sexta-feira, 30 de abril de 2010

O PODER DA INTERCESSÃO – lição 5

A ORAÇÃO OCUPOU O CENTRO DO MINISTÉRIO PÚBLICO DE JESUS

A oração constante, persistente, desvelada e vitoriosa atingiu seu clímax na vida e obra de Jesus Cristo. Em Mc 1.35 encontramos o Mestre em privação do sono para dedicar-se ao labor da oração. Houve ocasiões em que ele passou noites inteiras em comunhão com o Pai. Lc nos revela uma dessas noites em seu Evangelho(6.12), antes da escolha dos doze discípulos. É notável o fato de Jesus revestir de sublime importância a prática da oração. O terceiro Evangelho salienta que Jesus orou ao Pai antes de cada acontecimento importante de sua vida: no momento do seu batismo no Jordão (Lc .21); na Eleição dos doze discípulos (Lc 6.12ss); quando revelou sua identidade ao círculo íntimo de seus discípulos (Lc 9.18-22); no momento em que foi transfigurado no alto do monte (Lc 9.2,29); no dia que foi traído e preso pelas autoridades judaicas (Lc 22.39,40); Na cruz do Calvário, antes de sua morte expiatória (Lc 23.44-46). Lucas enfatiza que Jesus sempre buscava intensificar sua comunhão com o Pai antes de tomar uma decisão importante nas fases decisivas de seu ministério. Ele ora segregado dos homens, solitário, na intimidade divina. A oração de Jesus o mantém unido a Deus. A vontade do Pai torna-se prioridade em sua vontade. Deus encontra-se sempre no centro da vida de Jesus Cristo. O Pai e o Filho são um.

A ORAÇÃO OCUPA O CENTRO DO MINISTÉRIO ATUAL DE NOSSO SENHOR RESSURRECTO

O ministério de Jesus Cristo não terminou com sua morte e ressurreição. Ele subiu ao céu em consagração ao ministério de intercessão em favor dos pecadores que ficaram na terra. O escritor aos Hebreus ratifica esta verdade quando diz: "mas este, porque permanece para sempre, tem seu sacerdócio perpétuo. Portanto, pode também salvar perfeitamente os que por ele se chegam a Deus, porquanto vive sempre para interceder por eles" (Hb 7.24,25). Ao subir para estar à destra de Deus, Jesus iniciou outra fase igualmente importante na obra da redenção humana. Através de sua intercessão permanente junto ao Pai, ele continua aperfeiçoando nos cristãos a salvação que já realizou.

A atividade principal de Jesus no presente é interceder por nós. Através de sua intervenção no próprio céu estamos sendo salvos pela misericórdia de Deus. Segundo as Escrituras, "Cristo não entrou num santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, mas no próprio céu, para agora comparecer por nós perante a face de Deus" (Hb 9.24).

Este ensino da Bíblia Sagrada impressiona-nos em demasia. A oração se reveste de importância vital diante deste fato. O tempo melhor utilizado nesta vida é aquele que gastamos em fervorosa oração perante a face de Deus. O apóstolo Paulo ensina que "(...) Cristo Jesus é quem morreu, ou antes quem ressurgiu dentre os mortos, o qual está à direita de Deus, e também intercede por nós"(Rm. 8.34). Portanto, somos mais do que vencedores na vida cristã. Nossa vitória maior está alicerçada em Jesus Cristo, o intercessor que nos ama intensamente. Se incorremos em pecado, a ele podemos recorrer. Jesus é o nosso advogado para com o Pai. Segundo as Escrituras "(...)ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça" (Jo 1.9). Inflamado pelo exemplo de Cristo, busque uma intimidade maior com Deus através do seu nome. O Pai precisa de intercessores aqui na terra. Dedique o melhor do seu tempo e potencial no aprendizado e labor da oração intercessória.

