domingo, 7 de julho de 2013

MOVIMENTO DOS EX-GAYS

Ex-gays querem comemorar o mês do Orgulho Ex-Gay pela primeira vez em julho
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Movimento encaminhou uma carta ao presidente Obama pedindo mais direitos e tolerância
Uma comunidade dos Estados Unidos (EUA), formada por pessoas que largaram a homossexualidade, querem comemorar pela primeira vez o “mês do orgulho ex-gay” [tradução do inglês: Ex-Gay Pride Month]. 
Eles aproveitam a deixa do presidente Barack Obama, que reconheceu junho deste ano (2013) como o mês do orgulho gay.
O grupo busca ainda ter direitos reconhecidos. Reunidos em torno do líder Christopher Doyle, em um movimento chamado Voice of the Voiceless (VoV), eles mandaram uma carta à Obama no dia 18 de junho, pedindo um diálogo com membros do governo. Eles reivindicam tolerância e igualdade de acesso. 
Antes de enviar esse texto, o VoV já tentou várias vezes agendar reuniões com representantes da Casa Branca, sem obter sucesso.
Doyle, em entrevista exclusiva a versão americana do The Christian Post, explica que a comunidade dos ex-gays não vai ficar esperando que nenhum presidente ou o Congresso forneça o reconhecimento que o grupo merece. “Nós [ex-gays] estamos declarando julho como o mês do orgulho ex-gay. 
Se eles [governo] querem nos ajudar e entender que as pessoas deixam a homossexualidade e mudam a cada dia, então eles podem fazer isso. Se eles [governo] querem continuar a viver na Idade de Pedra e vão afirmar que nascemos gays e não podemos mudar, isso é uma escolha. Não vamos esperar por eles”, declarou.
O líder do VoV afirmou ainda que a preocupação do presidente e do Congresso em defender direitos e a comunidade LGBT envolve interesses financeiros, já que tem muitodinheiro envolvido na questão.
Doyle reclama que o grupo dos ex-gays não é ouvido pelos veículos de comunicação locais e, para ganhar visibilidade, uma manifestação está marcada para o dia 31 de julho em frente ao Capitólio, sede do governo americano na cidade de Washington DC, na costa leste do país. Grupos familiares conservadores e políticos foram convidados para o evento.
“A mídia e os ativistas gays são extremamente intolerantes com nossos pontos de vista. [...] Eles [mídia e ativistas gays] apenas nos rotularam como fanáticos homofóbicos ou como pessoas que estão negando sua verdadeira orientação sexual. 
Isso não é verdadeiro. Milhares de nós [ex-gays] mudamos e estamos vivendo uma vida feliz, como qualquer casal heterossexual. [...] Há um lobby de anti-ex-gay”, ponderou e protestou.
O grupo VoV trabalha para que as pessoas possam se tratar para deixar de ter atração por pessoas do mesmo sexo. Doyle comentou que a igreja pode ser um bom aliado nessa alteração de sexualidade, se desvinculada de antigos paradigmas de pecado: “importante amar e aceitar todos”.

Para saber mais, veja a matéria em inglês do The Christian Post U.S..
Christian Post (FONTE: BLOG: Mensagem Edificante para a Alma.



sábado, 6 de julho de 2013

NIETZSCHE O PRECURSOR DA TEOLOGIA SECULAR

Mesmo tendo vivido um século antes dos americanos que se engajaram no movimento para fazer valer o secularismo teológico, podemos afirmar que o principal desses mentores, Thomas J.J. Altizer foi buscar inspiração na obra de Nietzsche. O termo secularismo diz respeito mais diretamente à parte teorética da vida humana. Pode ser definido como um sistema de crença e ação que rejeita todas as formas da religião pública, tanto da fé quanto do culto. Evita conscientemente qualquer expressão do  elemento religioso e acha sua referência somente nas preocupações deste mundo e, portanto, é usualmente entendido no sentido de uma forma de filosofia sócio-política. Sua rejeição é aquela do elemento da transcendência, do sobrenatural. A palavra secularizar tem vários sentidos comuns. No sentido mais comum, indica um processo mediante o qual as coisas, as pessoas, ou as instituições são separadas do uso religioso ou da influência religiosa. O objetivo é tornar tudo mundano, ou não-espiritual.
Esse movimento que veio a ser chamado de Teologia secular nasce com secularização radical da realidade social que teve seu ápice na década de 1950. Após o evento da Segunda Guerra Mundial surge uma corrente teológica oriunda de teólogos americanos para se contrapor ao já decadente liberalismo teológico e mais especificamente à neo-ortodoxia ou teologia dialética que enfatizava uma profunda crise existencial e à fé em um Deus que em nada se parecia com o homem. O desenvolvimento tecnológico indicava a crescente capacidade do homem se tornar o senhor da sua própria existência. Todavia, tal progresso da ciência não apresentava soluções para os principais dilemas humanos, nem capacitava o indivíduo para lidar com elementos ocultos e obscuros da existência humana. Paralelamente com essa frustração predominava uma compreensão de que o cristianismo tradicional já não atendia aos anseios daquelas gerações. Esses jovens teólogos questionavam que o cristianismo não teve nenhuma influência positiva em relação a II Guerra Mundial e ainda teria sido omisso se conformando com a situação. Também acusam a teologia pós-guerra de não proporcionar aos cidadãos qualquer base sólida para a fé em um Deus pessoal que estava interessado nos empreendimentos humanos. A secularização da teologia, ou a edificação de teologias seculares, subtende a separação radical da teologia da sua preocupação histórica com as coisas sagradas. Nessa perspectiva a Teologia se transforma numa filosofia de vida que se harmoniza plenamente com as transformações sociais, e a religião deve funcionar não para se opor ao mundo, e sim, para ratificar e enfatizar os valores deste mundo. A verdade clara e objetiva é que esse movimento é uma forma de ateísmo declarado, constitui-se numa proposta para que as pessoas expulsem Deus de suas vidas, e a máxima dessa ideologia surge no movimento chamado "teologia da Morte-de-Deus", cujo o principal representante é Thomas J. J. Altizer  o qual proclamau abertamente "Deus está morto". Altizer se utilizou de uma expressão que fora elaborada pelo filosofo Nietzsche em seu livro  "Assim Falou Zaratustra", que sem dúvida pode ser considerado o principal precursor da chamada "teologia da morte de Deus" .Sem qualquer dúvida podemos afirmar que o movimento liberal que antecedeu a Guerra deu grande contribuição para o surgimento do movimento secular, pois tais teólogos da tradição liberal aceitavam os julgamentos científicos como sendo superiores às introspecções do cristianismo revelado. Parecia que esses teólogos tinham ficado condicionados a escutar sempre o que a ciência falava. Por isso produziam uma teologia de uma terminologia puramente cientifica. A teologia secular é, e deve ser pragmática e socialmente revolucionária. 
Mesmo se apresentando claramente como uma ideologia totalmente adversa aos dogmas do Evangelho de Jesus Cristo, a teologia secular não está muito distante de formas de cristianismo que são praticados na atualidade. O eixo central da engrenagem do secularismo é a conformação com o mundo por meio da relativização da Palavra de Deus. É a negociação dos princípios absolutos de Deus em troca de valores mundanos. Mais grave ainda é o estabelecimento da hipocrisia descarada, pois, a teologia é ortodoxa, o discurso aparentemente é teologicamente correto, porém, a prática, a forma de tratar e agir é totalmente secular. Não sei o que é pior, se é declarar que Deus está morto, ou dizer que Ele está vivo para subtrair alguma vantagem de alguém. Os que assim fazem são tão seculares quanto os teólogos do movimento secular.