No último sábado assisti o programa do Pr. Silas Malafaia no qual estava presente o pregador americano, Morris Cerullo, que retornava para sua segunda campanha. Na primeira oportunidade como e do conhecimento de muita gente, o citado pregador fez uma campanha na qual as pessoas deveriam telefonar para dar uma oferta de 900 reais, todavia parece que a idéia nos moldes econômicos americano não surtiu o efeito desejado por estar distanciada da realidade econômica brasileira, foi então elaborada uma nova estratégia, utilizando-se uma técnica de mercado muito conhecida a "promoção". No mundo comercial acontece isso todos os dias, quando uma mercadoria vendida por um preço muito alto já não tem mais demanda entre os mais favorecidos economicamente, o estabelecimento comercial baixa o preço para alcançar os mais pobres e continuar faturando. Porém, entendo que a divindade que exige uma oferta de 610 reais da população evangélica no Brasil, não é um deus de inclusão celestial, mas de exclusão, pois, por mais que desejassem, por mais que tivessem fé a maioria dos crentes neste país, no sábado passado e até hoje não tem 600 reais para ofertar e receber a tal da "unção financeira".
Logo, concluímos que essa "unção financeira" é para uma elite privilegiada financeiramente. Não creio num deus mesquinho que estabelece preço para as suas dádivas estabelecendo obstáculos intransponíveis para a maioria das pessoas. Será que esses pregadores não sabem que a maioria dos crentes nesta nação são fiéis na entrega de dízimos e ofertas para as suas igrejas, e este compromisso com a igreja não vale para que o crente seja abençoado também na sua vida financeira? Digo isso, porque os pregadores das finanças parecem não levar em conta esse fato, como se somente eles estivessem realizando a grande "obra de Deus". Esse é sem dúvida um grande indício da filosofia utilitarista e pragmática do mundo pós-moderno. As pessoas querem uma religião que lhes proporcione resultados imediatos, querem servir a um deus do "toma lá dá cá" , isto é, a prática religiosa deve funcionar como um investimento em que damos algo para Deus para recebermos 100 vezes mais, no sentido literal e material. Esse tipo de Evangelho da "promoção" "liquidação" ou qualquer coisa desse tipo está liquidando a fé de muita gente, está mudando o sublime alvo da fé, porque os crentes estão deixando de buscar o Deus abençoador para correm atrás das bênçãos. Jesus nos avisou para não invertemos o propósito "buscai primeiro o reino de Deus e as demais coisas vos serão acrescentadas". Entendo que quando o cristão está comprometido com o reino de Deus, está focado nos valores do reino, ele não depende de nenhuma "unção financeira" para sobreviver. A propósito, eu gostaria de perguntar qual o fundamento bíblico e teológico para essa idéia da "unção financeira" proclamada pelo Morris Cerullo, o qual também se auto-denomina profeta do Senhor, afirmação também um tanto suspeita, pois, sabemos que o ministério profético não existe mais, e João Batista foi o último deles. O Evangelho da "promoção" está colocando o povo para correr atrás das bênçãos, mas antes tem que passar no "cash" deles e deixar uma quantia estipulada, o que pode ser facilitado por meio do cartão de crédito, situação apelativa e constrangedora. Essa ansiedade leva a uma pressa prejudicial que no meu modo de entender fará com que muitos deixem de ser abençoados, pois vão correr sem nada alcançar, pois, não somos nós que devemos correr atrás das bênçãos, são elas que correm atrás de nós. Quem corre dessa forma termina por deixar a benção para trás. Quando estamos vivendo de acordo co a palavra do Senhor "Se ouvires a voz do Senhor teu Deus, virão sobre ti e te alcançarão todas estas bênçãos" Dt 28.2, leia todo o cap. 28 de Deuteronômio e você vai descobrir que não precisa pagar uma determinada quantia para prosperar financeiramente.
Quando o comerciante baixa o preço é porque a demanda caiu, isso pode ser também um sinal da decadência do evangelho da prosperidade que já começa baratear o seu produto porque já não consegue empolgar tanta gente. Queira Deus este também seja um sinal de que os evangélicos no Brasil estão dando mais atenção ao Evangelho bíblico e de reflexão, estão deixando de lado a essa obcecação pragmática pela prosperidade material para buscar os verdadeiros valores do reino.
paz,
ResponderExcluirEv. VICENTE
Parabens pelo excelente comentario, é uma pena realmente que alguns pregadores insistem em dar preços a cada tipo de bênção,exclusivamente para beneficios proprios.
gostei,muito do texto,e concordo com voce.
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirCaro e nobre irmão, parabéns pela sua visão bíblica. A história está se repetindo. A reforma protestante teve grande repercussão por se colocar contra as indulgências. Infelizmente, uma grande parte desses "evangélicos" trocaram o bezerro de ouro pela barra de ouro, o reino de Deus pelo império dos homens. Viva a Cristo ele está voltando.
