A
preservação dos ensinos dados pelo Senhor Jesus se constituiu na maior
preocupação dos apóstolos e demais lideranças da igreja primitiva. Podemos
afirmar com segurança que “Perseverança” é o vocábulo que melhor define a postura
dos primeiros cristãos. O livro de Atos dos Apóstolos nos proporciona
testemunhos muito importantes que nos revelam o empenho dos discípulos para a
transmissão “Querigmática” do Evangelho se processasse de forma que fosse
mantida a integridade de toda verdade ensinada por Jesus, Paulo, Pedro, Tiago e
todas demais lideranças instituídas pelo Espírito Santo para desenvolver a
teologia cristã. A conceituação do termo “doutrina” pode ser muito simples,
tendo em vista que esse termo pode ser definido simplesmente como “ensino”. A base e o corpo da doutrina cristã está
contida na Bíblia, que o registro da revelação divina. A reflexão humana através
da história sobre a revelação neo-testamentaria que foi dada aos primeiros, deu
origem a que denominamos de “Teologia”, e essa teologia com o passar do tempo
foi adquirindo vários desdobramentos com as mais diversas nomenclaturas, porém,
se resume num grande dos homens para apresentarem explicações mais amplas, profundas
e aplicáveis na existência dos seres humanos. Esses empreendimentos da teologia
nem sempre foram produtivos no sentido de contribuírem para a preservação da
integridade da doutrina cristão, pelo contrário, muitos movimentos teológicos têm
caminhado na “contra mão” da verdade cristã, e assim tais supostas “teologias”
apenas tem servido para realizar uma descontrução da verdade. Nesse aspecto devo apenas mencionar a teologia liberal, cujos os postulados baseavam-se apenas em conceitos filosóficos e humanistas, com o propósito de reformular a fé cristã em harmonia com o iluminismo, e a das perspectivas do iluminismo. Imbuídos desse intento desferiram terríveis ataques contra as doutrinas ortodoxas, isto é, a doutrina cristã que tinha as suas raízes nos ensinos de Jesus e dos apóstolos. Essa corrente de pensamento foi mais ofensiva do qualquer outra heresia, inclusive as que foram combatidas pelos famosos pais da igreja, entre Tertuliano, Irineu, Eusébio, Atanásio e outros tantos. Entre tais heresias podemos citar o Gnosticismo, o Donatismo, o Arianismo, Unitarismo e assim por diante. Entre os principais teólogos liberais percebe-se um projeto deliberado para desfazer da integridade da doutrina cristã, até então crida e vivenciada por todos os cristãos de diversas gerações. Considerado o pai do liberalismo teólogico, Schleiermacher foi o pioneiro para a reconstrução da teologia mediante o uso de uma base filosófica articulada. Para Schleiermacher a fé e a redenção do Ser depende fundamentalmente de um "sentimento", o qual leva o homem a viver uma vida de total dependência de Deus. Nesse raciocínio o fundamento da fé já não se acha naquilo que Deus diz (a revelação divina) nem naquilo que o homem experimenta. A partir desse critério filosófico todas as doutrina cristãs são reformuladas, ou porque não dizer, eliminadas. Shleiermacher se distanciou tanto das afirmações bíblicas que foi considerado "panteísta" pela maioria dos estudiosos dessa teologia. O panteísmo é a crença que diverge do monoteísmo bíblico e ortodoxo, de um Deus único e pessoal, pois os panteístas acreditam que "tudo é Deus, e Deus é tudo", não distinguindo o Criador da coisa criada. Outro exemplo de atentado contra a integridade da doutrina cristã pode ser visto na obra do teólogo alemão Rudolf Bultmann, pois o mesmo é conhecido pela sua famosa teoria da "Desmitologização". Segundo esse teólogo a doutrina cristã precisava ser reelaborada, pois a linguagem mitológica da Bíblia estabelecia grandes obstáculos para que a mensagem cristã fosse acatada pela mente racional de um homem havia avançado no conhecimento científico e filosófico. Por isso, Bultumann vai propagar que tudo na bíblia que contrariar a razão humana poderá ser reinterpretado por meio do método da "desmitologização", isto é, tudo que ultrapassar os limites da razão se dá fato da presença dos elementos mitológicos do texto que apenas uma relação com as crenças e lendas dos povos antigos. Por outro lado outros movimentos se levantaram para conter o ímpeto liberal, e assim evitar uma total descaracterização da doutrina cristã. Além da forte resistência da ortodoxia evangélica temos a importante participação dos chamados teólogos "neo-liberais", os quais mesmo divergindo de alguns pontos da ortodoxia não podiam permitir que tais pensadores tratassem a Palavra de Deus como se fosse apenas uma filosofia diferenciada, e não a revelação vinda direta do Eterno Deus. Entre os teólogos neo-ortdoxos está Karl Barth, o qual foi de inestimável importância para impedir que as reformulações dos liberais viessem a suplantar a teologia cristã ortodoxa na base de fé que entende que a Bíblia é palavra Deus revelada e na mesma não existem equívocos de qualquer natureza. Apesar de ter uma elaboração teológica com algumas nuances que não se harmonizam com a teologia ortodoxa, Barth ficou conhecido como "O Teólogo da Palavra", pois a teologia dele supervaloriza a Palavra do Senhor e em todos os momentos denfende-a com a plena revelação de Deus. Para Barth uma teologia que não está centrada na Palavra de Deus, não passa de um discurso vazio e sem sentido.
