segunda-feira, 6 de junho de 2011

PAISSANDU X REMO; BELÉM X BELENZINHO OU ASSEMBLÉIA DE DEUS X CGADB ?

O título acima parece a princípio, um tanto sem significado, porém foi o que me veio a mente para tentar expressar a minha insatisfação com o que está acontecendo com relação as comemorações do centenário da Assembléia de Deus no Brasil. No último sábado ao assistir, numa emissora de rede nacional, os programas produzidos pelas lideranças que estão encarregadas pelos eventos comemorativos de maior vulto a nível nacional, percebi existir uma total indiferença de ambas as partes. As duas programações parecem até que estão tratando de situações diferentes, denominações distintas. Embora muitos prefiram se omitir sobre as razões que geraram e mantêm essa desagradável realidade para todos os assembleianos do país, a verdade é que as causas que motivam tudo isso já é do conhecimento das lideranças e até mesmo da maioria dos membros da igreja, isso se deve ao fato, que um certo mega-pastor já utilizou o seu programa para agravar mais ainda o quadro, ao expor de forma detalhada para mundo não cristão, questões que devem ser tratadas no âmbito eclesiástico. Creio que o profeta nunca se cala diante do erro, porém, é necessário ser ético para agir com sabedoria e prudência, para não colocar a boca no trombone tão somente com o propósito da auto-promoção, e construir um palco em cima do fracasso de alguns irmãos. Todavia, o que me fez escrever essas linhas, foi que ao assistir programação já mencionada, fiquei sabendo que em Belém do Pará vai acontecer duas grandes celebrações de encerramento do centenário, a mais autêntica, isto é, mais enraizada com os fatos históricos da denominação no meu ponto de vista é a promovida pelo templo central da Assembléia de Deus de Belém, a qual será no estádio de futebol conhecido como Mangueirão (o qual tem sido palco de muitas disputas entre o Remo e o Paissandu). A outra comemoração de encerramento apoiada pela CGADB, cujo o presidente é o Pr. José Wellington que é o presidente da A D do campo do Belenzinho em São Paulo, será realizada no estádio do grande rival da equipe do Paissandu, o clube do Remo. Essas duas equipes de futebol expressam um maiores símbolos de rivalidade no estado do Pará. Gostaria de afirmar com segurança que tal rivalidade, conforme o tema acima, só se aplica no contexto do futebol, porém, os últimos acontecimentos testemunham fortemente contra essa hipótese, os quais estão a disposição de todos que queiram conhecê-los por meio dos blogs, de vídeos do youtube e outras fontes. Alguém com o olhar místico poderia chamar isso de "ironia do destino", porém, um olhar bíblico nos revela que a história do povo de Deus está marcada por essas situações, nas quais as lideranças perdem o foco da unidade e preferem enfatizar determinadas partes do Reino e ao mesmo tempo privatizar Deus. Algo semelhante aconteceu nos dias de Salomão, o qual se apegou demais aos negócios terrenos e perdeu a noção no tocante aos interesses divinos, isso desagradou a Deus e fez com Ele levantasse uma outra liderança, Jeroboão, o qual também tornou-se egoísta e manipulador. A partir daí surgiu uma grande rivalidade no campo religioso. Jeroboão demonstrando uma grande insegurança quanto a sua liderança em Israel, tentou evitar que as pessoas fossem à Jerusalém para participar das festas religiosas, tentou criar eventos religiosos tão atrativos quantos os de Jerusalém. Está situação configurou uma rivalidade religiosa cujas as raízes estavam nas questões políticas que existiam entre dois homens, Salomão e Jeroboão. Na realidade muitas lideranças assembleianas tentam promover rivalidades entre o povo Deus, esforçando-se para imprimir na mente dos crentes que seus ministérios são os melhores e mais aceitos diante de Deus. Alguns líderes estabelecem até mesmo medidas opressivas para impedir os membros de suas igrejas de terem comunhão com crentes de outras denominações e até mesmo da própria denominação quando não pertencem a mesma convenção. Tem lideranças que só pensam na unidade da Assembléia de Deus no Brasil, nos momentos em que batem no peito e orgulhosamente dizem: "somos a maior denominação evangélica do Brasil". Assim como acontece entre as equipes de futebol, estamos alimentando a rivalidade, porque ninguém está disposto a ceder espaço para o outro, ninguém está querendo perder alguma coisa, a maioria está olhando para o outro como competidor e não como irmão. Essa situação parece até uma encenação de Mateus 20.20-27 " Então se aproximou dele a mãe dos filhos de Zebedeu, com seus filhos, adorando-o, e fazendo-lhe um pedido. E ele diz-lhe: Que queres? Ela respondeu: Dize que estes meus dois filhos se assentem, um à tua direita e outro à tua esquerda, no teu reino. Jesus, porém, respondendo, disse: Não sabeis o que pedis. Podeis vós beber o cálice que eu hei de beber, e ser batizados com o batismo com que eu sou batizado? Dizem-lhe eles: Podemos. E diz-lhes ele: Na verdade bebereis o meu cálice e sereis batizados com o batismo com que eu sou batizado, mas o assentar-se à minha direita ou à minha esquerda não me pertence dá-lo, mas é para aqueles para quem meu Pai o tem preparado. E, quando os dez ouviram isto, indignaram-se contra os dois irmãos. Então Jesus, chamando-os para junto de si, disse: Bem sabeis que pelos príncipes dos gentios são estes dominados, e que os grandes exercem autoridade sobre eles. Não será assim entre vós; mas todo aquele que quiser entre vós fazer-se grande seja vosso serviçal; E, qualquer que entre vós quiser ser o primeiro, seja vosso servo". Por mais que algumas pessoas digam que aqueles que estão realizando esses eventos não estão pensando em competição, é muito difícil confirmar essa teoria no campo da prática, é só procurar vivenciar alguns momentos com os grupos lá em Belém, para percebermos o espírito de rivalidade se instala em algumas pessoas as vezes de forma consciente e em grande parte como resultado de um processo da psicologia de grupo. O texto acima diz que os discípulos se indignaram com a atitude dos filhos de Zebedeu, e essa é realmente a palavra que expressa com exatidão o que muitos crentes assembleianos estão sentido sobre essas questões.

