toda autoridade de um dos apóstolos que ele escolheu. A plenitude do Espírito não opcional, mas obrigatória para o cristão. Os dois imperativos de Efésios 5.18, tanto a proibição como a ordem, são escritos para toda comunidade cristã. Eles têm aplicação universal. Nenhum de nós deve embriagar-se;todos devemos ser cheios do Espírito. Enfaticamente, a plenitude do Espírito Santo não é um privilégio reservado para alguns, mas uma obrigação de todos. Assim como a exigência de sobriedade e domínio próprio, a ordem de buscar a plenitude do Espírito é dirigida a todo o povo de Deus, sem exceção.


 

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

O TEÓLOGO ORÍGENES


Considerado um dos gênios mais poderosos não somente da igreja como também da humanidade. Na antiguidade cristã, somente Agostinho podia ser comparado a ele. É difícil dizer o que nele se deve admirar mais: se a extensão: se extensão e a força do saber, ou o entusiasmo, o fervor do homem, as qualidades religiosas do cristão, a alma de fogo do martir.

Na Realidade, não se trata de enumerar as obras de Orígenes. Parte de suas obras perdeu-se, mas existe fragmentos. As areias do Egito, vez por outra, oferecem-nos alguns farrapos. Citemos ao menos as hexapalas (ou Bíblia sêxtupla), empreendimento gigantesco no qual, em seis colunas, Orígenes apresentava o texto hebraico (em caracteres hebraicos e gregos) e as quatro versões gregas da Bíblia. Apesar do trabalho nunca ser reproduzido o único exemplar existente ficou em Cesaréia até a invasão dos sarracenos, no século VI. Eusébio e Jerônimo viram-no e consultaram-no.

A maior parte de suas obras é consagrada à exegese. Compõe de escólios, de homílias, de comentários.

Os escólios são simples notas explicativas sobre passagens ou palavras difíceis, e as homílias foram pregadas aos fiéis de Cesaréia. 574 sermões, somente temos registros de 240 que chegaram até nós. Os comentários são estudos mais extensos, de caráter científico, sobre os livros da Escritura. Não se possui nenhum deles por inteiro. Orígenes ai dá prova de uma erudição que abrange todos os campos: filologia, história, filosofia e teologia. Ele não se dtémno sentido literal, cujo significado perscruta melhor que ninguém; esforça por atingir o sentido espiritual, graças ao método alegórico, já utilizado por clemente.

Orígenes retoma os vários motivos cristológicos dos seus antecessores, dando-lhes no entanto um rumo diferente. Para ele Jesus é tudo. Portanto é impossível reduzi-lo a uma só concepção. É Deus e Filho de Deus, Palavra, sabedoria, Vida, mas também o Redentor, Médico, Primogênito dos mortos, etc. Vários títulos lhe são atribuídos por Ele ser o filho eterno do Pai, nascido antes da criação, e outros Ele ganhou por Ter-se tornado Homem em benefício da humanidade caída. É portanto possível distinguir na sua vida terrestre entre aquilo que fez ou disse como Deus ou como Homem, na base da sua “natureza divina” e na base da sua “natureza e condição humanas”. Nele, como primícias da humanidade nova, “há um entrelaçamento entre a natureza divina e a humana”. É aqui que Orígenes dá um rumo à idéia de Irineu de intercâmbio que mais tarde será de significação decisiva. Ele coloca a pergunta se Jesus tem ou não uma alma humana e responde que Filho de Deus assumiu inteiramente a condição humana, porque “não se salvaria se não tivesse assumido o homem total”.

