sábado, 10 de dezembro de 2011

O DIA DE ADORAÇÃO E SERVIÇO A DEUS (Sábado ou Domingo ?) – LIÇÃO 11


SÁBADO OU DOMINGO?
Devido a muitos fatores, constantemente nós que não somos sabatistas sofremos deles concernente ao domingo. Eles dizem que nós guardamos erradamente o domingo. Segundo eles, a guarda do domingo é o selo da besta de apocalipse, baseado na interpretação de Ap 13.16 –18;  14.9-12. O primeiro a perceber esta relação foi o sabatista José Bates. Há um mal-entendido nesta questão. Nós não guardamos o domingo, pois não temos nenhum texto no Novo Testamento que nos obrigue a tal atitude, e nem tão pouco ele é um mandamento. Então nos parece que estas considerações que são feitas com relação ao domingo não tem nenhuma validade, pois nunca a igreja evangélica publicou isso como se fosse um dogma.  Talvez estas acusações sejam feitas a um grupo de cristãos não sabatistas, mas que defendem a idéia da observância do domingo em lugar do sábado na nova aliança. Mesmo reconhecendo esta idéia por parte deste grupo de cristãos, podemos afirmar que tais pessoas não guardam o domingo a semelhança que que os judeus guardavam o sábado na antiga aliança. Existem alguns textos considerados como clássicos, que são usados por este grupo não sabatistas, para afirmarem a observância do domingo em lugar do sábado. Os textos são: At 20.1-7; I Co 16.1,2; Ap 1.10. Além destes, os que falam sobre a ressurreição de Cristo são usados como argumentos em favor desta substituição. Analisando estes textos à luz à luz de seus contextos, verificaremos que a igreja nunca criou a guarda do domingo em lugar do sábado. Estes textos dão indício de que a igreja se reunia no domingo. Mas nenhum deles afirma que o dia do Senhor fora mudado.  Comecemos com Atos 20. O texto nos fala que, após Paulo sair de um tumulto incitado por um ourives chamada Demétrio, despediu-se dos discípulos e partiu para a Macedônia (At 20.1). Depois foi até a Grécia onde passou três meses (At 20.2) e voltou para a Macedônia. Depois dos dias dos pães asmos, ele foi de Filipos para Troas (At 20.6). No primeiro dia da semana, o domingo, eles se reuniram para partir o pão. O partir do pão, no livro de atos e em todo o novo testamento, tem o significado da celebração da santa ceia (At 2.42,46; 20.7; I Co 10.16; 11.24). Com certeza eles creram, pois o partir o pão era designativo para a santa ceia. O verbo traduzido para nossa língua: “falando com eles”, ou “exortava-os”, no grego é o imperfeito “dielegeto” (dielegueto), que é originalmente traduzido como ensinar, instruir. Não podemos negar de maneira nenhuma que era um culto, pois este verbo é usado em outros textos para expor a idéia de ministração em cultos (At 17.2). A problemática deste texto é saber se esta reunião era comum, ou foi uma necessidade que surgiu, pois Paulo estava partindo no outro dia (At 20.7). Acreditando na realização permanente deste culto nos domingos, temos um grande indício de que a igreja primitiva celebrava seus culto neste dia. Porém, os que não acreditarem assim, deverão perceber que temos mais textos da igreja se reunindo nos primeiros dias da semana do que tendo a sua reunião aos sábados, ou melhor, não temos nenhum texto, em todo o novo testamento que indique o povo de Deus do Novo Testamento se reunindo nos sábados. O mesmo problema é apresentado em I Co 16.1,2. Paulo solicita que a igreja em Corinto providencie uma coleta como foi ordenado às igrejas da Galácia. Paulo indica o primeiro dia para a igreja executar esta tarefa, mas no verso 2, como apresenta o texto, percebemos que ele dá a indicação que esta coleta seja feita no primeiro dia para que os coríntios não fizessem quando ele fosse tem com eles. Por mais uma vez não sabemos se a igreja se reuniu no primeiro dia para realizar meramente esta coleta, ou se este dia era o dia constante da reunião deles. Voltamos mais uma vez a dizer, mesmo que este texto não indique uma constante reunião no primeiro dia da semana, o domingo, temos pelos menos alguma indicação de que algum culto fora realizado neste dia, em contraste com nenhuma citação de culto realizado no sábado. Por fim temos o texto de apocalipse 1.10. João estava exilado na ilha de Patmos por causa da palavra de Deus e do testemunho de Jesus (Ap 1.9). Dize-nos o texto que João estava em espírito no dia do Senhor. A expresão “dia do Senhor” é muito usada em toda a escritura (Is 2.12; Jr 46.10; Ez 30.3; Jl 1.15; 2.11; Am 5.18; Zc 14.1; Fl 1.16; Ts 5.2; II Pe 3.10; Ap 1.10), porém em Ap 1.10, ela tem uma forma diferente de apresentação. Enquanto que nos outros textos a forma grega é “huera kurio”  (rêmera kyriu), literalmente, dia do Senhor; a frase de Ap 1.10 é colocada no sentido adjetivo “kuriakh nuera” (kiriakê rêmera), que indica uma atribuição. Nesta frase temos uma atribuição deste dia ao Senhor. Esta palavra era usada naquela época para designar algo que pertencia ao imperador. Por exemplo, existia o dia de Augusto “seBasth nuera” (sebastê rêmera), que era o primeiro dia da cada mês e esta estrutura atributiva era usada. Pela estrutura ser comum na época, Dr Champlin acredita que este termo de apocalipse fora utilizado por empréstimo lingüístico para indicar o domingo como pertencente ao Senhor. A implicação deste termo nos escritos imediatamente posteriores ao apocalipse pode ser visto em alguns escritos da igreja primitiva como Didaquê 14 e em Inácio Magno 9, onde há a apresentação do domingo domo o dia do Senhor. Além destes, temos muitos outros escritos primitivos que contém informações de que a igreja se reunia no dia do Senhor, o domingo.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

