O EVANGELHO DE JOÃO.
O Evangelho de João foi descrito como o livro mais fácil e mais difícil de se entender da Bíblia. O grego de João é de estilo simples, contudo, jamais impreciso.
Durante os últimos cinquenta anos, o Ev. de João foi objeto de exame crítico e extensiva especulação por estudiosos que tentaram resolver os problemas joaninos. Alguns estudiosos argumentaram que esse evangelho pressupõe um cenário judaico, enquanto outros afirmam ser pressuposto um cenário grego. O fato de que o escritor estava familiarizado com os costumes judaicos, incluindo festas e geografia, dá a impressão de que o Evangelho foi escrito por um judeu para os judeus. Por outro lado, o uso, por João, dos termos luz, vida e verdade parece ter uma afinidade com o pensamento filosófico, e são numerosas as expressões paralelas na literatura helênica (grega).
O Evangelho de João foi descrito como o livro mais fácil e mais difícil de se entender da Bíblia. O grego de João é de estilo simples, contudo, jamais impreciso.
Durante os últimos cinquenta anos, o Ev. de João foi objeto de exame crítico e extensiva especulação por estudiosos que tentaram resolver os problemas joaninos. Alguns estudiosos argumentaram que esse evangelho pressupõe um cenário judaico, enquanto outros afirmam ser pressuposto um cenário grego. O fato de que o escritor estava familiarizado com os costumes judaicos, incluindo festas e geografia, dá a impressão de que o Evangelho foi escrito por um judeu para os judeus. Por outro lado, o uso, por João, dos termos luz, vida e verdade parece ter uma afinidade com o pensamento filosófico, e são numerosas as expressões paralelas na literatura helênica (grega).
A U T O R I A - Ë geralmente aceito que este evangelho tenha sido escrito por uma testemunha ocular. O discípulo a quem Jesus amava e que estava presente à última ceia e, finalmente, à crucificação e ao túmulo vazio, é o mesmo “que dá testemunho destas coisas” Jo 21:24. Estes fatos a respeito da testemunha ocular advogam a autoria de João o apóstolo.
Através de Irineu, temos a maior evidência externa de que a autoria do 4º Evangelho foi atribuída ao apóstolo João. Irineu afirmou: “Depois João, o discípulo do Senhor, que se inclinava sobre o seu peito, ele mesmo produziu seu evangelho, quando morava em Éfeso, na Ásia”. A autoridade de Irineu está baseada em Policarpo, que afirmou ter sido “instruído pelos apóstolos, e teve relações familiares com muitos que haviam visto a Cristo, e também fora designado Bispo pelos apóstolos na Ásia, na igreja de Esmirna, a quem também vimos em nossa juventude, pois viveu muito...” Nos últimos anos de seu ministério, João trabalhou na Ásia e publicou o Evangelho em Éfeso. Uma vez que o reinado de Domiciano continuou até 96 d.C. e Trajano tornou-se imperador em 98 d.C., o apóstolo João deve Ter vivido até quase o final do primeiro século. Ele pode ter escrito seu evangelho em qualquer época entre 60 e 100 d.C.. É geralmente preferida uma data próxima ao final de seu ministério por aqueles que se prendem à autoria joanina. Foi escrito, provavelmente, entre 85 d.C. e 95 d.C.
Através de Irineu, temos a maior evidência externa de que a autoria do 4º Evangelho foi atribuída ao apóstolo João. Irineu afirmou: “Depois João, o discípulo do Senhor, que se inclinava sobre o seu peito, ele mesmo produziu seu evangelho, quando morava em Éfeso, na Ásia”. A autoridade de Irineu está baseada em Policarpo, que afirmou ter sido “instruído pelos apóstolos, e teve relações familiares com muitos que haviam visto a Cristo, e também fora designado Bispo pelos apóstolos na Ásia, na igreja de Esmirna, a quem também vimos em nossa juventude, pois viveu muito...” Nos últimos anos de seu ministério, João trabalhou na Ásia e publicou o Evangelho em Éfeso. Uma vez que o reinado de Domiciano continuou até 96 d.C. e Trajano tornou-se imperador em 98 d.C., o apóstolo João deve Ter vivido até quase o final do primeiro século. Ele pode ter escrito seu evangelho em qualquer época entre 60 e 100 d.C.. É geralmente preferida uma data próxima ao final de seu ministério por aqueles que se prendem à autoria joanina. Foi escrito, provavelmente, entre 85 d.C. e 95 d.C.
