sábado, 27 de fevereiro de 2010
Pr. Silas Malafaia debate a PL 122 no SBT
terça-feira, 23 de fevereiro de 2010
A BÍBLIA É A PALAVRA DE DEUS
Provas incontestáveis da veracidade da Bíblia
Novas escavações, achados arqueológicos, escritos antigos, descobertas surpreendentes e avanços no conhecimento científico confirmam o que a Bíblia diz
segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010
A APOLOGÉTICA EM IRINEU
O TEÓLOGO E APOLOGISTA IRINEU
“Irineu veio da Ásia Menor, onde na juventude fora aluno de Policarpo de Esmirna, que, por sua vez, tinha sido discípulo de João. Sua teologia, além disso, exemplifica a tradição joanina associada à Ásia Menor. A maior parte de sua vida, no entanto, passou no ocidente. Tornou-se bispo de Lyons por volta de 177, e ali permaneceu até sua morte ( no início do terceiro século).
O principal objetivo da obra teológica de Irineu era defender a fé apostólica contra as inovações gnósticas. A gnose de Valentino foi a maior ameaça ao cristianismo, em sua opinião, pois ameaçava a unidade da igreja bem como procurava destruir a distinção entre o cristianismo e as especulações religiosas pagãs.
Irineu era um teólogo bíblico no verdadeiro sentido do termo. Enquanto os gnósticos buscavam a revelação em sabedoria oculta que, ao menos, em parte, era independente da Bíblia, em mitos e sabedoria de mistérios, Irineu afirmava ser a escritura a única base para a fé. O Antigo e Novo testamento eram os meios pelos os quais a revelação e a tradição original nos atingem. Além do Antigo testamento, que julgava ser, acima de tudo, o fundamento da doutrina da fé, Irineu faz referência a uma coleção de escritos do Novo Testamento, que considerava de igual autoridade e que, em traços gerais, é o mesmo cânone hoje aceito. A Palavra “Testamento”, naturalmente, não era empregada neste texto. O canône ainda não tinha sido formalmente determinado. Alguns dos escritos neotestamentários eram considerados demasiadamente controversos; eram aceitos como canônicos em alguns círculos, enquanto em outros sua autoridade apostólica era posta em dúvida. Em traços gerais, no entanto, os limites do cânone do Novo Testamento já tinham sido definidos mesmo antes da época de Irineu. O modo como ele emprega os escritos do Novo Testamento demonstra, até certo ponto, este fato.
Irineu nada diz sobre a diferença entre Escritura e tradição que apareceu mais tarde no campo da dogmática. A tradição oral que cita como tendo autoridade decisiva era o que apóstolos e profetas ensinavam, e que confiaram à igreja, e fora perpetuado nela pelos que tinham recebido o evangelho dos apóstolos. Com relação ao conteúdo, isto nada era além da proclamação conservada em forma escrita no Antigo e no Novo Testamento. Os gnósticos, por usa vez, deturpavam os ensinamentos da Bíblia fundamentando-se em tradições que não procediam dos apóstolos. Em passagem bem conhecida (Adversus haereses, III, 3, 3) Irineu se refere à cadeia ininterrupta de bispos romanos, começando com a época dos apóstolos, para demonstrar que era a igreja – e não os heréticos – que tinha preservado a tradição correta. Seria erro, contudo, procurar ver nesse texto o conceito de sucessão apostólica desenvolvido posteriormente. Irineu, em última análise, estava preocupado, em primeiro lugar, com conteúdo doutrinário e não com teorias sobre ordenação.
O ponto interessante da teologia de Irineu, dentro do nosso contexto apologético, é observado no fato, de que, ele tinha como alvo principal apresentar o plano da salvação de Deus desde a criação até o cumprimento final . O Tempo, em sua opinião, era época limitada; principiou com a criação e terminará com o cumprimento. Em ambas as extremidades circunda-o a eternidade. Ë dentro deste contexto do tempo que a salvação ocorre. Dentro deste contexto Deus realizou as ações testemunhadas pelas escritura, e das quais depende a salvação dos homens. Para os gnósticos a salvação não era algo que realizava dentro da história; era uma idéia, um sistema especulativo que supunha poder a alma elevar-se acima do temporal e reunir-se com sua origem divina mediante a gnose. Para Irineu tudo isto era história real, cujo cumprimento se esperava para o fim dos tempos. A diferença entre a cosmovisão grega e o conceito cristão de tempo evidencia-se nestes pontos de vista opostos.
