segunda-feira, 27 de setembro de 2010

DOUTRINAS EQUIVOCADAS SOBRE A TRINDADE

O Triteísmo nega a unidade da essência de Deus e afirma que há três Deuses distintos. A única unidade que reconhece é a de propósito e esforço. Alegam que Deus são três pessoas, e cada pessoa, plenamente Deus. Portanto, existem três deuses. Durante a história da Igreja foram poucos os seguidores desta concepção de Deus que mais se relacionava com algumas religiões pagãs que pregavam uma multiplicidade de deuses. Os pais capadocianos (Gregório de Nazianzo, Basílio Magno e Gregório de Nissa), foram acusados de defender esta doutrina, na verdade, eles foram acusados mesmo, de dá uma idéia hierarquizada da Trindade.

O Sabelianismo, Modalismo ou Monarquianismo Modalista (doutrina formulada no terceiro século por um Pregador chamado Sabélio que viveu em Roma, que afirmava só existir uma única pessoa como sendo Deus, “Absoluto”, “Monarca” no Universo). Afirma que Deus se revelou a nós de três formas diferentes ou modos. Uma trindade de revelação, mas não de natureza. Diziam que Deus como Pai era o Criador e o Legislador;, o Deus do Antigo Testamento por exemplo se revelou como “Pai”; como Filho, no Novo Testamento era o mesmo Deus encarnado que cumpre a tarefa de Redentor; e como Espírito Santo, era o mesmo Deus na obra de regeneração e santificação através da revelação no dia de Pentecoste e está ativo na Igreja. Segundo alguns teólogos, essa crença, negava a doutrina da Trindade, pois estas não são três distinções na essência, mas três qualidades da mesma pessoa. (THIESSEN, 1997 p. 87) ver também (GRUNDEM, 1999 p. 178)

O Arianismo (doutrina que nega a plena divindade de Cristo e do Espírito Santo). Esta doutrina foi formulada por Ário Bispo de Alexandria, falecido em 336 d.C. As doutrinas de Ário foram condenadas no Concílio de Nicéia em 325 d.C. Ário pregava que Jesus em algum momento fora criado por Deus Pai e que, portanto, antes desse momento tanto o Filho quanto o Espírito Santo não existiam. Afirmava que Cristo poderia ser até “igual ao Pai” ou “semelhante ao Pai” mas não da mesma natureza. Baseava-se nos textos que chamam Cristo de Filho “Unigênito” do Pai Jo 1.14; 3.16,18; I Jo 4.9 sendo Ele gerado do Pai Cl 1.15.

Obs. O texto de Colossenses 1.15 que chama Cristo de “primogênito de toda criação” deve ser compreendido assim: Cristo os direitos e privilégios do “primogênito”, ou seja, segundo os usos e costumes bíblicos, o direito de liderança ou autoridade na família durante a sua geração. (Hb 12.16) Colossenses 1.15 significa que Cristo tem os privilégios da autoridade e do governo, no que tange a toda a criação. (GRUNDEM, 1999 p. 180).

O Subordinacionismo (doutrina que aceitando a eternidade do Filho negava ser Ele igual ao Pai em seu ser e seus atributos). Entendia uma subordinação do Filho ao Pai, ou seja, o Filho era inferior ao Pai. Orígenes (185 a 254 d.C.) um dos pais da Igreja Primitiva, advogava uma forma de subordinacionismo ao sustentar que o Filho é inferior ao Pai no seu ser e que deriva eternamente o seu ser do Pai.

O Adocianismo (doutrina que nega a eternidade do filho, entendendo que Ele viveu como um homem comum até o seu batismo, quando Deus o “adotou” como “Filho” conferindo-lhe poderes sobrenaturais). Os Adocianistas não concordariam que Cristo existia antes de ter nascido como homem; portanto, não considerariam Cristo Eterno, nem o enxergavam como ser sublime e sobrenatural criado por Deus, que era a crença dos arianos. Mesmo depois da “adoção de Jesus como Filho de Deus”, eles não o julgavam detentor de uma natureza divina, mais apenas um homem sublime que Deus chama de “Filho num sentido único”. (GRUNDEM, 1999 p. 180).

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