Origenes concebe a salvação principalmente como contemplação do Pai que nos é dada através do Filho de Deus e que nos faz filhos junto com ele. Neste contexto, surgem constantemente idéias que mais tarde vão criar dificuldades. Pode-se dizer que a concepção de Orígenes é esta: O Filho eterno procede do Pai, como sua imagem e está ligado a Ele com toda a sua vontade. As almas, por sua parte, são criadas pelo filho como imagem; mas enquanto as outras almas o abandonaram, continuava alma de Jesus intimamente ligada à Palavra desde a eternidade; esta alma entrou na carne, não por infidelidade, mas por obediência a Deus. Forma-se assim um encadeamento de dependências descendentes que ao mesmo tempo constitui uma linha de adesão ascendente. O Pai se expressa na sua imagem eterna; esta se expressa como imagem na alma humana de Jesus e esta, por sua vez, no seu corpo; e vice-versa une-se a alma de Jesus contemplando e amando a Palavra que por sua vez, no seu corpo; e vice-versa une-se a alma de Jesus contemplando e amado a Palavra que por sua vez, ama e contempla o Pai. A alma humana de Jesus exerce o papel de mediador entre a Palavra e a carne. O caminho de nossa salvação está nisso: que aceitamos e imitamos a manifestação corporal da palavra, para assim aderir a palavra e finalmente chegar a contemplação do Pai. Nosso salvador tem em si todos os degraus deste caminho, em que ele se adapta às nossas às nossas forças: para uns ele é o leite, para outros um remédio, para os perfeitos a comida sólida da própria palavra.

Esse modelo cristológico, em que o Homem Jesus está ligado por amor ao Pai, coloca a pergunta se a união “Homem-Deus” é vista por Orígenes como uma “união moral”. Parece que sim, uma vez que para afirmar esta união ele lança constantemente mão do seguinte trecho da escritura: “Quem adere ao Senhor constitui com Ele um só Espírito”(I Co 6.17), e nos indica este tipo de união como exemplo. Isto implica que a distinção entre unidade do Homem-deus e a nossa união com Deus pela graça também são apenas graduais. Será que Orígenes abandonou a formulação tradicional “um e e o mesmo”. Não há dúvida de que Orígenes acentua a intimidade com Deus. A escritura fala do Filho de Deus com a condição humana que assumiu, que é superior à nossa união com Deus. A escritura fala do filho de Deus e do Filho do homem “não como dois seres mas como de um só. O Homem assumido não é “alguém distinto” da Palavra, eles “não são dois” mas uma “realidade composta”. Essa união é união real, não só união racional. Mesmo assim. Há um certo crescimento nesta união: a glorificação implica que o homem não é mais diferente da palavra, mas identificado com ela”.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

A IMPORTÂNCIA DA ORAÇÃO NA VIDA DO CRENTE – lição 6

Acho que talvez não seja até tão necessário dizer para algum cristão o quanto a oração é importante para a vida dele, pois de fato qualquer neo-converso está consciente disso, porém, é fundamental despertarmos o povo de Deus para a investir um maior tempo de suas vidas no altar do Senhor. Todos nós sabemos que o nosso êxito, seja na vida espiritual ou material está diretamente relacionado com a nossa vida de oração, porém, para muitos de nós falta fé , ousadia e determinação para lutarmos (perseverar) com Deus como fez Jacó, não abrindo mão da Benção.