O EXERCÍCIO MINISTERIAL NA CASA DO SENHOR – Lição 10



Existe o provérbio popular  que diz: “Quer saber quem o homem, entregue poder para ele”. Quando observarmos as Escrituras pensando nessa expressão, facilmente chegamos a conclusão que esse princípio é aplicável na experiência em grandes proporções. Quando as pessoas assumem posições de domínio elas passam sofrer pressões de todos os lados, as quais muitas vezes tendem a moldar o próprio caráter de cada um. Todavia, o homem que tem como modeladores do seu caráter os princípios e valores da Palavra de  Deus jamais permitirá que o seu status e conforto pessoal sejam priorizados em detrimento da verdade de Deus. Um dos principais requisitos que o apóstolo Paulo apresenta para que alguém exerça o ministério, é que o tal não seja avarento, pois, ele também diz que o amor aos valores materiais é a origem de todos os males. Estamos presenciando uma realidade muito triste nos tempos modernos, pois, abrir igrejas, construir templos, comprar horário na televisão com pretexto de anunciar o evangelho virou o grande negócio que proporciona muito retorno financeiro e também cria um grande gabinete de empregos para parentes de todos os graus, amigos, e todos os demais a quem o “imperador” quer favorecer. Estão substituindo a “visão celestial” por “visão empresarial”, enquanto a primeira se preocupa com as  almas dos homens investindo em evangelismo, missões, ensino teológico e obra social, a segunda está gastando fortunas com canais de TV (diga-se de passagem com um conteúdo que deixa a desejar);  espaços super confortáveis com todas as beneses da tecnologia  para as lideranças, enquanto muitos templos não tem um som com qualidade, não tem ventilação apropriada, assentos confortáveis, e as vezes nem ao menos copo descartável para alguém tomar água. As lideranças subalternas das congregações são pressionadas a gastar o mínimo, pois, toda a arrecadação deve ser levada o tesouro central, pois, o Eliasibe juntamente com Tobias e todos os seus parentes e amigos precisam manter  o seu luxo e conforto de suas apartamentos luxuosos, seus carros importados, super planos de saúde, e constates viagens “para atender o trabalho do Senhor” , mas que também envolve umas comprinhas no shopping, um city tour e outras coisinhas desse tipo.  Essa era a infame postura do ministério na época em que Neemias esteve atuando em Jerusalém, o sacerdote Eliasibe era um líder nepotista, interesseiro e imparcial (Ne 13.1-8), por isso fez parcerias com o propósito de tirar proveito material da sua função como sacerdote ao procurar beneficiar a si mesmo e aos seus próprios parentes. Infelizmente essa infame prática do NEPOTISMO é praticada discaradamente na maioria das igrejas evangélicas e demais instituições nesse pais.

O LIDER E SUA RELAÇÃO COM O PODER
O texto bíblico de Lucas 12.41-48 narra a conversa de Pedro com Jesus em lugar de seus colegas, os discípulos. A preocupação de Lucas em narrar o fato deve-se à sua preocupação com um problema permanente no movimento cristão. O poder tem a tendência de corromper, especialmente em círculos religiosos onde o seu uso pode ser santificado em nome de Deus. Pedro ao perguntar, dá oportunidade para Jesus falar contra o abuso de liderança.  Primeiro, o Mestre se dirige aos discípulos, mas atinge a todos que se ocupam dessa responsabilidade. Na realidade, Deus espera do mordomo (no caso, o líder) fidelidade e prudência). O mordomo fiel e prudente usa os bens e ale confiados conforme o desejo do seu Senhor, ou seja, o de cuidar daqueles por quem é responsável. O interessante é notar que, como recompensa ao fiel, Deus dá mais responsabilidade. No ministério, quanto mais fiel  o ministro busca ser, mais tarefas se colocarão à sua frete provando e comprovando a sua capacidade.  A parábola continua e demonstra que o líder enganado por falsa segurança devido à demora da volta do Senhor começa a maltratar as pessoas (v.45). É o abuso do poder, e contra isso Jesus adverte os seus. O cargo de ministro cristão, como é o nosso caso, é muito sério. Muitas vezes, por não compreender a posição que ocupa, o ministro pode, em nome de Deus, exercer autoridade em demasia, prejudicando as pessoas que lhe são confiadas. E o ministro que conhece a vontade de Deus e não a cumpre é mais culpado do que aquele que age por ignorância. Ser um ministro na casa do Senhor não é honrar que se procura, mas tremenda responsabilidade, da qual se deve desincumbir “com temor e tremor”. Quanto mais capacidade Deus dá aos líderes, mais lhes é requerido. O ministro fiel é colocado sobre todos os bens (Mt 24.25) do seu Senhor.  E que bem maior temos nós, como ministros da casa do Senhor, do que pessoas que querem crescer na maturação de sua personalidade global através de nossa atuação? Convém lembrar que a parábola contém uma advertência especial para a liderança cristã que usa a sua posição para adquirir vantagens pessoais, tentando ser senhores e não servos. Isto se revela no exercício de uma tirania sobre os que não os apóiam e sendo indulgentes para os que os apóiam.