ResponderExcluirOrlando, Pr
O DÍZIMO TAMBÉM NÃO TEM RESPALDO NA NOVA ALIANÇA
ResponderExcluirEm muitas igrejas, hoje em dia, a doutrina de dizimar tem ensejado escândalos que conspurcam a imagem do episcopado honesto . Conquanto os livros sobre Hermenêutica e os teólogos sérios não endossem a obrigatoriedade do dízimo, tal prática se tornou rapidamente uma exigência aos membros da igreja, nas várias denominações, que insistem em dizer que estão embasadas nas sólidas doutrinas da Bíblia. Existe ainda uma crescente evidência de que quem questiona a legitimidade do dizimar na Nova Aliança é, em geral criticado, como criador de caso ou taxado de cristão imaturo” ( Russel Kelly, Ph.D em Teologia)
Usem a Palavra de Deus para definir a palavra “dízimo”. Abram uma boa “Concordância Bíblica”. Vocês vão descobrir que a definição usada pelos advogados do dízimo está errada. Na Palavra de Deus, o vocábulo “dízimo” não aparece sozinho. Embora já existisse dinheiro, a substância do dízimo divino jamais foi dinheiro. Ele era o “dízimo do alimento”. Isso é muito importante. ** Os verdadeiros dízimos bíblicos eram sempre somente o alimento proveniente das fazendas e rebanhos, somente dos israelitas que vivessem exclusivamente dentro da Terra Santa de Deus, nas fronteiras nacionais de Israel ** A fartura provinha da providência de Deus na agropecuária e não da manufatura ou habilidade do homem.
1 - O dízimo de Abraão não foi um dízimo santo, da Terra Santa de Deus, produzido pelo povo santo de Deus.
2 - O dízimo de Abraão foi do espólio de guerra, o que era comum a muitas nações.
3 - Em Números 31, Deus exige apenas 1% dos espólios de guerra.
4 - O dízimo de Abraão a Melquisedeque aconteceu apenas uma vez, porque Abraão vivia mudando de lugar.
5 - O dízimo de Abraão não proveio de sua riqueza pessoal.
6 - Abraão nada conservou para si mesmo, tendo devolvido tudo.
7 - O dízimo de Abraão não é mencionado em nenhuma parte da Bíblia, a fim de respaldar o ato de dizimar.
8 - Se Abraão serve de exemplo para o cristão dar 10% a Deus, então deveria também ser um exemplo para o cristão dar os restantes 90% a ímpios, como fez Abraão, que deu 90% dos despojos ao Rei de Sodoma! ( Um mandamento de Deus jamais permitiria que Abraão desse 90% dos despojos ao idólatra e pecador rei de Sodoma, uma vez que a vitória foi conseguida com ajuda Deus. Gen. 14;20 – 24).
9 - Visto como nem Abraão nem Jacó tinham um sacerdócio levítico para manter, eles não tinham lugar algum onde entregar os dízimos, durante suas peregrinações.
Honestidade intelectual: A associação Evangelística de Billy Graham não respalda o dízimo na Nova Aliança
“O dízimo só mencionado no NT para descrever praticas vigentes na velha Aliança; no Evangelho, Jesus é um judeu se dirigindo a judeus fariseus que deviam observar um mandamento cerimonial judaico [ “Mas ai de vós, fariseus, que dizimais a hortelã, e a arruda, e toda a hortaliça, e desprezais o juízo e o amor de Deus. Importava fazer estas coisas, e não deixar as outras.” Lc 11: 42]
Para Geraldo,
ResponderExcluirObrigado pelo sua visita ao meu blog e o seu tão precioso comentário. Numa certa perspectiva eu concordo quando você diz que o dízimo só encontra fundamento na Antiga aliança, porque neste período tudoera sob medida, e consequemente as relações do homem com Deus eram muito limitadas. O homem dava a Deus algumas medidas e também recebia dessa forma, pois até o espírito era dado sob medida, conforme está escrito, Eliseu recebeu porção dobrada do espírito de Elias. Entendo que quando contribuimos com o dízimo e pensamos que estamos dando muito, isso mostra como somos mesquinhos e ainda permnecemos nas limitações da antiga aliança. A Nova aliança não nos limita a 10 por cento, porque é aliança dos 100 por cento. Se não estivermos dispostos a entregar tudo a Deus, tudo que somos e o que temos para iinvestirmos no Reino Dele, com certeza Ele não está interessado nos dez por cento. Jesus teve um encontro com um Jovem muito rico e também um religioso praticante, como prerrogativa para que o jovem se tornasse seu discípulo Jesus pediu que ele distribuisse os seus bens com os pobres. O fato em si mesmo não é normativo, porém, nos mostra que na Nova aliança Deus nos pede tudo, por lado o Apostolo Paulo nos diz que ele nos abençoa segundo as suas riquesas em glória.
Por que Paulo, o doutor dos gentios, não escreve uma só linha sobre o Dízimo?