Descobrimos a importância da oração a medida que aprendemos a viver numa total dependência de Deus, enquanto estivermos montados na auto-competência, por meio da qual pensamos estar realizando grandes feitos, nossas orações na verdade não passam de ladainhas com o intuito de formalizar a pratica religiosa. Talvez esse seja o grande propósito do sofrimento na vida do crente. Deus permite passarmos por muitas aflições, para que em todas elas tenhamos a oportunidade de aprendermos o quanto somos dependentes do Senhor, e assim exercitarmos essa dependência diariamente através de uma prática continua da oração. Somos sempre tentados à pensar que somos capazes, por isso, as vezes nos vangloriamos de alguma coisa, e quando assim agimos estamos ofendendo ao Pai celestial, o qual está com os seus cuidados sobre nós e supre todas as nossas necessidades. Grandes homens do V. T. como Moisés, Jeremias, Elias, Daniel e outros passaram por muitas angustias e lutas, porém, tais experiências lhes foram tremendamente úteis, porque a história de cada um deles nos ensina como esses homens eram dependentes de Deus nas mínimas coisas, demonstrado através de uma estreita intimidade que cada deles tinha com Deus. Quando oramos muito, estamos dizendo "eu preciso muito de Deus", porém, quando oramos pouco afirmamos o contrário. O Apóstolo Paulo diz que agora nós possuímos o bom cheiro de Cristo "Porque para Deus somos o bom perfume de Cristo, nos que se salvam e nos que se perdem" (2 Co 2.15) e apóstolo Tiago diz: "chegai-vos a Deus e Ele se chegará a vós". (Tiago 4.8). No Tabernáculo construído pelos israelitas existia o altar de incenso, e este prefigurava as nossas orações, pois ali o sacerdote queimava o incenso e o cheiro era agradável "as narinas do Senhor". Hoje em dia já não é necessário que sacerdote queime o incenso, pois, Jesus é o nosso sumo sacerdote, e nós possuímos o bom cheiro de Cristo, o único cheiro que agrada a Deus, por isso, para que as nossas orações sejam agradáveis a Deus precisamos estar em comunhão com o Senhor Jesus, exalando em nossas vidas o perfume de Cristo. Portanto, o que deve dar valor as nossa orações é a fragrância das nossas vidas. As orações do sacerdote subiam a Deus acompanhadas pelo incenso. Não é necessário seguirmos este exemplo e oferecer incenso enquanto oramos, pois nós pedimos em Nome de Cristo e naquele Nome há um aroma que nunca existiu no incenso (Cantares 1.3). Quando pedimos Em nome de Cristo, não podemos pedir coisas que não sejam do agrado de Deus, nem coisas contra a vontade Dele (Tiago 4.2-3). Ao mesmo tempo, quando pedimos Em nome de Cristo, pedimos com ousadia e com confiança, sabendo que naquele Nome há poder (Efésios 3.20). Não há limites ao poder de Cristo. Ele pode fazer tudo acima de qualquer esforço da nossa imaginação, pois Ele é acima de tudo e de todos (Efésios 1.20-21).

NA GRAÇA O PODER DA ORAÇÃO É INIMAGINÁVEL

Deus qur que alcancemos a compreensão de que temos ao nosso dispor um recurso muito poderoso, a oração. Essa compreensão de que as riquezas celestiais estão a nossa disposição ainda não é suficiente, pois além disso, necessitamos de ousadia para pedirmos que o Senhor nos entregue aquilo que Ele já conquistou pra nós. O escritor aos hebreus no (cap. 10.19-22) nos diz: "Tendo, pois, irmãos, ousadia para entrar no santuário, pelo sangue de Jesus, Pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou, pelo véu, isto é, pela sua carne, E tendo um grande sacerdote sobre a casa de Deus, Cheguemo-nos com verdadeiro coração, em inteira certeza de fé, tendo os corações purificados da má consciência, e o corpo lavado com água limpa". Mais uma vez nos deparamos com a tipologia do Tabernáculo. Os Evangelistas registram que no momento da morte do Senhor Jesus "o véu se rasgou de alto a baixo". Aqui podemos fazer uma maravilhosa ligação entre esses textos os quais nos proporcionam um grande ensino sobre a importância da oração. O véu era elemento que separava o lugar Santo do Santíssimo. No Santíssimo estava a Arca do Concerto com o Propiciatório, e no Yomkipur judaico, ou seja, "o dia do perdão", após realização do sacrifício e a aceitação por parte de Deus, o Senhor manifestava a sua Glória no Santíssimo e somente o sumo sacerdote podia contemplar a Shekiná do Senhor. Porém, no Salmo 84.11 temos uma grande promessa "Porque o SENHOR Deus é um sol e escudo; o SENHOR dará graça e glória; não retirará bem algum aos que andam na retidão". Então, conforme o escritor aos hebreus agora temos um caminho que Jesus nos consagrou pelo seu sangue, e por ele podemos nos apresentar na sala do trono, no santíssimo, e contemplarmos a glória de Deus. Para isso precisamos usar a ousadia do Espírito Santo em nossas vidas, crendo que a oração nos coloca diante do trono da graça e da glória do Senhor, podemos compartilhar do Poder Dele e ainda receber tudo o que necessitamos para crescermos na graça do Senhor Jesus, porque Ele não negará bem algum aos que andam em retidão.