A criação fazia parte do plano divino da salvação. O Filho de Deus, o salvador, estava presente antes do princípio do tempo em seu estado preexistente. O homem foi criado para que o Salvador não estivesse só, de modo que houvesse alguém para salvar. Tudo foi criado mediante o Filho e para o filho. A salvação foi realizada pelo mesmo motivo porque Deus criou: a fim de que homem pudesse ser semelhante a Deus. O homem foi criado a imagem de Deu, mas, como resultado da queda, essa semelhança foi perdida. O significado da salvação é tornar possível ao homem concretizar seu destino mais uma vez, a saber, que o homem possa tornar-se a imagem de Deus segundo o protótipo discernível em Cristo. O homem se encontra no centro da criação. Tudo o mais foi criado para o homem usar. Mas o homem foi criado para Cristo e para tornar-se como, que é o centro de toda existência, Aquele que abrange tudo no céu e na terra. (Cf. Adversus haereses, V.16,2).
A salvação para os gnósticos, consistia em libertar-se o espírito do homem da criação, do mundo material e retornar à pura espiritualidade. Para Irineu, no entanto, salvação significava que a própria criação seria restaurada a seu estado original, que a criação finalmente atingiria o destino que Deus lhe reservara. Em outras palavras, salvação, para Irineu, não significava que o espírito do homem se libertaria de suas cadeias materiais, mas em vez disso, que o homem inteiro, corpo e alma, seria libertado do domínio do diabo, retornando a sua pureza original e tornando-se como Deus.
A idéia básica da apresentação de Irineu do plano da salvação é que a Obra da criação foi restaurada e recapitulada na salvação realizada por intermédio de Cristo. Em oposição aos gnósticos, que julgavam consistir a salvação no livramento do espírito do mundo material, Irineu insistia que Deus e homem, corpo e alma, céu e terra, são capazes de ultrapassar a ruptura provocada pela invasão do pecado e serem reunidos novamente. Isto, para Irineu, era o significado da salvação.
Irineu também desenvolveu sua cristologia em oposição ao ponto de vista docético defendido pelo gnosticismo. A obra da salvação pressupõe que Cristo é tanto verdadeiro homem como verdadeiro Deus. “Se os inimigos do homem não foram vencidos pelo homem, não podem ter sido verdadeiramente vencidos; além disso, se nossa salvação não procede de Deus, não podemos estar plenamente seguros que estamos salvos. E se o homem não se unisse com Deus, não lhe seria possível compartilhar a imortalidade”(III, 18,7; Cf. Gustav Aulen, History of Dogma, p.32). Encontramos aqui forte ênfase na humanidade de Cristo: um homem real tinha de andar na trilha da obediência a fim de que a ordem que fora destruída pela desobediência de Adão pudesse ser restaurada. Ao mesmo tempo, apenas Deus podia realizar a obra da redenção. Cristo é verdadeiro homem e verdadeiro Deus. (vere homo, vere deus)”.
Ao analisarmos minuciosamente tudo o que foi dito acima, nos aclara cada vez mais a nossa mente, o fato, que o elemento apologético é a grande mola impulsionadora e motivadora deste teólogos patrístico, por nome de Irineu. O mesmo revela um propósito firme e determinado de combater todas as idéias gnósticas, que, procuram desfazer as principais doutrinas da fé cristã.
quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010
A APOLOGÉTICA NO AMBIENTE DA TEOLOGIA PATRÍSTICA
A natureza essencial da apologética pode ser observada a partir da teologia cristã e a situação intelectual de sua época. “Justino Martir, apologista do século II, combinou o conceito estóico de logos com a idéia bíblica da palavra de Deus. Os Teólogos Alexandrinos Clemente e Orígenes acharam terreno comum na filosofia platônica, assim como Agostinho. Tomáz de Aquino fez uso de Aristóteles. Partindo de terreno comum, o objetivo dos apologistas era sempre o de recomendar a verdade cristã ao mundo pagão, utilizando todas as evidências da história e da natureza humana à sua disposição. Quando o cristianismo tornou-se a religião majoritária no Império e deixou de ser uma minoria lutando num mundo pagão, a apologética trabalhou para clarificar o caráter razoável da fé cristã aos que já criam, sustentando que é perfeitamente razoável aceitar os relatos bíblicos do cristianismo. Depois da Reforma, a apologética tornou-se a defensora da ortodoxia cristã contra os ataques do deísmo, racionalismo, naturalismo, materialismo e outros. Ao mesmo tempo, porém a apologética foi colocada na posição defensiva por causa das descobertas das ciências naturais e da ciência histórica. "A apologética trouxe descrédito a si própria ao procurar por Deus nas lacunas de nosso conhecimento histórico e científico moderno, tendo que recuar constantemente de um posto avançado para outro, até que por fim já não havia mais território significativo para defender”.(Dogmática Cristã,Vol.1 Pg35).
O período patristíco se caracteriza pela história da patrologia da igreja. Apesar da diversidade de opiniões este foi sem dúvida um momento muito propício para se formar uma verdade substâncial em assuntos vitais para a teologia.
Conforme J.N.D. Kelly em sua obra “Dogmas Centrais da Fé Cristã” nos apresenta a seguinte avaliação do período patrístico, através da qual podemos perceber características muito importantes que vai nos dar as fortes características apologéticas dos pais da igreja. “Duas importantes linhas divisórias, uma vertical e outra horizontal, atravessam o período. A primeira é a diferença de temperamento teológico entre o Oriente e o Ocidente. Por razões históricas, Roma e as igrejas imediatamente associadas a ela (Gália, Espanha, Norte da África, etc.) desenvolveram-se relativamente independentes das igrejas orientais, e isso se reflete em seus credos, liturgias e atitude doutrinária. Enquanto os teólogos gregos são em geral intelectualmente ousados, tendendo à especulação, seus colegas latinos, com exceção daqueles sujeitos às influências orientais, parecem, pelo contrário, cautelosos e prosaicos, limitando-se a expor a regra tradicional de fé. Como exemplo extremo dessa diferença basta justapor os conceitos de teologia sustentados por 1) Irineu e Tertuliano, e 2) Clemente e Orígenes, na segunda metade no segundo século e na primeira metade do terceiro. Nutrindo profundas suspeitas em relação a filosofia, sendo até hostís a ela, os primeiros limitaram a função da teologia à exposição das doutrinas apresentadas nas Santas Escrituras; elogiavam os cristãos simples que se satisfaziam com a regra de fé. Por outro lado, Clemente e Orígenes chegaram ao ponto de distinguir dois tipos de cristianismo, a que correspondiam dois graus de cristãos. O primeiro tipo, inferior, baseava-se na “fé”, isto é, na aceitação literal das verdades declaradas nas Escrituras e do ensino da igreja, enquanto o segundo tipo, superior, era descrito como “gnosis”, isto é, uma forma esotérica de conhecimento. Esse tipo começava com a Bíblia e a tradição, aliás, baseava-se nelas, mas esforçava-se por trazer a tona seu sentido mais profundo e, à luz disso, explorar os mistérios mais profundos de Deus, de Seu universo e do plano da salvação; supunha-se que isso devia culminar em contemplação mística ou êxtase. Desse modo, eles dividiam os fiéis em simples crentes, a quem tendiam a desprezar, e homens “espirituais” ou “perfeitos”, a quem consideravam especialmente privilegiados por Deus.
