quarta-feira, 18 de agosto de 2010

A ÉTICA A FÉ E A CRÍTICA

O QUE É ÉTICA?

A palavra Ética vem do grego ethos, que significa costume, disposição, hábito. No Latim, vem de mos, com o significado de costume, uso, regra. É a teoria da natureza do bem e como ele pode ser alcançado. Mostra o que é bom, mau, certo ou errado; o que deve ou não dever ser feito. Em resumo: “A Ética é a conduta ideal do indivíduo. Desta forma podemos definir a ÉTICA CRISTÃ – Como o conjunto de regras de conduta aceitas pelos cristãos, tendo por fundamento a Palavra de Deus.

ABORDAGEM ÉTICAS

ANTINOMISMO – É a falta de normas. Tudo depende das pessoas, das circunstâncias. Subjetivista: cada um faz o que entende ser o melhor sob um ponto de vista (Jz 17.6; 21.25).

GENERALISMO – Aceita normas, mas elas não devem ser universais. Baseia-se no utilitarismo. As normas só têm valor dependendo do resultado de sua aplicação. “Os fins justificam os meios”

SITUACIONISMOÉ um meio-termo entre o Antinomismo e o Generalismo. O primeiro não tem regra nenhuma; o segundo tem regra para tudo, mas elas não universais. O Situacionismo só tem uma regra: a do amor. Segundo eles, baseiam-se em Cristo, que resumiu a Lei (normas) numa palavra: amar a Deus e ao próximo (Mt 22.34-40). Mas admitem certas condutas discutíveis à luz da Bíblia. Ex: O adultério para salvar a família da fome.

A ÉTICA CRISTÃ

a) Sua base – As diversas visões filosóficas da Ética podem confundir. Entretanto, o cristão deve basear-se na Palavra de Deus para fazer o que é certo e deixar o que é errado. É a nossa regra de fé e prática. É o código de regra do cristão, especialmente do líder cristão. Á ética cristã não depende da situação, dos meios ou dos fins (Sl 119. 105).

b) A Ética nos Evangelhos – No Sermão da Montanha, encontramos as regras básicas do Reino do Reino de Deus, trazidas por Jesus Cristo. Á Ética do Sermão do Monte e das demais partes do Evangelho é tão elevada que nem mesmo a maioria dos cristão a têm levado à prática.

EXEMPLOS

ü A justiça do cristão deve exceder a dos escribas e fariseus (mt 5.20)

ü Quem somente olhar para uma mulher, pensando em adulterar com ela, já adulterou (Mt 5.28).

ü Só é permitido o divórcio se o cônjuge praticar infidelidade. Outro motivo não tem respaldo nas normas de Cristo (Mt 5.32 19.9).

ü O falar deve ser sim, sim; não, não. O que passa disso é procedência maligna (Mt 5.37).

ü O certo é amar os inimigos, bendizer os que nos maldizem, fazer o bem aos que nos odeiam e orar pelos que nos maltratam (Mt 5.44)

ü Cristo manda que sejamos perfeitos como é nosso Pai que está nos céus (Mt 5.48).

ü Não se deve julgar os outros (Mt 7.1).

ü Só devemos aos homens o que queremos que eles nos faça, (Mt 7.12)

ü Se o irmão pecar contra nós, devemos perdoar sempre, até 70x7 (Mt 18.22).

ü É para dar a César o que é de César e a Deus o que é de Deus (Mt 22.21).

ü Quando o cristão der um banquete (casamento, festa de 15 anos, etc.) não deve convidar os amigos, os irmãos, os parentes, os vizinhos ricos, mas “os pobres, os mancos e cegos” (Lc 14.12-13).

A ÉTICA NAS EPÍSTOLAS

ü Fazer tudo para a glória de Deus (Ico 10.31).

ü Fazer tudo em nome de Jesus, dando gtraças a Deus(Cl 3.17).

