sexta-feira, 12 de agosto de 2011

A BELEZA DO SERVIÇO CRISTÃO - Lição 7

Na atualidade a expressão "Ministro do Evangelho" tem se distanciado do seu campo semântico original, pois a palavra "ministro" vem do mesmo termo grego que traduzimos por diácono. Nos tempos hodiernos muita gente que ostenta esse título tem se achado no direito de reivindicar muitas regalias, pois, se vêem mais como príncipes do que como servos de Deus e da igreja de Cristo. Numa certa ocasião alguns grupos da igreja de Corinto manisfestaram partidarismo em favor de alguns líderes, uns de Paulo outros de Apolo, entrentanto, o apóstolo Paulo reagiu duramente contra tal concepção, "Pois, quem é Paulo, e quem é Apolo, senão ministros pelos quais crestes, e conforme o Senhor deu a cada um ? (I Co 3.5). Paulo referiu-se a sua pessoa como ministro cinco vezes e diversas vezes chama os seus colaboradores de ministros. O termo aparentemente enfatiza o papel de servo e pregador. O papel dos líderes espirituais é preparar os santos para o "serviço" (Ef 4.12). Espera-se que todos os santos ministrem. Entendo que o próprio desenvolvimento da nossa fé depedende da forma que conceituamos e vivenciamos o termo "servo". Uma profunda compreensão desse termo nos permitirá encontrar a nossa verdadeira identidade. O Serviço cristão nos proporciona alcançar as satisfações mais profundas da alma.
Nos capítulos 25 a 32 de êxodo, achamos Moisés, o servo do Senhor, no monte, onde recebeu instruções da parte de Deus quanto à construção da habitação do Senhor (Tabernáculo). Se nós queremos ser úteis do Senhor, construir algo de valor na igreja local, fazer o serviço do Senhor segundo o plano de Deus, é imperativo que fiquemos em comunhão com Ele. Neste capítulos Deus chamou os obreiros empregados na construção do Seu santuário. Todos tinham capacidades diferentes e funções variadas. Na família de Deus todos são filhos. Cada cristão é um verdadeiro filho de Deus. Quanto à nossa posição em Cristo, somos todos iguais (Gálatas 3.26-28). Na igreja local, porém, há distinções. A igreja local não é uma sociedade sem classes, mas é um organismo composto de muitos membros com posições e funções de diversas e distintas. Na igreja primitiva havia apóstolos e profetas, os quais não existem mais hoje, mas ainda há presbíteros, diáconos, mestres da Palavra e evangelistas. Deus, por intermédio do Espírito Santo, tem distribuído dons à igreja e tais dons devem ser controlados pelo mesmo Espírito e exercidos em ampr (Ef. 4.11-15; I Co 12.4-11). Os dons são diversos e há distinções entre os irmãos, mas nunca deve haver divisões. Todos os membros devem funcionar no lugar escolhido por Deus, em harmonia e para o bem-estar do corpo, como um todo. O Tabernáculo era a habitação de Deus e só Deus tinha competência de escolher os servos. (Êx 31.1-2) estes versículos nos ensinam que Ele tem o direito de chamar quem Ele quiser e quando Ele chama não há dúvida, pois Ele chama pelo o nome. Não podemos chamar ninguém para trabalhar na obra, se antes Deus não tiver chamado essa pessoa. Antes de tudo devemos orar (Mt 9.37-38). Não é nossa prerrogativa escolher o nosso próprio serviço ou ministério. Moisés queria servir ao Senhor e, certa ocasião, vendo as necessidades existentes entre o povo de Israel, agiu precitadamente e, em vez de ajudar, ele agravou mais a situação e o sofrimento do povo (Êx 2.11-15). Foi um caso do homem certo agir no momento errado. Deus tem o direito de chamar a quem Ele quiser. Ele é Soberano, Ele é o Oleiro. E que direito temos nós de recusar quando Ele ordena? Quando a ordem do Senhor veio a Moisés de maneira tão clara, Ele pretextou a sua incompetência e levantou muitos obstáculos. Aprendamos que, antes de Deus chamar alguém, já o capacitou para fazer a obra e, com a ordem, Ele fornece a força necessária para a executar (Mc 3.1-6). Deus tem um plano para cada vida entregue a Ele e tem um serviço para cada filho Seu. Deus Escolheu Pedro para trabalhar entre os judeus, Paulo para evangelizar os gentios, Ele enviou Barnabé para servir na ilha de Chipre e mandou Tito para trabalhar em Creta. “Cada um tem uma função. Não há membro supérfluo no corpo de Cristo. Cada membro, irmão e irmã, é necessário. Portanto, o irmão ou que pensa não ter utilidade, precisa lembrar-se que é necessário. Não pode ficar inativo sem prejudicar o corpo inteiro” (R. E. Watterson). Vários nomes são mencionados em Êxodo 31. Bezalel é o primeiro e o nome do pai e do avô também são incluídos. Uri significa “uma sombra” ou “uma luz” e Hur significa “linho”, enquanto que Bezalel significa “na sombra de Deus”. O primeiro tem a idéia de iluminação ou dedicação; o segundo, de santificação e o terceiro de comunhão. São qualidade necessárias e indispensáveis em qualquer servo do Senhor. Bezalel é a primeira pessoa nas Escrituras a ser descrita como uma pessoa cheia do Espírito Santo. A obra de Deus precisa ser feita no poder de Deus (! Co 2.1-5). A obra de Bezalel era importante. O Tabernáculo era a sombra de coisas ainda futuras e, em particular, uma figura do Senhor Jesus. Tudo o que Bezalel ia fazer refletiria a Pessoa de Cristo (é exatamente aqui que encontramos a máxima da beleza do serviço cristão); por isso, ele precisava ser um homem cheio do Espírito de Deus. Por essa mesma razão, nós devemos depender deste mesmo Espírito. Muitas vezes ficamos preocupados com aquilo que Deus quer fazer através de nós e esquecemos que a maior obra é aquilo que Deus deseja operar em nós. Veja a ordem em Gálatas !.15-16).

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