A linha divisória horizontal coincide com a reconciliação entre a igreja e o império efetuada por Constantino I (306-337), cujo o símbolo foi o Concílio de Nícéia (325). Antes disso, a igreja era um corpo perseguido, que lutava para se adaptar a seu ambiente e derrotar inimigos como o gnosticismo. É um mérito da igreja que, apesar de todas as dificuldades, ela tenha conseguido produzir grandes teólogos construtivos como Irineu e Orígenes. Com a acessão de Constantino, porém, a situação mudou radicalmente. Daí por diante, com exceção de um rápido interlúdio, quando Juliano foi o único imperador (361-363), a igreja desfrutaria o favor muitas vezes embaraçoso do Estado. A era intensa de controvérsia eclesiástica havia começado, e os concílios de bispos tornaram-se instrumento adotado para definir o dogma. Na verdade, a teologia cristã estava entrando em período de esplendor, e as definições conseguidas a custo neste contexto de controvérsia e, muitas vezes, de rivalidades nada edificantes, iriam revelar-se de valor duradouro.
Entretanto o fato mais importante de tudo é o fato de que a igreja dos pais foi colocada no ambiente cultural complexo do Império romano. Isso significa que, embora fosse baseada em suas próprias fontes singulares de revelação, a teologia cristã não foi moldada dentro de um vácuo. A atmosfera em que ela teve de crescer e desenvolver estava repleta de noções religiosas, filosóficas e até teosóficas. Ela reagiu com violência contra algumas; e foi consciente ou inconscientemente afetada por outras. Para quem espera apreciar de forma adequada a evolução do pensamento patrístico é indispensável certa familiaridade com esse ambiente.
terça-feira, 16 de fevereiro de 2010
A APOLOGÉTICA CRISTÃ E SUAS ORIGENS
A apologética cristã ou defesa da fé é a atividade que visa de maneira clara e inteligente mostrar que a mensagem do evangelho é verdadeira e digna de confiança .
Com os gregos, um dos exemplos mais palpitantes é o de Paulo que enfrentou uma audiência formada por epicureus e estóicos, duas correntes distintas da filosofia grega> na ocasião, ele afirmou que o verdadeiro conhecimento de Deus vem através da criação e de Jesus Cristo, e que a fé cristã não se fudamenta sobre a sabedoria ou a vã filosofia dos homens. Na carta aos Colossenses, Paulo condena o Gnosticismo, um grupo que afirma que havia uma verdade mais elevada que somente os iluminados poderiam alcançar.
Com o império romano foi bem mais ferrenho. As criticas contra os cristãos baseavam-se em rumores populares. Alguns diziam que os cristãos eram canibais pois reuniam-se para comer e beber o sangue de um homem, o que era uma errônea interpretação da ceia do Senhor. Outros diziam que os cristãos viviam praticando incestos
Pois havia casamento entre irmãos, devido a mal entendido sobre o tratamento fraterno na igreja, porém, o que mais irritou o os romanos foi a atitude cristã em relação ao estado. Os cristãos não poderiam adorar o imperador da mesma forma que os cidadãos romanos faziam. Para a igreja havia um só Senhor Jesus Cristo, e não César. Por causa da recusa da igreja cristã de adorar os deuses de Roma, violentas perseguições foram desencadeadas contra os cristãos.
No entanto, o resultado dessas perseguições foi benéfico para a igreja de Cristo pois além de fortalecer ainda mais fé dos fiéis provocou o surgimento dos apologistas. Era preciso responder as acusações e Deus começou a levantar homens capazes de defender o cristianismo, tanto do ponto de vista das escrituras como também da filosofia. Verdadeiros gigantes da fé levantaram-se para expor a doutrina cristã, produzindo assim importantes obras teológicas. Nesses escritos, conhecidos como apologias, eles fizeram um apelo racional aos líderes pagãos procurando oferecer uma interpretação inteligente do cristianismo.
