Faz alguns dias que li uma postagem em um blog, cujo nome não lembro no momento, porém o conteúdo da postagem não esqueci, o qual foi colocada por um membro de um grande ministério aqui em Recife, e tinha como finalidade exaltar a grandiosidade da estrutura física e organizacional do seu ministério, chegando até mesmo a mencionar a pompa do púlpito de metal, e o estilo executivo do seu pastor que possui assessores para fazer uma triagem entre aqueles que desejam uma consulta com ele. Esta atitude representa um sentimento que parti das próprias lideranças de muitas igrejas nesse pais. Estamos enfrentando uma crise de integridade, a qual se configura por uma visível inversão de valores. Não quero perder tempo aqui para citar a famigerada teologia da prosperidade, pois aqueles que aderiram a essa ideologia desconhecem o princípio da integridade bíblica. Minha a reflexão a partir do texto bíblico citado no título tem a haver com o sentimento de soberba que parece ser crescente em muitos meios evangélicos, essa soberba tem sido muitas vezes externalizada por meio de projetos de construções faraônicas, o lançamento de candidatos a cargos políticos, a corrida por um maior número possível de rádios, canais de televisão, e por ai vai. Tudo isso é sempre motivado pelo pretexto da evangelização mundial e também para a glória de Deus. Todavia, a ausência da atividade pastoral com uma visão holística que se preocupa com as necessidades espirituais, sociais, psicológicas e afetivas dos indivíduos, é a grande realidade que a igreja de hoje apresenta em muitos lugares.
As pessoas deixaram de reivindicar uma igreja que lhes proporcione a conquista dos valores do reino, que promova a experiência espiritual profunda na vida dos seus membros, que se imponha diante do mundo por sua natureza de agente do Reino Deus, que impacta esse mesmo mundo com o poder de Deus. E isso acontece porque o foco mudou, as pessoas deixaram de olhar para Jesus para olhar para o templo, deixaram de olhar para o espiritual para olhar para a estrutura física, passaram a olhar para o efêmero em vez de olhar para a eternidade.
Bonitos e grandes templos, rádios, canais de televisão, participação na política nacional, tudo isso tem a sua importância quando colocado no seu divido lugar, e também quando essas coisas não se tornam objeto de orgulho para líderes e membros de uma igreja. Infelizmente para algumas pessoas essas são suas principais referências para bater no peito e dizer "a minha igreja é a melhor", o meu pastor é o "bam bam bam".
"E, saindo ele do templo, disse-lhe um dos seus discípulos: Mestre, olha que pedras, e que edifícios!" (Mc 13.1). Esse texto mostra que havia alguns discípulos que ainda se empolgavam com a grandiosidade das estruturas físicas, demonstrando falta de visão espiritual. A resposta de Jesus "vês estes grandes edifícios? Não ficará pedra que não seja derrubada" (Mc 13.2), tem o objetivo de mostrar-lhes, que essa fascinação, esse apego a grandiosidade das estruturas físicas, é uma grande ilusão que é peculiar na vida daqueles que não conhecem os valores eternos. Os discípulos do Senhor não podem dar demasiado valor a essas coisas e permitir que o sentimento de soberba se manifeste nos seus corações.
Já tem gente por ai cheio de orgulho proclamando que uma igreja supostamente evangélica vai construir uma réplica do templo de Salomão. Creio que tal evento sintetiza o sentimento de soberba que paira sobre muitas igrejas evangélicas dessa nação, e por isso precisam dar um break nesse ativismo desprovido de essência e ouvir as palavras do Mestres Jesus "Não se empolguem muito, pois essas estruturas das quais vocês tanto se orgulham, vão ruir".
e isso ai amei a postagem
ResponderExcluirInfelizmente, essa visão limitada e deturpada dos assuntos Divinos esta presente em todas as vertentes religiosas, a começar pela primeira igreja! Quanto ouro, quantos objetos de arte valiosíssimos se acumulam no Vaticano!... E vemos isso se repetir nas igrejas que se separaram de Roma, exatamente por acharem que aquele evangelismo estava deturpado! Precisamos de templos para reunir os fiéis? Sim! Precisamos!... Mas, o luxo não deve estar presente, principalmente quando visa aparentar superioridade frente às outras igrejas! Isso é orgulho e vaidade, que não são condizentes com aqueles que se dizem seguidores de Jesus Cristo!
ResponderExcluirBenção de reflexão! Maranata!
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