DESVIOS DA DOUTRINA DE DEUS
Na medida em que a doutrina ortodoxa de Deus e da Trindade sofria erosão na teologia liberal, novos esforços foram feitos para reformular a doutrina de Deus. A teologia liberal realmente teve como ponto de partida o panteismo na teologia de Schleiermacher. Mas este não poderia ser o lugar de descanso final da doutrina de Deus sustentada pelos liberais. A fim de ressaltar a imanência de Deus, sem porém, cair no panteísmo, o liberalismo falava do panteísmo , "Deus em todas as coisas". Isto salvaguardaria a doutrina da imanência divina (a presença de Deus no mundo) que era tão importante para o liberalismo religioso, e, porém, segundo se esperava, salvá-la-ia de um panteísmo que seria fatal para a teologia cristã. Um segundo desvio muito importante para longe do modo histórico de entender a doutrina de Deus foi o impacto da teologia ética sobre a teologia cristã. Foi o filosófo Kant que realmente introduziu o conceito da teologia ética, e este conceito recebeu um grande apoio do filósofo Johann Fichte (1762-1814), um seguidor fiel de Kant. O resultado foi uma sentimentalização do conceito de Deus. Deus o Pai celestial é também um Deus de moral sentimental. Um Deus assim não poderia castigar severamente os maus nesta vida; nem sequer era segundo a ética para Jesus carregar sobre Sí os pecados e o julgamento em prol do mundo; nem era segundo a ética castigar os homens para sempre no inferno. Logo, quando a teologia liberal ficou sendo tão preocupada eticamente, e tão sentimental na sua doutrina da paternidade de Deus, foi subvertida toda a severidade e fibra moral do modo histórico e ortodoxo de entender a Deus. O unitarismo tem tido uma longa história no cristianismo e era conhecido na igreja primitiva como o monarquismo. No século XIX tinha um defensor articulado na Grã-Betanha na pessoa do famoso estudioso, James Matineu (1815-1900). Nos Estados Unidos, a negação do trinitarismo teve suas raízes no racionalismo dos anos 1700, e emergiu como denominação nos anos 1800. Foi um abalo para o unitarismo quando um dos seus maiores defensores, T.S. Eliot, virou as costas ao unitarismo por causa da sua impotência espiritual e sua esterilidade teológica, e voltou-se para a ortodoxia anglicana.
DESVIOS DA DOUTRINA DE DEUS
Na medida em que a doutrina ortodoxa de Deus e da Trindade sofria erosão na teologia liberal, novos esforços foram feitos para reformular a doutrina de Deus. A teologia liberal realmente teve como ponto de partida o panteismo na teologia de Schleiermacher. Mas este não poderia ser o lugar de descanso final da doutrina de Deus sustentada pelos liberais. A fim de ressaltar a imanência de Deus, sem porém, cair no panteísmo, o liberalismo falava do panteísmo , "Deus em todas as coisas". Isto salvaguardaria a doutrina da imanência divina (a presença de Deus no mundo) que era tão importante para o liberalismo religioso, e, porém, segundo se esperava, salvá-la-ia de um panteísmo que seria fatal para a teologia cristã. Um segundo desvio muito importante para longe do modo histórico de entender a doutrina de Deus foi o impacto da teologia ética sobre a teologia cristã. Foi o filosófo Kant que realmente introduziu o conceito da teologia ética, e este conceito recebeu um grande apoio do filósofo Johann Fichte (1762-1814), um seguidor fiel de Kant. O resultado foi uma sentimentalização do conceito de Deus. Deus o Pai celestial é também um Deus de moral sentimental. Um Deus assim não poderia castigar severamente os maus nesta vida; nem sequer era segundo a ética para Jesus carregar sobre Sí os pecados e o julgamento em prol do mundo; nem era segundo a ética castigar os homens para sempre no inferno. Logo, quando a teologia liberal ficou sendo tão preocupada eticamente, e tão sentimental na sua doutrina da paternidade de Deus, foi subvertida toda a severidade e fibra moral do modo histórico e ortodoxo de entender a Deus. O unitarismo tem tido uma longa história no cristianismo e era conhecido na igreja primitiva como o monarquismo. No século XIX tinha um defensor articulado na Grã-Betanha na pessoa do famoso estudioso, James Matineu (1815-1900). Nos Estados Unidos, a negação do trinitarismo teve suas raízes no racionalismo dos anos 1700, e emergiu como denominação nos anos 1800. Foi um abalo para o unitarismo quando um dos seus maiores defensores, T.S. Eliot, virou as costas ao unitarismo por causa da sua impotência espiritual e sua esterilidade teológica, e voltou-se para a ortodoxia anglicana.
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