Tema do livro: Advertência e Juizo. Escrito no sétimo século A.c
Entre outros Jeremias que são mencionados no texto bíblico, encontramos um profeta filho de Hilquías, sacerdote de Anatote, na terra de Benjamim (1.11). O nome Jeremias significa "Jeová estabelece". Este homem foi chamado para o ministério profético por meio de uma visão. Mesmo Jeremias tendo admitido inexperiência, Deus se compromete em capacitá-lo com o seu poder, para que ele leve a sua mensagem a povos e a reinos, prevenindo-lhe da árdua missão devido a grande oposição que teria de enfrentar. (1.4-10). Iniciou o seu ministério profético no décimo terceiro ano do reinado de Josias (Ano 626 A.c), e contínuo sua obra até a tomada de Jerusalém(586 A.c) no quinto mês do décimo primeiro ano do reinado de Zedequias. Deste modo sua vida pública se estendeu por 41 anos sem interrupções. A oposição ao seu ministério começou pelos seus compatriotas, ameaçando-o de morte se não desistisse de suas funções proféticas. Sentiu profundamente que o povo escolhido por Deus se opusesse tão tenazmente a obra de Deus, o que o levou a suplicar justiça (11.18-21). Permaneceu fiel no cumprimento de sua missão, mesmo diante de uma ferrenha perseguição. No quarto ano do reinado de Joaquim, ditou as profecias que havia proferido durante os 20 anos anteriores e que o escriba Baruque registrou em um rolo. Não podendo ir ao templo, pediu a Baruque para pegar o rolo e levar ao santuário, para ser lido diante do povo que estava lá por ocasião de um jejum. Este rolo chegou as mãos do rei, que depois de ler alguns trechos, cortou-o em pedaços e jogou-os no fogo. (36.1-26). Um de seus inimigos, Pasur, sacerdote e prefeito da casa do Senhor, o colocou no sepo, sendo solto no dia seguinte, (20.1-3). Durante o sítio de Jerusalém, as autoridades judaicas olhavam as profecias de Jeremias acerca do êxito dos caldeus e do subseqüente cativeiro de Judá, sob o ponto de vista político ou militar, em vez de as considerar sob o ponto de vista religioso. Diziam que tais profecias enfraqueciam ânimo dos defensores da cidade. Os caldeus, sabendo das muitas injustiças que Jeremias havia sofrido, Nabucodonosor deu ordens para que o soltassem e o entregassem a Gedalias, para que ele habitasse em sua casa e vivesse entre o povo. Foi-lhe também, concedida faculdade de ir para a Babilônia ou ficar na Judéia, cercado de todos os favores e garantias. Preferiu ficar na sua pátria. Por ocasião do assassinato de Gedalias, Jeremias aconselhou os judeus a não fugirem para o Egito, mas foi em vão: não somente foram para lá como até compeliram o profeta a acompanhá-los na sua jornada. Proferiu as suas últimas predições em Táfnis no Egito. Não se sabe como, nem em que tempo morreu.
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