4 comentários:

  1. Paz,

    Belíssimo texto, porém quanto ao estádio conhecido como Mangueirão, onde a AD em Belém-PA realizará suas festividades, não pertence ao Paissandu, nem está mais ou menos relacionado com ele. O Paissandu possui seu próprio estádio (estádio da Curuzu). Embora a relação de rivalidade de times seja usada como comparação para o caso AD Belém X CGADB, ela não se aplica aqui.

    Paz,

    Moisés Pena

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  2. Paz do Senhor, obrigado pelo comentário e correções. Desculpe-me se a tentativa de fazer uma analogia com o que acontece no mundo esportivo não foi bem clara. Tentei apenas dizer que todos os problemas em torno do centenário é fruto de competição entre algumas pessoas e não da membresia da igreja.

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  3. A cujlpa de tudo isso é do pr. José Welligton que ja passou do tempo de ficar a frente da CGADB e o mesmo nao quer siar de lá de jeito nenhum.
    E o pr. José Welligton passa o trator em quelquer pastor que se candidate a presidencia da INSTITUIÇÃO.
    o pr. Samuel até que se esvaziou de suas razões e se humilhou em busca da paz com José Welligton, pois pr. Samuel e Igreja mãe convidaram o pr. José Welligton para a festa do centenário an igreja mãe e ser um dos preletores, e simplesmente josé Welligton ignorou o convite e não deu resposta, preferiu continuar com a guerra e sem paz.

    olha o convite da igreja mãe ao pr. José Welligton, que ele recusou:


    http://www.adbelem.org.br/100/dawloads/Convite_JW_Centenario.pdf

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  4. as rivalidade dentro de um campo são apenas dentro,fora todos somos amigos seja ele membro ou não,seja torcedor ou não,porem sejamos todos iguais.
    ronilson gatinho de nova iguaçu-rj

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