F O N T E S - A crítica literária chegou à conclusão que, enquanto se torna duvidosa a identificação clara das fontes, produz-se alguma evidência de que o autor realmente usou fontes. Parece que se o autor realmente se valeu de fontes, ele próprio as escreveu. O evangelista extraiu de fontes orais independentes e originais que não estão, na maior parte, ligadas às fontes dos Sinóticos. Há grande evidência em favor do ambiente palestino para esta tradição, e, mais uma vez, podemos voltar à crença de que João, o Filho de Zebedeu, um dos doze, está por trás deste evangelho. Clemente de Alexandria preservou a tradição de que João, ao ver que alguns dos fatos históricos do ministério de Jesus haviam sido reduzidos à forma escrita (presumidamente os Sinóticos), sendo induzido pelo Espírito Santo e impelido por seus colegas, escreveu outro evangelho, que era mais espiritual em seu teor.
P R O P Ó S I T O - O autor afirmou que escreveu o Evangelho “para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome”
(Jo 20:31)> Esta declaração expressa o objetivo primário de uma fé evangélica. Os que creram em Jesus como Messias não entenderam sua verdadeira natureza e qual era sua herança Nele. O Cristo é o Filho de Deus, o Rei ungido. Donald Guthrie chama a atenção para o fato de que somente no 4º evangelho o título “Messias” é preservado em sua forma transliterada. O Título é usado para descrever Jesus logo no início do Evangelho, indicando que a intenção do autor era que seus leitores entendessem o caráter messiânico de Jesus. O propósito de João era afastar seus leitores da dependência da lei, e da especulação gnóstica , para o “caminho, a verdade, e a vida”. Além do propósito primário, podemos encontrar na composição desta obra, outros objetivos como: Evangelísticos; Eclesiásticos; Apologéticos; e Polêmicos. Dentro do propósito de João estão também as seguintes Ênfases Teológicas: REVELAÇÃO – DEUS – CRISTOLOGIA – SOTERIOLOGIA e ECLESIOLOGIA.
F U N D O H I S T Ó R I C O - O pensadores religiosos do 1º século de Alexandria, Jerusalém, Èfeso e Atenas foram confrontados com a natureza da realidade última, e como a “causa não causada”, de Aristóteles, se relacionava com o universo material. Alguns gregos haviam concluído que a existência material é imperfeita e, portanto, má. Os judeus criam que Deus é santo e, portanto, estando bem afastado do homem, que é pecador. O Deus transcendental dera ao homem a lei de Moisés, para orientá-lo, e os anjos, como servos do Deus transcendental, para ministrarem suas necessidades físicas e espirituais. O evangelho de João afirma que o Deus Santo se relaciona com a existência material, através de seu Filho Jesus Cristo, que é o Criador do mundo material e que se relacionou com a sua obra de criação, assumindo a forma de um corpo material e vivendo como o homem. O 1º século pela emergência das heresias dos gnósticos, e seus confrontos com o cristianismo verdadeiro. O GNOSTICISMO foi um movimento que grassou no seio do cristianismo primitivo começando já no 1º século, e que: 1) dava ênfase ao conhecimento de uma verdade de natureza mais elevada e especial que somente os iluminados recebiam de Deus; 2) ensinavam que a matéria é inerentemente má; 3) negavam a humanidade real de Jesus.
COM RELAÇÃO AOS SINÓTICOS - Com exceção da narrativa da paixão, somente cinco narrativas do 4º evangelho são encontradas nos Sinóticos. A matéria especial encontrada no Evangelho de João é muito difícil de encaixar-se nas narrativas dos Sinóticos. Ao passo que os Sinóticos contêm dizeres incisivos e parábolas de Jesus, João incluí longos discursos, que parecem refletir uma teologia desenvolvida da igreja no final do 1º século. Uma parte do importante material Sinótico que falta em João incluí as narrativas do nascimento virginal, o batismo, a tentação, a transfiguração de Jesus, a cura dos endemoniados e leprosos, as parábolas, a instituição da Ceia do Senhor, e a sua agonia no Jardim. É possível que o autor pressupunha que seus leitores já estivessem familiarizados com estas omissões, com base nas razões teológicas. C.K. Barret sugere que João apanhou as narrativas dos Evangelhos Sinóticos, destacou-as de seus contextos e as teceu na forma estrutural teológica de seu evangelho. Ele acredita que o desejo de João era salvaguardar o verdadeiro significado das narrativas. Portanto, ele as despiu de sua individualidade histórica para que não fossem mal interpretadas. Embora tenhamos que concordar que de certa forma João complementa os Sinóticos, não podemos afirmar que esse tenha sido um dos objetivos principais do autor.
