quinta-feira, 9 de setembro de 2010

O DOM MINISTERIAL DE PROFÉCIA E O DOM DA PROFECIA – Lição 11

Podemos afirmar com toda certeza que esses são dois temas bastante confundidos por muita gente no contexto da igreja evangélica. Podemos partir do pressuposto que aqueles que não crêem na contemporaneidade do dom da profecia, entendem que a única palavra profética possível é aquela oriunda dos textos da bíblia. Portanto, quando alguém prega baseado nos textos bíblicos está proferindo a única e genuína profecia. Por outro lado aqueles que crêem de forma extremada na realidade do dom de profecia, tendem a esquecer da autoridade profética das Escrituras Sagradas, e terminam por enveredar pelo caminho do misticismo religioso, enquanto que o primeiro grupo se acomoda no formalismo teológico.

O dom ministerial da profecia é exercido por todos aqueles que o Senhor chamou para o ministério da palavra, podendo ser na área evangelística ou doutrinária. Para tal o próprio Senhor designou para sua igreja homens vocacionados e com dons específicos, tais como: apóstolos, profetas, pastores, doutores, os quais deveriam desempenhar suas respectivas funções com a finalidade de edificar a igreja.

APÓSTOLOS – Foram os primeiros expositores do Evangelho cristão e representam também o primeiro dom de ministério concedido à igreja. "E quando amanheceu, chamou a si os seus discípulos e escolheu doze dentre eles, aos quais deu também o nome de apóstolos" (Lc 6.13).

A palavra "apóstolo" é uma transliteração do grego apóstolos, que significa "um mensageiro" ou "alguém enviado numa missão". Os apóstolos originais foram aqueles escolhidos por Jesus para o acompanharem, a quem Ele pessoalmente deu instruções e enviou (Mt 10.2; Lc 22.14). eram doze, ao todo. Quando Judas Iscariotes traiu o Senhor, deixando apenas onze, outro apóstolo foi escolhido para tomar o se lugar (At 1.15-26). Os nomes dos doze apóstolos foram escritos nos doze fundamentos da nova Jerusalém (Ap 21.14). Os requisitos para o apostolado eram: 1) ter estado com o Senhor (At 1.21,22) ; 2) Ter sido uma testemunha da ressurreição (At 1.22); 3) Ter visto o Senhor (i Co 9.1); 4) Ter operado sinais, prodígios e milagres (2 Co 12.12). Os apóstolos fundamentais foram fixados em número de doze. Os termos "apóstolo" e "missionário" têm o mesmo significado. Fica evidente que "apóstolo" teve um uso mais amplo, pelo fato que havia alguns que alegavam falsamente ser apóstolos (2 Co 11.13; ; Ap 2.2). Se apenas os doze originais fossem reconhecidos como apóstolos ninguém mais poderia reivindicar o apostolado. È importante manter clara distinção entre os apóstolos originais e os chamados "apóstolos" no sentido mais amplo da palavra. Nesse caso o termo "apóstolo" era utilizado como sinônimo de "missionário" sendo atribuído a pregadores enviados com o propósito de abrir novos campos e estabelecer igrejas. Este uso não fundamenta a criação de um cargo eclesiástico, é só atentarmos para a história da igreja e veremos que esse procedimento na passa de um modismo de algumas seitas da atualidade.

PROFETAS – Em Efésios 2.20 está escrito que a igreja está edificada sobre o fundamento de apóstolos e profetas, e em 4.11 diz:"Ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas". Embora os profetas viessem logo depois dos apóstolos na escala, eram sujeitos aos apóstolos (I Co 14.37). Paulo parecia dar ao dom da profecia a suprema prioridade entre os dons espirituais (I Co 14.1-3). A profecia é definida por Paulo como segue: "mas o que profetiza, fala aos homens , edificando, exortando e consolando...mas o que profetiza edifica a igreja" (1 Co 14.3,4). Esta definição está demonstrada em Atos 15. "Judas e Silas, que também eram profetas, consolaram os irmãos com muitos conselhos e os fortaleceram" (At 15.32).

Fica claro que existiam dois tipos de profetas no Novo Testamento: os que exerciam a função ministerial de profeta (Ef 4.11) e os que eram usados por Deus com o dom da profecia na igreja. Os do primeiro grupo estão relacionados com os dons de ministério, enquanto os do segundo grupo poderiam ser qualquer crente cheio do Espírito Santo a quem Deus escolhesse usar. Todavia, nem todos poderiam exercer o cargo de profeta (porque "estabeleceu Deus na igreja, primeiramente apóstolos, em segundo lugar profetas..."), mas conforme 1 Co 14.31, "todos podereis profetizar, um após outro". Assim sendo, o dom da profecia não torna a pessoa um "profeta" (dom de ministério).

2 comentários:

  1. O texto é bom.

    Mas me explique:
    Por que tem um banner sobre vidas passadas no seu blog?...

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  2. mensagens subliminares... falsos profetas...

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