OS FUNDAMENTOS BÍBLICOS DA ORAÇÃO INTERCESSÓRIA

O propósito de Deus é que todo o seu povo esteja voltado para as muitas necessidades das demais pessoas, principalmente a profunda necessidade espiritual do mundo. Estamos cercados de uma infinidade de pessoas extremamente carentes, que vivem em trevas sem Deus, sem paz e sem salvação. Por isso, precisamos levar a sério a exortação do apóstolo Paulo: "Exorto, pois, antes de tudo que se façam suplicas, orações, intercessões, e ações de graças por todos os homens (...) Pois isto é bom e agradável diante de Deus nosso Salvador, o qual deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade" (I Tm 2.14).

Orar por todos os homens inclui nossos amigos, inimigos, desconhecidos e entes queridos. A exortação de Paulo insere nossos irmãos em Cristo e obreiros do Senhor espalhados por sua grande Seara. O ministério da intercessão por todos os homens e mulheres é uma obra gigantesca que Deus colocou sob a responsabilidade de sua igreja. Portanto, um dos graves pecados de omissão que a igreja de Jesus vem cometendo ao longo das gerações é a negligência na intercessão perseverante em favor do mundo.

ORAÇÃO NA PERSPECTIVA BÍBLICA CONFORME O PR. CAIO FÁBIO

Do ponto de vista bíblico orar é ora-ação. É desencadear poderes no interior humano e no céu os quais se transformaram em ações as mais eficazes na terra. É um ato de conspiração com o mais forte de todos os aliados. É subverter situações e dar um golpe de estado nas coisas imutáveis.

Na existência de Jesus a oração faz parte da "dinâmica" de sua vida e de suas atividades. Assim é que o vemos diariamente à sós no deserto, no monte, numa caverna, à beira-mar ou cedinho no templo. Para Jesus a oração era a chave com a qual ele abria a porta do dia e a tranca com a qual ele fechava os portões da noite.

Modernamente, entretanto, a oração tornou-se símbolo da impotência humana. Daquilo que se faz quando não se pode fazer nada prático. Para Jesus, no entanto, nada era mais prático do que orar. Orar é o que ele faz antes de iniciar sua vida pública (Mt 4), é o que ele faz durante a sua vida pública e é também o que ele faz quando encerra sua vida pública: "Pai, nas tuas mãos eu entrego o meu espírito". Nossa geração, entretanto, não encara a oração como investimento e sim como desperdício. Fala-se em gastar tempo em oração. Oração, no entanto, não é gasto, é um investimento. Dentre os investimentos, o melhor de todos eles.

Segundo o autor acima, duas coisas contribuíram fortemente para que houvesse nos tempos hodiernos, esse desinteresse pela oração. Uma é a teologia liberal e outro é o pentecostalismo sem piedade. Apesar de já não exercer tanta influência no mundo atual, os princípios da teologia liberal provocaram alguns estragos na fé cristã, os quais perduram até o dia de hoje. Devido ao fato que essa ideologia proclamava um conceito de Deus que se aproximava muito do panteísmo. Mesmo falando sobre um Deus-pessoa, deixavam claro que Deus era um ser totalmente impessoal. Isto e, Ele era pessoa, mas não estava afim de qualquer relacionamento com os seres humanos, não tinha nenhuma preocupação com os dramas humanos. Nessa perspectiva a única preocupação do Ser divino, seria com à manutenção da criação e com os grandes dramas da coletividade. Sendo assim, o indivíduo ficou sem ter a quem recorrer, pois Deus só age por atacado e não a varejo. As angustias do indivíduo não eram prioridades para o "Deus" dos liberais. Seu Deus não se importava com as dores de cabeça dos indivíduos que tinham nome e endereço.

Hoje existem líderes evangélicos que dizem odiarem o liberalismo teológico, porém se identificam com nível mais característico de sua negatividade: a ausência de oração. O liberalismo ficou no esquecimento, mas sutilmente tem arrastado uma multidão de conservadores, que na suas práticas ministeriais destituídas de oração, se revelaram como liberais enrustidos e hipócritas.

