sábado, 20 de junho de 2009

PENSAMENTOS SOBRE TEOLOGIA


Chafer: Uma ciência que segue um esquema ou uma ordem humana de desenvolvimento doutrinário e que tem o propósito de incorporar no seu sistema a verdade a respeito de Deus e o Seu universo a partir de toda e qualquer fonte (Lewis Sperry Chafer).

Chafer: Teologia sistemática pode ser definida como a coleção, cientificamente arrumada, comparada, exibida e defendida de todos os fatos de toda e qualquer fonte referente a Deus e às Suas obras. Ela é temática porque segue uma forma de tese humanamente idealizada, e apresenta e verifica a verdade como verdade (Lewis Sperry Chafer).

Alexander: A ciência de Deus... um resumo da verdade religiosa cientificamente arranjada, ou uma coleção filosófica de todo o conhecimento religioso (W. Lindsay Alexander).

Hodge: A teologia sistemática tem por objetivo sistematizar os fatos da Bíblia, e averiguar os princípios ou verdades gerais que tais fatos envolvem (Charles Hodge).

Strong: A ciência de Deus e dos relacionamentos de Deus com o universo (A. H. Strong).

Thomas: A ciência é a expressão técnica das leis da natureza; a teologia é a expressão técnica da revelação de Deus. Faz parte da teologia examinar todos os fatos espirituais da revelação, calcular o seu valor e arranjá-los em um corpo de ensinamentos. A doutrina, assim, corresponde às generalizações da ciência (W. H. Griffith Thomas).

Shedd: Uma ciência que se preocupa com o infinito e o finito, com Deus e o universo. O material, portanto, que abrange é mais vasto do que qualquer outra ciência. Também é a mais necessária de todas as ciências (W. G. T. Shedd).

quinta-feira, 11 de junho de 2009

A SOBERANIA DE DEUS

Todos podem e devem orar por cura e pela solução dos mais intrincados problemas de ordem pessoal. Mas a libertação não é para todos. Deus reserva a si a decisão de libertar ou não libertar. Ninguém pode impor coisa alguma a Ele.
Junto à Porta das Ovelhas, em Jerusalém, havia um tanque chamado Betesda, que tinha cinco entradas. Dizia-se que de vez em quando um anjo descia e revolvia a água. Então o primeiro que entrava no tanque era curado de qualquer enfermidade. Por essa razão ficavam por ali um grande número de doentes e inválidos: cegos, mancos e paralíticos. Um deles estava nesse lugar há 38 anos na esperança de ser curado de sua paralisia. Jesus o viu e o curou. Só a ele e a nenhum outro doente, embora fossem muitos e igualmente sofredores.
Mais tarde, Jesus lembra que no tempo de Elias havia muitas viúvas em Israel e “a nenhuma delas foi o profeta enviado, senão a uma viúva de Sarepta” (Lc 4.26). E no tempo de Eliseu havia muitos leprosos em Israel, e nenhum deles foi purificado, senão Naamã, o siro” (Lc 4.27).
Por ocasião da primeira grande perseguição aos cristãos, Herodes fez passar ao fio da espada a Tiago, irmão de João, ambos filhos de Zebedeu. E quando pretendia fazer o mesmo com Pedro, Deus o livrou da prisão e da morte (At 12.1-19). Por que Deus não curou outras viúvas, outros leprosos e outros enfermos junto ao tanque de Betesda? Por que não poupou Tiago das mãos de Herodes? Por que não curou o estômago e as freqüentes enfermidades de Timóteo (1 Tm 6.23)? Por que não curou Trófimo em Milero, antes da partida de Paulo (2 Tm 4.20)? Não terá sido por falta de compaixão nem por falta de poder da parte de Deus, nem por falta de fé e santidade de vida da parte dos necessitados. Essa é uma pergunta sem resposta pessoal, pelo menos agora. Se o milagre acontecesse a cada momento e a todos os que sofrem, deixaria de ser milagre para ser algo corriqueiro. Deus não recebe ordens. Ele recebe súplicas, que são atendidas ou não, de acordo com a sua sabedoria e o livre exercício de sua soberania. Tudo isso valoriza o milagre, a graça, a oração e a autoridade de Deus. Em suma, é preciso que você se curve diante da declaração de Jesus: “O Filho vivifica aqueles a quem quer” (Jo 5.21) e diante da soleníssima declaração do Pai: “Terei misericórdia de quem Eu quiser; terei compaixão de quem Eu desejar” (Rm 9.15, ).

terça-feira, 2 de junho de 2009

HERMENÊUTICA BÍBLICA

NOÇÕES SOBRE HERMENÊUTICA BÍBLICA


DEFINIÇÕES:
A palavra hermenêutica é uma transliteração do termo grego hermeneutike.
Hermeneutike é derivado do verbo hermeneuo que pode ser traduzido por explicar. Em Lucas 24:25-28 encontramos a palavra hermenia = explicou, como a raiz da palavra sendo hermenêutica. Sendo assim , hermenêutica é a ciência que nos ensina os princípios, as leis e métodos de interpretação.

A Hermenêutica como ciência ( princípio ) e a arte ( tarefa ) do sentido do texto.
- Como ciência a hermenêutica enuncia princípio, investiga as leis do pensamento e da linguagem e classifica seus fatos.
- Como arte, ensina como esses princípios devem ser aplicados e comprova a validade deles.
A finalidade da hermenêutica é revelar o sentido da verdade bíblica. Isto nos leva a pergunta o que é a verdade? No antigo testamento a verdade é “emeth” que significa ser firme. É a verdade como uma característica de Yavé, pois as palavras de Yavé atuam como regras de verdade. Este era o fundamento da sociedade hebraica.
No novo testamento a verdade é Aletheia tem significado de algo que não esta oculto, o que é revelado.

