sexta-feira, 9 de abril de 2010

OS PERIGOS DO DESVIO ESPIRITUAL - conclusão

Quando analisamos a tremenda oposição enfrentada pelo profeta Jeremias, ficamos imaginando como foi possível que o povo de Judá não tivesse reconhecido que o profeta era um autêntico representante de Deus e que a sua mensagem era a suprema verdade. Eles preferiram dar ouvidos a falsas visões, porque elas sempre lhes eram favoráveis, mesmo que isto lhes proporcionassem uma falsa segurança. Na verdade, lá no íntimo dos seus corações a voz da consciência lhes dizia que algo estava errado, mas a verdade é que eles estavam procurando um pretexto para justificar o seu desvio e abandono do Deus verdadeiro. Dessa forma o povo era tão culpado quanto os sacerdotes, os quais procuravam mascarar a realidade de decadência espiritual da nação.

Nessa perspectiva Jeremias diz : "Os teus profetas te anunciaram visões falsas e absurdas, e não manifestaram a tua maldade, para restaurarem a tua sorte; mas te anunciaram visões de sentenças falsas, que te levaram para o cativeiro" Lamentações 2.14. Podemos até admitir que esses sacerdotes pensavam estar cheios do Espírito, mas foram enganados pelos espíritos do mal. Em sua duplicidade, transformaram a luz em trevas. Eles tinham muita retórica, utilizavam o linguagem teológica muito familiar, o que tornou suas mensagens ainda mais perigosas. Garantiram que o julgamento jamais aconteceria para Judá porque Deus estava ao lado do povo. Em primeiro lugar, lá estava o templo do Senhor, e Deus não permitiria que a sua casa fosse destruída pelos gentios ateus! Além do mais, a nação tinha a lei de Deus, o rito da circuncisão e garantia da santa aliança; essas coisas faziam-nos preciosos a Jeová. Os sacerdotes devidamente ordenados estavam diligentes no templo, oferecendo todos os dias sacrifícios designados e orações. A arca da aliança estava encerrada com segurança no Santo dos Santos. Os adoradores traziam dízimos e ofertas, e as despesas eram cobertas. De que mais uma nação precisa?

De uma coisa só: Arrependimento. Mas essa palavra não estava no vocabulário dos pregadores populares. Sua palavra-chave era paz, e sua mensagem era que Jeová estava a disposição do seu povo escolhido. Acontece hoje como na época de Jeremias. As pessoas desejavam ser levadas para o mau caminho, bem como apoiar e defender justamente aqueles que as enganam e destroe. "é o que deseja o meu povo" (Jr. 5.31).

Será possível que nós somos culpados deste mesmo pecado? Será que o nosso amor para com Deus esfriou-se? Estamos procurando uma vida menos exigente, uma vida que não envolve o carregar a cruz?

Um comentário:

  1. Mui digno Pastor, que tem esse belo trabalho, gostaria que tirasse um tempinho e visse o nosso trabalho. Desde Já peço que o Senhor continue abençoando muito. Um grande abraço.

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