A outra causa é o PENTECOSTALISMO SEM PIEDADE, hoje essa realidade é muito patente do que na época que o autor supracitado escreveu essas palavras. É necessário que fique bem claro, que a intenção não é atingir o povo pentecostal de uma forma geral, porém, um alerta para as muitas situações paradoxais que estamos vivendo na atualidade, não só no meio dos chamados neo-pentecostais, mas também no próprio pentecostalismo histórico. Ficamos perplexos e angustiados com as ênfases dos principais líderes pentecostais desses pais. Qual a ênfase da igreja evangélica hoje no Brasil? A princípio eu diria que não é a oração, e muito menos a oração intercessória. Existe muito discurso mas pouca prática. Na verdade temos observado que as situações vexatórias tem se multiplicado. O que prevalece são disputas políticas pelo poder eclesiástico, onde o pensamento maquiavélico permeiam as ações, pois as acusações, a desconsideração e o desprezo de uns para com os outros exclui qualquer alternativa que envolva a oração, principalmente a intercessória. Como falar de oração intercessória se existem lideranças nesse pais líderes que não aceitam a união do povo de Deus por que isso vai de encontro aos seus interesses políticos, Deus tenha misericórdia dos tais!. Como falar de oração intercessória, quando o coração está cheio de orgulho e prepotência. É vergonhoso vermos pastores de grandes igrejas pentecostais, isolados em seus reinos eclesiásticos, agindo com indiferença e até com menosprezo e insultos para com aqueles que estão fora dos seus domínios, isso, porque só estão preocupados com o seu ativismo numérico fanático, misturado com a intensa disputa de poder polítco-eclesiástico. Não há tempo para a oração intercessória quando as lideranças estão ocupadas com teologias espúrias, que não priorizam o reino de Deus "venha a nós teu reino", e sim os caprichos e as fantasias humanas. Assim, acontece porque esse é um mecanismo eficaz para manipular as pessoas para que elas alimentem esses sistemas, pois, essas lideranças acham que muito mais importante do que orar pelas pessoas, investir bastante tempo nessa prática, é menos eficaz dos que o seus super ministérios através dos poderosos satélites. Portanto, observe atentamente esses meios e observe quais palavras mais enfatizadas, com certeza você vai descobrir que a oração não ocupa o centro do ministério dessas pessoas como foi com Jesus, Paulo, Jeremias, Moisés, Daniel, Neemias e todos os outros homens bíblicos, os quais foram fiéis ao Senhor.

A NECESSIDADE DE INTERCESSORES

A igreja precisa urgentemente de intercessores pois estamos vivendo turbulência, uma confusão ética, na qual presenciamos uma inversão de valores generalizada nos meios cristãos. Muitos acham que estão vivendo em plena prosperidade, não necessitando mais de coisa alguma, porém a Palavra do Senhor revela outra realidade com relação a muitos que estão agindo assim, pois, são: "infeliz, miserável, miserável, pobre, cego e nu" (Ap. 3.7). Jesus é taxativo com essa questão, quando ele nos diz que é impossível servir a Deus e às riquezas (Mt. 6.24), porém, muitos tem ignorado essa verdade e continuam divididos. A igreja precisa de intercessores à semelhança de Moisés, Jeremias e Daniel, os quais tenham profunda intimidade com o Senhor, que invistam tempo ouvindo a Palavra do Senhor e contemplando a sua Glória. O verdadeiro intercessor não tem pressa, para ele o lugar da intercessão não é um "fast food", pois, tem uma profunda consciência dos resultados provenientes de um longo período de oração. Certa dia John Wesley disse: "Tenho tanto que fazer, que preciso passar várias horas em oração antes de ser capaz de fazê-lo". Não é de admirar que ele tivesse transformado completamente a Inglaterra. Ele sabia interceder.

O verdadeiro intercessor tem que ser abnegado abnegado. Deus ofereceu-se para destruir Israel e estabelecer uma nova nação através de Moisés, mas este recusou a sua oferta (Ex. 32.10). Deus fez a mesma oferta quando Israel se rebelou em Cades-Barnéia, e Moisés rejeitou-a novamente (Nm 14.12). Ele não desejava promoção pessoal; queria o bem do seu povo e a glória de Deus.

O intercessor eficiente ora fundamentado no caráter e na aliança de Deus. É bom lembrar que Neemias também orou assim. Moisés lembrou ao Senhor as suas pormessas a Abraão, Isaque e Jacó e salientou que o que estava em jogo era a glória do Senhor, e não da nação. Se Israel não chegasse a Canaã, as outras nações diriam: "O Deus deles pode começar, mas não consegue terminar!"

