AS TRÊS DIMENSÕES DA RELAÇÃO CONJUGAL
O livro de Gênesis, no qual temos o relato da criação divina cujo o processo acontece em seis etapas, que são denominados "dias" pela Escritura Sagrada. Conforme esse relato somos informados que Deus concluiu o processo criativo com a criação dos seres humanos e logo em seguida promoveu a união conjugal como fundamento para a existência da família, a qual seria o único meio para a multiplicação da espécie humana. A narração bíblica sobre toda logística divina que envolve a criação da mulher, nos ensina sobre a grande importância do casamento a partir da ótica do próprio Deus. A princípio entendemos que o casamento é uma relação em três dimensões, pois, Deus nos diz aqui no Gênesis que no casamento homem e mulher tornam-se uma só carne, isto se refere a dimensão "UNA", pois, ambos devem unir a suas forças e os objetivos em torno do projeto família, é a unificação de um projeto existencial, no qual um não pode prescindir do outro em qualquer que seja a fase da vida, a palavra chave da vida conjugal é parceria, compartilhamento em todas dimensões da vida, na alegria, na tristeza, na dor, na paz e na guerra, em todos os momentos. De acordo com as palavras de Deus: "Não é bom que o Homem esteja só", entendemos que a vida do homem sem a mulher se configuraria numa existência solitária marcada pela melancolia, tendo em vista que ele se tornaria um ser único no universo. Por isso Deus criou a mulher para evitar que o homem fosse um ser eternamente solitário, porque ela deveria fazer com ele uma parceria de extrema intimidade em todos os sentidos, o físico, o mental e o espiritual, essa é a dimensão "DUO", uma sociedade limitada a dois seres humanos (vida conjugal) não existindo espaços para compartilhamentos com terceiros, esse é um paradigma divino imutável, todavia, a sociedade moderna tem criado muitas distorções nesse sentido com o propósito de modificar o padrão divino, sob o pretexto de proporcionar mais criatividade e prazer no relacionamento entre um homem e uma mulher, proporcionando uma maior durabilidade da relação. Tal proposta é defendida pelos praticantes de "swing", troca de casais em relacionamentos íntimos, férias conjugais (marido e mulher se afastam por um período para experimentarem aventuras com quem desejar, depois se unem como se nada tivesse acontecido). Porém, isso é contrário ao projeto inicial apresentado pelo Senhor Deus. A terceira dimensão dessa da relação conjugal é a dimensão "TRI", é uma parceria que só há lugar para dois seres humanos, porém, que não pode faltar a presença um terceiro, que é não o humano, mas o divino, o Deus que criou homem e mulher e estabeleceu as bases da união entre ambos.
A religião cristã, tanto católicos como protestantes têm defendido unilateralmente o dogma da indissolução do casamento com as palavras do Senhor "Não separe o homem, aquilo que Deus uniu". Não sei se somente essa afirmação seria um fundamento teológico eficaz para não abrirmos um debate mais reflexivo sobre a necessidade do divórcio em determinadas situações, será que pelo fato da união ter sido oficializada por um sacerdote credenciado pela religião, isso nos dar base suficiente para defender a sacramentalização de tal união como obra divina?, pois, ao se posicionar dessa forma alguns clérigos estão teologicamente afirmando exatamente isso. Não estou aqui apresentando nenhuma apologia acerca do divórcio, pois, o próprio Jesus só o admitiu por causa situações extremas que eram peculiares aos próprios seres humanos. Por lado entendendo que quando a união é construída a partir dos fundamentos apresentados por Deus desde o início da criação, em que os cônjuges admitem essa relação tridimensional do casamento, promovendo e desenvolvendo a comunhão entre e ambos e com Deus, estabelecendo a harmonia projetada por Deus na vida conjugal, não haverá nada nesse mundo capaz de separar tal união, pois, verdadeiramente foi Deus que uniu, os sacerdotes apenas oficializaram. Quando homem e mulher permitem a interferência de Deus em suas vidas, eles estão confirmando quais são as verdadeiras bases do relacionamento, e assim estão preparados para juntos enfrentar todas as batalhas contra os homens, o mundo e diabo.
QUATRO PILARES DE UM CASAMENTO HARMONIOSO (JAIME KEMP)
"Por isso deixa o homem pai e mãe e se une a sua mulher, tornando-lhe os dois uma só carne. Ora, um e outro, o homem e a sua mulher, estavam nus, e não se envergonharam" (Gn 2.24-25)
Pare um pouco e pense bem sobre essas palavras, por nelas nós temos resumidamente as bases do casamento conforme o plano original de Deus. Eis aqui a declaração clara na Bíblia sobre o casamento. É tão importante que Jesus citou esta passagem em Mateus 19.5 e Marcos 10.7. Em Efésios 5, Paulo também se referiu a ela. Neste trecho nós temos quatro pilares que são o alicerce de um casamento feliz. Cada um destes pilares é absolutamente necessário para que haja harmonia e felicidade no lar.
"Por isso deixa o homem pai e mãe". Ai está o primeiro pilar. Para o novo relacionamento floresça, há necessidade de um "deixar" emocional por parte dos recém-casados. É fundamental que tanto o homem como a mulher cortem o cordão umbilical, rompam os laços de dependência emocional dos seus pais. Antes do casamento, os pais dão segurança, proteção e sustento material. Depois, porém, o novo casal assume as funções de marido e esposa. Este "deixar" é tão importante que Deus o menciona antes de falar da união matrimonial. Isto não quer dizer que os recém-casados devam abandonar ou deixar de respeitar e honrar os seus pais, mas significa que eles precisam dar um outro enfoque á vida, tendo o cuidado de suprir as necessidades um do outro. Em outras palavras, se você não estiver disposto a deixar, seja seus pais, sua profissão, seus "hobbies", você nunca poderá desenvolver a experiência de "se unir", que Deus planejou para o casal. O segundo pilar está contido nas palavras "se une à sua mulher" . A palavra "une" significa cimentar e indica a natureza permanente do casamento. As duas pessoas estão coladas uma na outra. Estão mais perto um do outro do que qualquer outra coisa. Por isso, qualquer tipo de separação é muito é muito dolorosa. Por exemplo, o que acontece se você tenta separar duas folhas de papel coladas uma na outra? É praticamente impossível. No plano original de Deus, o casamento era uma instituição permanente, "até que a morte os separe". Não até que a sogra os separe, não até o amante os separe, nem até que a profissão os separe, nem até que a discórdia os separe, mas "até a morte".
CONTINUO EM BREVE.
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