Dentro do sistema teológico das testemunhas de Jeová, Jesus Cristo não é Deus em carne humana, mas, antes, é apenas um ser criado. Observe a seguir algumas afirmações da STV: “Jesus, o Cristo, um indivíduo criado, é a segunda maior personagem do universo. Deus Jeová e Jesus, juntos, constitutem as autoridades superiores ...Ele era um deus, mas não o todo-poderoso, o qual é Jeová”.
A negação da deidade de Cristo não constitui nenhuma novidade na história da igreja. Nas Testemunhas de Jeová temos o reavivamento da antiga heresia conhecida como arianismo (derivando seu nome do herege Ário, que viveu no IV século d.C.) O arianismo ensina que o Filho era de substância diferente da do Pai, porque, de fato, teria sido criado.
Para as testemunhas de Jeová Jesus não é igual a Deus Jeová. Antes, Ele seria o arcanjo Miguel, em seu estado preexistente. Também teria um irmão chamado Lúcifer, que ter-se-ia rebelado contra Deus, ao passo que Ele (conhecido então como Miguel) permaneceu obediente. Durante a existência terrena, Miguel foi transformado em um homem. De acordo com a teologia das Testemunhas de Jeová, após a sua ressurreição, Ele voltou para Seu estado anterior, como espírito invisível, destituído de corpo físico. Analisemos alguns de seus argumentos:
1. Mateus 24.3
A organização diz que Jesus não é Deus porque existem coisas que ele não sabe. Esse argumento da STV baseia-se em Mt 24.36, que diz: “Porém daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos do céu, nem o filho, mas unicamente meu Pai”. Este versículo se encontra também em Mc 13.32 e não quer dizer que Jesus não saiba o dia da sua vinda. Não sabia ali, pois estava como homem. O Verbo se esvaziou a si mesmo, por ocasião de sua encarnação, assumindo a natureza humana, sem contudo neutralizar sua divindade e suas prerrogativas. Esvaziou-se do seu poder e do seu conhecimento. É essa a mensagem do capítulo 2 de Filipenses. Jesus renunciou a essas prerrogativas para ser o perfeito homem, sem contudo deixar de ser Deus. Quando Jesus Ressuscitou, não disse que não sabia o dia da sua vinda; ao contrário, disse “É me dado todo o poder no céu e na terra”(Mt 28.18).
Quando os discípulos lhe interrogaram sobre a restauração do reino de Israel, não disse que não sabia, mas disse: “Não vos pertence saber os tempos ou as estações que o Pai estabeleceu pelo seu próprio poder”(Atos 1.7). Jesus agora sabe o dia da sua vinda, pois ele retomou todas as suas prerrogativas divinas na sua glorificação (Fp 2.8-11). Então, o texto que a STV aprecia muito não sustenta a doutrina ensinada aos seus adeptos.
A organização, já ciente dessa realidade, diz:
“E se, conforme alguns sugerem, o Filho estivesse impedido de saber, em razão de sua natureza humana, surge a pergunta: Por que é que o Espírito Santo não sabe?” A STV está levantando outra questão, pois já sabe que não mais convence as pessoas com tal argumento, pois Jesus possuía a natureza humana e também a divina. Agora, envolve o Espírito Santo, e também, em outra publicação, apresenta Cristo após a sua glorificação, na tentativa de derrubar a interpretação ortodoxa, citando Ap. 1.1, 5 pois argumenta: “Se Jesus recebeu a revelação de Deus” é porque o Pai sabe de algo que o Filho glorificado ainda não sabia. O Corpo Governante ensina que o próprio Deus não sabe todas as coisas, que não sabia o resultado da prova de Abraão, em Gn 22.12, 18.20, 21. Veja o leitor a tamanha afronta da organização das Testemunhas de Jeová:
“Ilustração: Uma pessoa que tem um rádio pode ouvir as notícias mundiais. Mas o fato de que pode ouvir certa estação não significa que realmente faça isto. Ela precisa primeiro ligar o rádio e daí selecionar a estação. Da mesma forma, Jeová tem a capacidade de predizer eventos, mas a Bíblia mostra que ele faz uso seletivo e com discrição dessa capacidade que tem, com a devida consideração pelo livre-arbítrio com que dotou suas criaturas humanas.” 6 Essa declaração monstruosa da STV choca qualquer cristão. A teoria da STV é mais ou menos assim: “Jeová é Todo-Poderoso, mas não é muito poderoso”. O próprio Deus contesta essa teoria do Corpo Governante, ao lançar esse desafio, em Is 41.19-23. Eu me consideraria o mais miserável de todos os homens se servisse a um Deus limitado, que não tivesse o controle do universo, que ele mesmo criou e sustenta.
Se o Jeová das Testemunhas de Jeová é um Deus limitado, que “faz uso seletivo” não poderia ser o caso de Jesus? De qualquer forma a STV não tem saída!
Assim, a interpretação de que ele não sabia o dia de sua vinda porque estava como homem, não pode comprometer sua deidade absoluta. Com isso, o Corpo Governante ensina que tal conhecimento é condição básica para ser Deus. Nesse caso, como fica sua declaração acima? Agora, vem a pergunta: “Quem disse que o Espírito Santo não sabe”? Se a palavra “ninguém” não pode excluir o Espírito Santo, logo não poderá também excluir o Pai, em Ap. 19.12, que diz: “...e tinha um nome escrito que ninguém sabia, senão ele mesmo”, e a passagem fala de Cristo. Essa passagem bíblica destrói completamente os argumentos da STV baseado em Mc 13.32 e Ap 1.1.