CONCLUSÃO

O intercessor é um verdadeiro cooperador de Deus. Ao esperar. Ao esperar na presença de Deus para ouvir a sua voz de comando, ele sempre coloca em sua mente alguém que esteja precisando de intercessão. As vezes, acontece de vir à mente alguém de quem você não se lembra há anos. Quando isso acontecer, ore em seguida. Talvez essa pessoa esteja em circunstâncias difíceis e necessite de ajuda com urgência. É provável que você nunca venha a saber o porquê daquela abrupta lembrança até chegar ao céu. Lá, com certeza, você conhecerá as transformações ocorridas nas vida daquela pessoa pela qual você intercedeu.

A intercessão faz mesmo a diferença real e específica na vida das pessoas. Deus age em resposta ás intercessões do seu povo. Ló foi liberto da destruição de Sodoma e Gomorra pela intercessão de Abraão (Gn 18.22-33). Os israelitas foram ricamente abençoados por Deus através das intercessões de Moisés e Samuel (Jr 15.1). Os sábios da Babilônia foram libertados da ira do rei Nabucodonozor pela intercessão de Daniel e seus companheiros (Dn 2.1-49). Os habitantes de Judá escaparam da destruição dos assírios pela intercessão do rei Ezequias e do profeta Isaías (2Cr 32.20,21). A Biblia Sagrada e os livros devocionais estão cheios de prodígios e grandes sinais operados pelo Senhor em resposta às intercessões fervorosas dos seus servos ao longo da história do cristianismo.

Fontes:

FÁBIO, Caio. Oração para viver e morrer. Niteroi-RJ, Editora Vinde. 1993.

PAIS, Léo Francisco. Oração. Rio de Janeiro, Editora Juerp. 1992.

Obs: O Texto acima está composto de comentários pessoais, adaptações das fontes, e compilações na integra de alguns textos das fontes.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

O ISLAMISMO E A BÍBLIA

TÓPICOS SOBRE O ISLAMISMO

ALCORÃO- “AL QURAN” ou Corão – significa a leitura, ato de ler ou simplesmente “recitações”. Em termos de volume é aproximadamente 4 vezes menor que o Novo testamento. É composto de 114 capítulos (suratas) e 6.235 versículos (ayah). Segundo o Islã o Alcorão é a última e mais completa manifestação de uma série de escrituras sagradas, das quais sobreviveram: A Lei de Moisés (Torah); os Salmos de Davi (zabur); Evangelho de Jesus (Injil) e o Corão de Maomé. O mesmo é produto das revelações que Maomé teria recebido através do anjo Gabriel, as quais ele passava a recitar aos seus seguidores. O conteúdo do Alcorão é diverso: mitologia, política, moral, questões legais e judiciárias e prescrições rituais.

Para os muçulmanos o Alcorão é palavra de Deus, confirmando os livros anteriormente revelados, e desta maneira também admite que Maomé é o mais perfeito mensageiro de Deus. Mesmo assim confere certo crédito ao N. T. e ao A. T. , pois, o Corão afirma que no Pentateuco há direção e luz, e que os fiéis devem seguir os ensinamentos dos profetas e de Jesus filho de Maria, porque no Evangelho há direção e luz.

O Alcorão também cita vários profetas do Ant. Test. Como mensageiros de Deus. Diz que Abraão foi o fundador do Islã e do primeiro santuário árabe (a kaaba). Também afirma que Jesus foi um profeta singular, um dos grandes mensageiros de Deus, confirma que Ele nasceu de uma virgem, sua capacidade de realizar milagres e sua ascensão ao céu.