ü Fazer de todo o coração, como ao Senhor (Cl 3.23).

ü Fazer o que é lícito e conveniente diante de Deus (I Co 10.23).

ü Não dar escândalo ao mais fraco (I Co 8.9-13).

ü Não fazer nada em caso de dúvida (Rm 14.23).

ü Lembrar que vamos dar contas a Deus as nossas obras ( Rm 13.11-12 Ec 11.9).

ü Evitar aparência do mal (1 Ts 5.22).

UMA ÉTICA PARA A CRITÍCA

CRÍTICA – É a arte de apreciar méritos e deméritos de um desempenho. Objetivo – é permitir o aprimoramento dos desempenhos futuros. A crítica não tem o propósito de destruir o criticado e sim de ajudá-lo a executar tarefas futuras do modo mais eficiente.

PRINCÍPIOS A SEGUIR DURANTE A CRÍTICA

Aceitabilidade – A Crítica deve ser aceita por quem a recebe. Observe alguns pontos que visam facilitar essa aceitação da crítica.

a) Não usemos expressões de caráter pessoal “eu faria assim, faça como eu faço”, etc.

b) Não ridicularizemos nem sejamos sarcásticos. Quem ;e criticado, ao sentir-se ridicularizado, adota uma posição defensiva, impermeável à crítica.

c) Não critiquemos visando a aumentar nosso “cartaz”. Apreciar somente os méritos, deixando de lado os deméritos, pode surtir efeitos oposto

Objetividade – A crítica deve se objetiva. Alguns pontos devem ser observados, os quais visam o objetividade:

a) Não sejamos prolixos. Procuremos ser precisos e concisos em nossas considerações.

b) Não critiquemos pontos relativamente sem importância, deixando de lado mérito e defeitos realmente importantes.

c) Não devemos ressaltar nossa competência à audiência. Não podemos fazer da crítica uma tribuna para nossa sapiência

Oportunidade – É fundamental, ao fazer uma crítica, estar utilizando a oportunidade certa. Para isso devemos considerar três aspectos: ONDE, QUANDO E COMO.

a) Onde fazer a crítica – Deve ser feita em ambiente reservado e próprio, o qual deve ser restrito aos interessados diretamente no assunto.

b) Quando fazer a crítica – deve ser feita o mais cedo possível. Uma crítica tardia pode impedir sua aceitação face a opiniões apresentadas depois do desempenho observado.

c) Como fazer a crítica – Pode ser apresentada de modo verbal ou escrito, ambos os modos possuem vantagens e desvantagens. A Crítica escrita é mais duradoura, reservada e pode representar uma orientação permanente. A crítica oral é mais proveitosa para o grupo, pois todos se beneficiam das sugestões apresentadas.

Participação – A crítica pode ser considerada como um degrau a mais processo da aprendizagem. Por essa razão todos os elementos nela engajados deverão participar ativamente.

APLICAÇÃO – Um fato bíblico que pode ser apresentado como ótimo exemplo de crítica (no sentido que estamos tratando), é o de Jetro, quando se encontra com Moisés e discorda do modo como o povo está sendo atendido em seus interesses ( Êx 18.13,27.). Tal crítica foi realizada conforme aqui conceituada.

Vejamos:

ü Jetro apreciou os méritos e deméritos do desempenho de Moisés (DEFINIÇÃO)

ü Jetro pretendia que o desempenho de Moisés fosse aperfeiçoado (OBJETIVO).

ü Moisés aceitou a crítica (Aceitabilidade)

ü Jetro criticou o que era importante (Objetividade)

ü Jetro criticou Moisés lá onde ele estava, na hora em que observou o problema (Oportunidade).

ü Jetro discutiu o problema com Moisés, e não com outra pessoa qualquer (Participação).

O texto bíblico mostra que a crítica de Jetro alcançou o objetivo de aperfeiçoar o desempenho de Moisés.

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