ALETHEIA e suas dimensões no N.T.
a) Ética – Rm. 1:18.
b) Validade e Constância – Ef. 4:21.
c) Fidelidade e Veracidade – Rm. 3:7.
d) Verdadeira Fé – 2 Co. 13:8.

CONSIDERAÇÕES SOBRE A INTERPRETAÇÃO DA BÍBLIA.
a) Foi escrita num idioma diferente do nosso e com suas particularidades além de sua antigüidade.
b) Suas expressões falaram sobre pessoas, lugares, idéias, e conceitos que culturalmente nós não temos.
c) Não devemos permitir que nossos pressupostos influenciem na interpretação do texto.

REQUISITOS PARA O INTERPRETE
a) Estar em harmonia com autor da bíblia.
b) Crer na inspiração plenária e na inerrância das escrituras. II Pe. 1:21.
c) Se entender como profeta, “aquele que fala por Deus ao homem, ou mais especificamente, aquele que traz as palavras de Deus ao homem. Ex. 7:1.; Deut. 18:18 ; Is 8:11.
d) Ter humildade. Sabendo que todo o conhecimento procede Deus e nos confirmado pelo Espirito Santo. Jo. 14:26; I Ts 2:13.; I João 5:912; I Co. 2:7-13.

A HERMENÊUTICA E A SUA RELAÇÃO COM A EXEGESE.
Enquanto a HERMENÊUTICA estuda e sistematiza os princípios e técnicas, com as quais, partindo de determinados pressupostos, se busca compreender o sentido original do texto bíblico; A EXEGESE, designa a prática destes princípios e técnicas; e aplicação, designando a busca da relevância do texto ao nosso contexto específico. A exegese pode ser definida como a verificação do sentido do texto bíblico dentro dos seus contextos históricos e literários. A exegese é a interpretação propriamente dita da bíblia, ao passo que hermenêutica consiste nos princípios pelos quais se verifica os sentidos.
PRINCÍPIOS DE INTERPRETAÇÃO
a) Histórico – cultural – Considera o ambiente cultural do autor, a fim de entender suas relações, referências e propósitos.
b) Contextual – Considera a relação de uma passagem com o corpo todo do escrito de um autor, para melhores resultados de uma compreensão proveniente de um conhecimento do pensamento geral.
c) Gramatical – (Lexico – sintática) – atenta para a compreensão das definições de palavras e suas relações umas com as outras a fim de compreender com maior exatidão o significado que o autor tencionava transmitir.
d) Histórica - é impossível entender um autor e interpretar corretamente suas palavras sem que ele seja visto à luz de suas circunstâncias históricas.
e) Teológica – estuda o nível de compreensão teológica na época da redação a fim de averiguar o significado texto para seus primitivos destinatários.
f) Criticismo ou crítica bíblica – surgiu com a pretensão de tornar científicos os estudos bíblicos, ou seja, faze-los compatíveis com o modelo científico e acadêmico da época. É utilizado pelo liberalismo teológico. Trata-se sem dúvida de uma hermenêutica racionalista. Ao invés da revelação governa a razão, a razão é que determina a revelação.
g) Alegórica – Segundo este método, as passagens das escrituras teriam quatro sentidos : um literal, e três sentidos espirituais: moral, alegórico e anagógico. O sentido literal seria registro do que aconteceu (o fato); o sentido moral conteria a exortação quanto a conduta (o que fazer) ; o sentido alegórico ensinaria uma doutrina a ser criada (o que crer) , e o sentido anagógico apontaria para uma promessa a ser cumprida (o que esperar). Este método fornece esplêndidas interpretações, todavia poderá desviar o interprete do verdadeiro sentido texto.

ESTUDANDO AS FIGURAS DE LINGUAGEM
Ocorre quando uma palavra ou expressão é usada em sentido diferente daquele que lhe é próprio. Baseiam-se em certas semelhanças ou em relações definidas.

A METÁFORA – é uma figura de linguagem em que um objeto é assemelhado a outro, afirmando ser o outro, o falando de si mesmo como se fosse o outro.
Ex: Salmo 18:2. – Lc. 13: 32
Existem dois tipos de metáforas na bíblia.
a) antropopatismo – atribui-se a Deus emoções, paixões e desejos humanos ( Gn. 6-6; Deut. 13:17; Ef. 4:30).
b) Antropomorfismo - Atribui-se a Deus membros corporais e atividades físicas ( Êx. 15:16; Sl. 34:16; Lam. 3:56; Zac. 14:4; Tg. 5:4).e parábolas.

ALEGORIAS E PARÁBOLAS – a alegoria se caracteriza pelo uso de alguma história ou fato que se admite. Sl. 80: 8-15; Jo. 10.1-18. Diferencia-se da parábola devido ao fato de que , a parábola é em si mesma a suposta história ou fato.
¨A parábolas usa palavras em sentido literal, e sua narrativa nunca ultrapassa os limites daquilo que poderia ter acontecido.
"A alegoria usa palavras no sentido metafórico, e sua narrativa, ainda que em si mesma seja possível, é manifestamente fictícia.

EUFEMISMO – Consiste numa linguagem light (branda), para evitar impacto (At. 7.60) “e quando disse isto, adormeceu”.

HIPÉRBOLE – de uso vasto, consiste no uso de um exagero retórico (Gn. 22:17; Deut. 1:28; II Crô. 28:4).
IRÔNIA – Contém censura ou ridículo camuflado de louvor ou elogio ( Jó. 12:2; I Reis 22:15; I Co. 4:6 ... I Co. 4:8; I Reis 18:27.