PRINCIPAIS CRENÇAS

1. DEUS COMO ÚNICO SENHOR – Nisto se contrapõe ao politeísmo árabe, a doutrina da Trindade e a veneração a Maria. No Islã só há um Deus e esse é Allah (o único). O islã não tem muito a dizer sobre a natureza e os mistérios pessoais de Deus. Allah é um Deus impessoal, é totalmente transcendente e só manifesta a sua misericórdia através de revelações angelicais aos seus mensageiros escolhidos, os quais exercem um papel messiânico e de mediadores entre ele e os homens. O homem só se relaciona com Allah através de um pacto de amor, comprometendo-se adora-lo como único Senhor, realizar seus rituais e testemunhar do seu amor, para alcançar misericórdia de Allah nesta vida e recompensa na vida futura.

CONTRADIÇOES: a) Não admitem a paternidade de Deus. O conceito de um pai de amor compaixão não existe no islamismo, também não se destacam seus atributos, como amor, santidade e graça, como no cristianismo. A Paternidade de Deus na Bíblia: Pai glorioso (Ef. 1.7) ; Pai Santo (Jô. 17.11); Pai Justo (Jô 17.25); Pai perfeito (Mt 5.48); Pai misericordioso (LC 6.36; 2Co 1.3); Pai Gracioso (Mt 7.11; Rm 1.7).

PREDESTINAÇÃO – Ensinam que o bem e o mal procede de Allah.

NEGAM A DOUTRINA DA TRINDADE

2. CRISTOLÓGIA DEFEITUOSA – Dizem que Jesus não confirmou a Lei, mas, ao contrário, enfrentou toda a legalidade com o seu amor radical e por isso mesmo foi julgado.

Mt 5.17-20 – Jesus cumpriu a lei; Jô 19.30; Gl 5.1-12. Negam a doutrinação da encarnação; não admitem que Jesus seja o Filho de Deus e que tenha morrido na cruz e tenha ressuscitado. Dizem que afirmar que Jesus é Deus é uma blasfêmia, um pecado imperdoável. Jô .14,34; I co 15.3-6,17, Hb 1.3;

O ESPÍRITO SANTO – é apenas uma força que emana de Deus.

3. ESCATOLOGIA CONFUSA – Crêem na imortalidade da alma. Afirmam existir um anjo da morte que separa a alma do corpo. Os que não tiveram fé suficiente receberam a “pena do sepulcro” para aguardar o dia do Juízo. Os bons receberam por antecipação “as alegrias dos paraíso”. Os profetas e Mártires sobem diretamente para o céu. O paraíso é representado como um jardim com árvores frutíferas, água cristalina, leite, vinho e mel, e também como um harém com muitas mulheres bonitas. O único elemento espiritual do paraíso é o prazer de contemplar a Allah.

4. EXISTÊNCIA DE ANJOS. – Assumem a missão reveladora do Espírito Santo.

OS PILARES DO ISLAMISMO

  1. A PROFISSÃO DE FÉ (Credo Muçulmano) “DOU TESTEMUNHO DE QUE NÃO HÁ DEUS FORA DE ALLAH E MAOMÉ É O SEU ENVIADO”
  2. A ORAÇÃO RITUAL (SALAH) –Deve ser feita cinco vezes por dia (al alvorecer, ao meio-dia, à tarde, ao pôr-do-sol e antes de dormir). Deve ser feita em estado de pureza e em lugar puro. Esta pureza é realizada por meio de abluções: Lavar com água limpa o Rosto, as mãos, os antebraço, os pés e cabeça. A posição é voltado para o a cidade de Meca. A prece ritual é um ato de louvor e adoração e não implica qualquer idéia de pedido nem laço pessoal entre o homem e Allah.
  3. DÍZIMO RELIGIOSO OU ESMOLA RITUAL (ZAKAH) – Corresponde a 2,5% do capital permanente produtivo da pessoa. Deve ser dado de preferência no final do mês do Ramadam, para que Allah abençoe o Jejum.
  4. O RAMADAM (SAUM) – É obrigatório a todo o Mulçumano, porém com algumas exceções. É um mês de Jejum. Os jejuns vão do alvorecer ao pôr-do-sol. A finalidade do Jejum é educativa: serve para humilhar o corpo e purificar a alma, além de fazer participar do sofrimento do obre e do indigente.
  5. A PEREGRINAÇÃO (HAJI)- Ir a Meca a cidade santa do Islamismo é um voto sagrado de cada mulçumano para participar de vários rituais na Kaaba.
  6. AS GUERRAS SANTAS (JIHAD). É a expansão da religião e do estado islâmico através da força bélica. Isto é totalmente contrário ao evangelho de Cristo, pois, Ele é o Príncipe da Paz. Is 9.6,7; Is 26.3, 26.12; 32.17; Hb 12.4; Fp 4.9; I Pe 1.2