ResponderExcluirDeus levantou Paulo com a finalidade de elaborar a Teologia da Nova Aliança que passaria a orientar a conduta moral, civil e devocional dos crentes. “Para isso fui constituído pregador e apóstolo(digo a verdade em Cristo, não minto) e “doutor” dos gentios na fé e na verdade.” 1TIM 2:7
Como a Velha Aliança era muito poderosa e influente, durando até o ministério terreno de Jesus, caberia a Paulo enumerar quais práticas do velho Testamento tinham sido revogadas e quais vigorariam na Nova Aliança. Se dependêssemos somente dos Evangelhos para compreendermos a Nova Aliança, haveria muita confusão, pois o próprio Jesus praticou o Judaísmo. Como Jesus foi circuncidado, provavelmente, muitos cristãos iam se circuncidar; como Jesus participava das festas judaicas, certamente, muitos cristãos iriam querer promover festas judaicas...Deus levantou Paulo, que redigiu quase 50% do Novo Testamento, para instruir os gentios quanto à Nova Aliança: “Quando Jesus morreu no calvário, o véu do Templo se rasgou de cima em baixo. Neste instante a lei cerimonial foi cravada na cruz. Caducava o velho concerto. Daquele momento em diante, todos os crentes passariam a viver sob a nova aliança.”
Coube a Paulo ensinar a Igreja que o Velho Testamento era constituído de duas leis: A Lei Moral ( Os Dez Mandamentos) e a Lei Cerimonial. Esta última foi anulada, como vemos nesta síntese: A Lei Moral é específica, escrita e promulgada por Deus, o Grande Legislador, Êx. 20: 1; Is. 33: 22; Tg. 4: 12; já as leis cerimoniais, tratavam de cerimônias e celebrações religiosas de caráter transitório e não podiam e nem podem ser comparadas à Lei Moral dos Dez Mandamentos que tem caráter permanente. Paulo julga a lei cerimonial desnecessária aos gentios, porque embora tendo uma forma de culto divino (Hb. 9:1), não passava de um símbolo ou figura de uma realidade que foi Cristo, depois do qual perderia sua importância como prática religiosa, Cl. 2: 13 e 14. Porém, no que toca à Lei Moral dos Dez Mandamentos, sua visão é diferente, At. 24: 14 e 15; I Co. 7: 19.
O dízimo sempre esteve associado à lei Cerimonial, pois se destinava ao sacerdócio levita: “E ali trareis os vossos holocaustos, e os vossos sacrifícios, e os vossos DÍZIMOS, e a oferta alçada da vossa mão, e os vossos votos, e as vossas ofertas voluntárias, e os primogênitos das vossas vacas e das vossas ovelhas. E ali comereis perante o SENHOR vosso Deus, e vos alegrareis em tudo em que puserdes a vossa mão, vós e as vossas casas, no que abençoar o SENHOR vosso Deus.” ( Dt 12:6,7). Sacrifícios, votos, holocaustos,etc pertenciam à qual Lei?. À Lei Cerimonial, claro. Da mesma forma que o Dízimo, que aparece arrolado com as outras práticas cerimoniais. Se o doutor dos gentios entendesse que o dízimo deveria vigorar na Nova A aliança, ele teria repetido a matéria na sua doutrina; afinal, teve inúmeras oportunidades para isso em suas 13 cartas. Mas por que não o fez? Por que sabia que tal prática fora anulada na cruz: “Havendo riscado a cédula que era contra nós nas suas ordenanças, a qual de alguma maneira nos era contrária, e a tirou do meio de nós, cravando-a na cruz.” (Col. 2:14)
Que doutor secular se esqueceria, ao fazer um resumo da história de sua ciência, de abordar uma matéria considerada essencial na sua área? Duvido que um historiador se esquecesse de falar da Grécia, do Império Romano, de Constantinopla, de Cristóvão Colombo, do Renascimento, da Reforma, da 2ª guerra, etc. Que doutor em física, ao recapitular os temas mais importantes dessa ciência, se esqueceria de citar Galileu, Corpênico, Kepler, Newton e Einstein ? Mas os mestres do Dízimo obrigatório (sem fundamento) querem nos fazer crer que o doutor Paulo designado pelo próprio Cristo se esqueceu de tratar do Dízimo e que agora precisamos dessa “emenda” para a Teologia da Nova Aliança. Paulo não trata do dízimo por tudo o que já foi minuciosamente e sobejamente apontado, ou seja, não é matéria da Nova Aliança.
Paz do Senhor, irmao vicente que Deus continue te abençoando, inspirando e usando nessa tão grande obra, onde aqueles que conhecem a verdade nao precisam de previçoes, oroscopo, advinhaçoes ou outras fontes obscuras para saber o que ha de vir, e que mesmo assim estao dispostos a fazer parte daqueles que serao usados por Deus para se opor a tudo que se tem levantado contra as verdades infaliveis da Palavra de Deus.
ResponderExcluirum grande abraço.
do seu irmao em Cristo
Fábio Farias
A paz do Senhor a todos, particularmente achei muito interessante esta matéria que foi amplamente discutida.e quero aqui dizer que por experiência própria, se o dízimo não for ofertado de maneira voluntária deixa de ser um ato de fé e passa a ser uma obrigação.
ResponderExcluirportanto parabéns, caro irmão Vicente pela postagem.