2. João 14.28
Segundo o Corpo Governante, Jesus disse ser inferior ao Pai, logo não pode ser ele Deus. A STV ensina isso com base em Jo 14.28, que diz: “Ouviste o que eu vos disse: Vou, e venho para vós. Se me amásseis, certamente exultaríeis por Ter dito: Vou para o Pai: porque o Pai é maior do que eu”. Os arianistas se apegaram, com muita garra, nesse versículo para negar a divindade de Cristo, e hoje o Corpo Governante constrói um castelo em cima dele, querendo assim provar, pela Bíblia, que Jesus é inferior ao Pai, e, portanto, segundo a STV, não pode ser Deus.
A humanidade de Cristo, ou seja, esta subordinação ao Pai, dirigida pelo Espírito Santo, foi uma condição para o seu messiado, e isso não neutraliza a sua deidade. Jesus Tornou-se homem, como já vimos, e como homem submeteu-se ao Pai durante todo o tempo da sua vida terrena.
Se a expressão “O Pai é maior do que eu”, proferida pelo próprio Cristo, fosse um ensino bíblico que negasse a sua divindade, seríamos obrigados, (Também a própria STV) a aceitar Jesus como inferior até mesmo aos anjos, pois está escrito em HB 2.9: “Vemos, porém, coroado de glória e de honra aquele Jesus que fora feito um pouco menor do que os anjos, por causa da paixão da morte, para que, pela graça de Deus, provasse a morte por todos”. Se a STV admite que o Filho é inferior ao Pai por causa dessa expressão de Jesus, logo é também compelida a ensinar que Jesus é inferior aos anjos, pois o texto de Hb 2.9 assim o expressa; no entanto, a organização ensina ser o Filho superior aos anjos.
Em Lc 2.51, diz: “e era-lhe sujeito”. Ensina a STV que seus pais eram também superiores a Jesus? Fica provado aqui que o texto de Jo 14.28 não invalida a deidade do filho. Trata-se de uma missão terrena na direção do Espírito Santo e na submissão espontânea que ele assumiu com o Pai.
3.- João 1.18
A STV argumenta que Deus nunca foi visto por alguém. O Filho foi, logo ele não pode ser Deus. A organização baseia esse argumento em Jo 1.18, que diz: “Deus nunca foi visto por alguém. O Filho Unigênito, que está no seio do Pai, este o fez conhecer”, ou o “o Deus unigênito” conforme versões Atualizada e Revisada de Almeida, falsificada na Tradução do Novo Mundo, pois usa letra minúscula para Deus, “deus”. Essa interpretação é muito artificial e traz problemas para a própria organização, pois, mais uma vez ela se contradiz. Sabemos que ninguém jamais viu a Deus na sua essência e na sua glória, assim como ele é. Da mesma maneira que acontece com Cristo. Isso é admitido pela STV:
“Desde que jamais existiram homens terrestres que viram o Pai, a quem nenhum homem viu, nem pode ver, tão pouco verão o glorificado Filho. - Êxodo 33.20; I Timóteo 5.15”.7 A passagem bíblica de 1 Tm 6.16, diz: “Aquele que tem, ele só, a imortalidade, e habita na luz inacessível; a quem nenhum dos homens viu nem pode ver; ao qual seja honra e poder sempiterno. Amém”. A STV afirma que essa passagem bíblica se aplica a Jesus. Isso ainda acontece na revista A Sentinela, 15/05/1979, p.32, onde a organização ocupa quase uma página para justificar que tal passagem diz respeito a Jesus. Jesus viveu como homem e no meio dos homens, e dessa forma Deus também foi visto, o mesmo Deus que disse a Moisés: “Não poderá ver a minha face, porquanto homem nenhum verá a minha face, e viverá”(Êx 33.20), foi visto pelo povo, “e viram o Deus de Israel...” (Êx 24.10), e da mesma forma Isaías, 6.1: “eu vi ao SENHOR assentado sobre um alto e sublime trono”, veja também Jó 42.6. Os argumentos da organização, portanto, são inconsistentes e desprovidos de apoio bíblico.
é interessante o debate, mais a biblia fala que possamos discutir sobre esses assuntos?
ResponderExcluire qual é esse império religioso que vai cair, que o povo sempre comenta dizem que está na bíblia!?
e esse tal anti-cristo que dizem que ja esta na terra queim é?
email. easyvideosaulas@hotmail.com
muito bom irmão, que a paz esteja com você.
ResponderExcluirApenas Deus sabe a segunda vinda de cristo?
Jesus sabe o dia e a hora de sua vinda, ele sabe sim amados. Então porque Jesus disse: “Mas, aquele dia e hora, ninguém sabe, nem os anjos que estão no céu, nem o filho, senão o pai”. Mar 13:32
“Mas daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos do céu, mas unicamente meu pai”. Mat 24:36
Simples meus queridos porque quando Jesus veio a terra veio como homem, tinha conhecimento limitado, pois “cresceu em conhecimento” e não sabia o tempo de sua volta.
Em Filipenses 2:6,8: “"o qual, subsistindo em forma de Deus, não considerou o ser igual a Deus coisa a que se devia aferrar, mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, tornando-se semelhante aos homens; e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz."
Creio que devemos entender que o Pai por ter a autoridade de comandar o universo, não destituí o Filho da Onipotência, Onipresença e da Onisciência, atributos exclusivos da divindade. Se Jesus não soubesse o dia de Sua vinda, Ele não seria Deus. Entendo, portanto, que Jesus respeita a autoridade do Pai e na condição de Salvador, Senhor e exemplo deseja que também façamos o mesmo.
Quando ressuscitou, Ele disse: "Toda autoridade Me foi dada no céu e na terra" (Mt 28:18). Ou seja, Ele reassumiu todos os atributos que sempre teve por ser Deus, inclusive a onisciência.