sábado, 24 de abril de 2010

CHORANDO AOS PÉS DO SENHOR- Líção 4

Chorar é um ato pelo qual externamos os mais profundos sentimentos que estão se processando no âmago do nosso Ser. Sendo assim, as lágrimas no rosto de alguém pode exercer um grande poder de convencimento, pois a grande maioria das pessoas são facilmente sensibilizadas ao verem uma pessoa chorando. Conscientes disto precisamos de maturidade espiritual para analisarmos todas as situações, pois vivemos num mundo maquiavélico, no qual muitas pessoas são capazes de utilizarem qualquer tipo de artifício para conseguirem seus intentos, inclusive se banharem em lágrimas, pois o cerne da filosofia de vida dos tais é que: "os fins justificam os meios". Ainda existem os profissionais do choro. Na cultura judaica haviam mulheres que eram pagas para tornarem os velórios mais autênticos, isto é, fazer uma encenação naqueles velórios em que os parentes do morto não tinham muitos motivos para chorar, então estas mulheres eram contratadas para criar um clima de emoção apropriado. Temos que estar atentos porque em alguns arraias evangélicos da atualidade estão convidando (contratando) pessoas para os seus eventos, com a exclusiva finalidade de criar um clima místico, produzir uma êxtase emocional e psicológica para que as pessoas chorem, pulei, gritem, etc., os tais tem nome de pregador, pastor, mas na verdade são verdadeiros artistas.

O CHORO QUE AGRADA A DEUS

Apesar de tudo que foi dito acima existe o choro que agrada ao Senhor nosso Deus. A grande maioria das pessoas que entregam as suas vidas ao Senhor, se aproximam do altar em lágrimas. Este tipo de choro é ocasionado pelo fato do indíviduo ter sido convencido do seu próprio pecado e levado a um arrependimento sincero. Essa compreensão sobre a dimensão da ofensa dos nossos pecados contra Deus, nos faz chorar profundamente como uma forma de lamentarmos o quanto fomos contrários ao nosso Criador e que mesmo assim Ele não desistiu de nós, pelo contrário, pagou as nossas dívidas, tendo ele mesmo assumido as nossas culpas e aceitado sofrer a pena em nosso lugar.

Os crentes também devem chorar pelos seus próprios pecados. Todos conhecem a história do apóstolo Pedro, o qual negou ao Senhor Jesus de uma forma grosseira, e o caso se torna ainda mais agranvante quando lembramos que Pedro havia jurado ao próprio Jesus, que mesmo que todos o abandonassem ele jamais faria isso. Porém, sabemos que logo após ao fato apóstolo se conscientizou da grande vacilada que tinha cometido. A Bíblia diz que Pedro chorou amargamente, embora algumas pessoas possam dissimular numa situação como essa, temos a absoluta certeza que a reação do apóstolo foi o resultado de profunda convicção do seu pecado como também de um sincero arrependimento, pois a partir daquele momento a vida do homem de Deus mudou. Existem pessoas que choram por qualquer coisa, porém, continuam cometendo os mesmos pecados, não demonstrando qualquer mudança, revelando-se uma pessoa desiquilibrada emocionalmente ou hipócrita.