P R O P Ó S I T O - O autor afirmou que escreveu o Evangelho “para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome”
(Jo 20:31)> Esta declaração expressa o objetivo primário de uma fé evangélica. Os que creram em Jesus como Messias não entenderam sua verdadeira natureza e qual era sua herança Nele. O Cristo é o Filho de Deus, o Rei ungido. Donald Guthrie chama a atenção para o fato de que somente no 4º evangelho o título “Messias” é preservado em sua forma transliterada. O Título é usado para descrever Jesus logo no início do Evangelho, indicando que a intenção do autor era que seus leitores entendessem o caráter messiânico de Jesus. O propósito de João era afastar seus leitores da dependência da lei, e da especulação gnóstica , para o “caminho, a verdade, e a vida”. Além do propósito primário, podemos encontrar na composição desta obra, outros objetivos como: Evangelísticos; Eclesiásticos; Apologéticos; e Polêmicos. Dentro do propósito de João estão também as seguintes Ênfases Teológicas: REVELAÇÃO – DEUS – CRISTOLOGIA – SOTERIOLOGIA e ECLESIOLOGIA.
F U N D O H I S T Ó R I C O - O pensadores religiosos do 1º século de Alexandria, Jerusalém, Èfeso e Atenas foram confrontados com a natureza da realidade última, e como a “causa não causada”, de Aristóteles, se relacionava com o universo material. Alguns gregos haviam concluído que a existência material é imperfeita e, portanto, má. Os judeus criam que Deus é santo e, portanto, estando bem afastado do homem, que é pecador. O Deus transcendental dera ao homem a lei de Moisés, para orientá-lo, e os anjos, como servos do Deus transcendental, para ministrarem suas necessidades físicas e espirituais. O evangelho de João afirma que o Deus Santo se relaciona com a existência material, através de seu Filho Jesus Cristo, que é o Criador do mundo material e que se relacionou com a sua obra de criação, assumindo a forma de um corpo material e vivendo como o homem. O 1º século pela emergência das heresias dos gnósticos, e seus confrontos com o cristianismo verdadeiro. O GNOSTICISMO foi um movimento que grassou no seio do cristianismo primitivo começando já no 1º século, e que: 1) dava ênfase ao conhecimento de uma verdade de natureza mais elevada e especial que somente os iluminados recebiam de Deus; 2) ensinavam que a matéria é inerentemente má; 3) negavam a humanidade real de Jesus.
COM RELAÇÃO AOS SINÓTICOS - Com exceção da narrativa da paixão, somente cinco narrativas do 4º evangelho são encontradas nos Sinóticos. A matéria especial encontrada no Evangelho de João é muito difícil de encaixar-se nas narrativas dos Sinóticos. Ao passo que os Sinóticos contêm dizeres incisivos e parábolas de Jesus, João incluí longos discursos, que parecem refletir uma teologia desenvolvida da igreja no final do 1º século. Uma parte do importante material Sinótico que falta em João incluí as narrativas do nascimento virginal, o batismo, a tentação, a transfiguração de Jesus, a cura dos endemoniados e leprosos, as parábolas, a instituição da Ceia do Senhor, e a sua agonia no Jardim. É possível que o autor pressupunha que seus leitores já estivessem familiarizados com estas omissões, com base nas razões teológicas. C.K. Barret sugere que João apanhou as narrativas dos Evangelhos Sinóticos, destacou-as de seus contextos e as teceu na forma estrutural teológica de seu evangelho. Ele acredita que o desejo de João era salvaguardar o verdadeiro significado das narrativas. Portanto, ele as despiu de sua individualidade histórica para que não fossem mal interpretadas. Embora tenhamos que concordar que de certa forma João complementa os Sinóticos, não podemos afirmar que esse tenha sido um dos objetivos principais do autor.
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