segunda-feira, 20 de maio de 2013

A PAX ROMANA

Os historiadores deram o título de Pax Romana ("paz romana") ao período compreendido entre 30 a. C. até cerca de 180 d. C.; quando Roma floresceu numa época de grandeza imperial. Neste período, o Imperio Romano trouxe paz, prosperidade e bom governo a uma região, que ia da Bretanha até ao Eufrates, e do mar do Norte até ao Saara. A Pax Romana começou com o governo de Otaviano, que se tornou imperador de Roma depois de derrotar o último de seus oponentes na Batalha de Ácio em 31 a. C. Após um século de luta civil, Roma estava afinal unida sob um único governante. Otaviano, a quem um respeitoso Senado Romano deu o título de Augustus, concentrou-se nos problemas internos de seu império e lançou os fundamentos para dois séculos de governo forte e pacífico. A Pax Romana deu grande aumento ao comércio e trouxe grande prosperidade a Roma. A armada imperial acabou de vez com os piratas do Mediterrâneo que punham em perigo a navegação entre Roma, as províncias da Ásia Menor, e a costa africana. As importantes estradas romanas foram construídas antes de tudo como rotas militares para as províncias. Mas também permitiam o transporte de cereais para Roma, e de vinho e azeite de oliveira para as províncias. Foram removidos o pedágio e muitas outras barreiras artificiais ao comércio. Uma cunhagem estável e métodos aperfeiçoados de atividade bancária e crédito estimularam a expansão econômica. A manufatura aumentou nas províncias romanas, e dentro de pouco tempo podiam-se encontrar em Roma cerâmica da Gália, tecido de Flandres, e vidro da Germânia. Um dos segredos para a manutenção da paz foi a disposição de Augusto de dar governo autônomo às províncias, ao lado do emprego rápido da força militar para sufocar rebelião ou terrorismo. Augusto permitia que as nações conquistadas conservassem sua língua, costumes e religião enquanto o povo vivesse em paz com Roma. A agricultura permaneceu como a atividade básica no Império Romano sob a pax Romana, mas esse período também viu o aumento rápido das cidades e a criação de um estado mundial cosmopoloita, onde raças e culturas se entremesclavam. No auge, o Império Romano contava mais de cem milhões de pessoas, incluindo italianos, grregos, egípcios, alemães, celtas e outros. Ao tempo de Adriano (117-138 d. C.), o império cobria uma área superior a 3,2 milhões de quilômetros quadradados. Augusto canalizava a riqueza das províncias para Roma através de impostos. Ele transformou Roma, uma cidade de tijolos, numa cidade de mármore. O estado também sustentava muitos artesãos, que pertenciam aos collegia, ou corporações. As recreações e esportes desempenhavam um papel cada vez maior na vida pública dos cidadãos romanos. A Pax Romana chegou ao fim na época da verdadeira crise monetária de Roma no terceiro século da era cristã, quando a anarquia política e a inflação monetária causaram o colapso da economia do império. 

Fonte: O Mundo do Novo Testamento - Ed. Vida. Ed. 1994. (J. I Packer; Merril C. Tenney; William White Jr.)

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