sábado, 6 de fevereiro de 2010
BIBLIA DAKE - COMADESPE
BÍBLIA DE ESTUDOS DE DAKE - Posicionamento da COMADESPE
O CRISTIANISMO E A FILOSOFIA GREGA
A TEOLOGIA APOSTÓLICA E SUA RELAÇÃO COM A FILOSOFIA GREGA
Talvez alguns bons cristãos ignorem o fato de que próprio cristianismo primitivo considerou algumas idéias do conhecimento secular, principalmente da filosofia grega. As conquistas de Alexandre “o grande” proporcionou a propagação de um movimento cultural denominado “helenização”, que é uma “globalização” do pensamento grego e do uso da língua grega. Nesse período são enfatizadas quatro correntes filosóficas, as quais tiveram uma certa atenção da Teologia Apostólica. O Estoicismo, defendia o princípio da resignação; o Epicurismo, defendia o princípio da descrença, o Cinismo, defendia o princípio do deboche, pondo em dúvida todos os valores aceitos pela sociedade, especialmente os valores políticos, éticos e religiosos. A idéia de transcendência, desenvolvida na filosofia de Platão, encontra um certo paralelo no pensamento cristão. De acordo com Platão, Deus é a esfera maior da realidade espiritual, a alma é a realidade intermediária, enquanto o mundo, é a realidade inferior, através do processo descrito pelos gregos “diairesses”, que significa movimento de ascendência e descendência e o termo “synagouguê”, que significa ajuntamento. Para Platão o termos: “oussia” é alusivo a essência das coisas; “fhilebus”, a essência de Deus; “telos” a essência do homem. O telos se apresenta como a força da alma, a energia, a vontade. Este esquema pensado por Platão, visa pôr fim a angustia do destino. A providência emana do mais alto dos deuses e nos dá coragem para escapar das vicissitudes do destino. Com essa linha de raciocínio Platão se aproximou da doutrina da Providência Divina, elaborada pela teologia dos apóstolos e enfaticamente na teologia de Paulo. A filosofia aristotélica se harmoniza com o pensamento cristão no tocante a idéia de que o divino é forma sem matéria, é aquele perfeito em si mesmo. Deus, segundo Aristóteles, é a forma perfeita, que movimenta o mundo, não empurrado de fora, mas atraindo a si todas as coisas. Por meio do amor, que se constitui a força infinita. Portanto, Deus, a forma suprema, ato puro, move todas as coisas, ao ser amado por todas coisas. Toda realidade, expressa em todos os que as constituem, desejam se unir a Deus, para se livrar da forma inferior, em que existem. A filosofia Estóica impregnou de coragem a vida das pessoas que viviam sem sonhos e sem idéias e sem ideais, tornando-as capazes de enfrentar o destino e a morte. O “Logos”, segundo os estóicos, não é só a mente cósmica, que põe a matéria em movimento, fazendo surgir o “kaos” o “kosmos”, como pensava Heráclito, mas é a inteligência que cria o mundo, na medida que cria sonhos e ideais. A teologia apostólica se apropriou da idéia do “Logos Criador” do mundo, de coragem e esperança para os homens. Na idéia grega, O Logos contribui para a criação de um novo mundo, enquanto a coragem, faz com que as pessoas se apropriem desse novo mundo. Na teologia cristã isso tem uma certa relação com a pregação do Reino de Deus, para que os homens deixem o reino das trevas e venham para o reino da luz. Os estóicos desconheciam o conceito de pecado, porém, pregavam uma salvação baseada na sabedoria e não no arrependimento dos pecados. A salvação estóica é conquistada pelo próprio indivíduo, que consegue substituir a ignorância pela sabedoria, enquanto a salvação cristã, conforme a teologia apostólica, é concedida pela graça divina àqueles que se arrependem de seus pecados, a partir da fé no sacrifício expiatório de Jesus Cristo. Neste contexto alguns estudiosos afirmam que a teologia apostólica teria sido fortemente influenciada pela filosofia de Platão, Aristóteles e outros, porém, eu acredito que toda verdade procede de Deus, portanto é possível que no tocante a Revelação Geral, os homens de um modo geral podem ter percepções das verdades espirituais,e foi por essa razão que os apóstolos não desprezam tal saber, pois, mesmo sendo contrários maioria das filosofias humanas, não descartaram tais conhecimentos, pois os mesmos facilitaram o desenvolvimento explicação da doutrina cristã.