Os profetas de Deus choram pelos por causa dos pecados das outras pessoas, Jesus é nosso maior exemplo, o evangelista Mateus registra que um dia Jesus entrou em Jerusalém e ali ele contemplou a extensão do pecado daquela nação e o fim que eles teriam como conseqüência da desobediência. Então Jesus chorou sobre Jerusalém e disse "Jerusalém, Jerusalém, quantas vezes quis eu agarsalhar-te como a galinha faz com os seus pintinhos, porém, tu não quiseste". É muito triste para qualquer pregador comprometido com o reino de reino de Deus, olhar e ver as multidões caminhando para o abismo virando as costas para a salvação do Senhor. Creio que muitos homens Deus já prantearam por muitas vezes por causa dessa visão do mundo perdido. Depois de Jesus, Jeremias é o nosso grande exemplo, esse profeta derramou tantas lágrimas pelo seu povo, que a história bíblica lhe conferiu o tíltulo de "profeta chorão". Jeremias externa os seus sentimentos com muitas lágrimas "Prouvera a Deus a minha cabeça se tornasse em águas, e os meus olhos, em uma fonte de lágrimas! Então choraria de dia e de noite os mortos da filha de meu povo." (Jr 9.1).

A DOUTRINA DO CHORO

Mateus 5.4 "Bem-aventurados os que choram, porque eles serão consolados". Para alguns isto pode até parecer paradoxal. Que tristeza é essa que pode produzir a alegria e a benção de Cristo naqueles que a sentem? Está claro que no contexto que aqueles que receberam a promessa do consolo são, em primeiro lugar, não os que choram a perda de uma pessoa querida, mas aqueles que choram a perda de sua inocência, de sua justiça, de seu respeito próprio. Cristo não se refere à tristeza do luto mas à tristeza do arrependimento.

Este é o segundo estágio da Benção espiritual. Uma coisa ser espiritualmente pobre e reconhecê-lo; outra é entristecer-se e chorar por causa disto. Ou, em uma linguagem mais teológica, confissão é uma coisa contrição é outra.

Segundo Jhon Stott "existem lágrimas cristãs, mas são poucos os que as vertem". Não nos esqueçamos que Jesus chorou por causa dos pecados da humanidade, pelas amargas consequências que trariam no juizo e na morte, e pela cidade impenintente que não o receberia. Nós também deveriamos chorar mais pela maldade do mundo, como os homens piedosos dos tempos bíblicos. "Torrentes de águas nascem dos meus olhos" , o salmista podia dizer a Deus, "porque os homens não guardam a tua lei" (Sl 119.136). Ezequiel ouviu o povo de Deus descrito como aqueles que "suspiram e gemem por causam de todas as abominações que se cometem no meio de Jerusalém" (Ez. 9.4). E Paulo escreveu sobre os falsos mestres que pertubavam as igrejas do seu tempo: Pois, muitos andam entre nós... e agora vos digo até chorando, que são inimigos da cruz de Cristo.

Todos os crentes que choram, que lamentam os seus pecados serão consolados, pelo único consolo que pode aliviar o desespero, isto é, o perdão da Graça de Deus. O maior de todos os consolos é a absolvição anunciada sobre cada pecador contrito que chora. "Consolação de acordo com os profetas do Velho Testamento, seria uma das missões do Messias. Ele seria o "Consolador" que curaria os quebrantados de coração.

Muitos pensam que os cristãos verdadeiramente prósperos são aqueles que exibem um contínuo sorriso em seus rostos, porém, os que assim pensam estão totalmente equivocados, porque a medida que atingimos a maturidade cristã nos tornamos cada vez mais sensíveis ao sofrimento que o pecado causa na vida das pessoas, e então somos impulsionados pelo Espírito Santo para intercedermos com lágrimas diante do trono da Graça de Deus.

Fonte de Apoio: Mensagem do Sermão do Monte (Johon W. R. Sttot)-ABU Editora.

sábado, 17 de abril de 2010

ANUNCIANDO OUSADAMENTE A PALAVRA DE DEUS- Lição 3

Ser um pregador eficaz naquele contexto no qual Jeremias estava comissionado por Deus, não era nada fácil. Era preciso muita ousadia e coragem, aliás coragem sempre foi uma qualidade imprescindível para qualquer um que for chamado para pregar a palavra do Senhor. Paulo chegou até dizer a Timóteo "porque Deus não nos deu um espírito de temor, mas de fortaleza". E o próprio Jesus falou para os discípulos que eles haveriam de ser defrontados com homens de muita autoridade e soberba, porém eles não deveriam se preocupar, pois o Espírito Santo estaria com eles e lhes daria as palavras necessárias. E não foi diferente com Jeremias, ao chamá-lo Deus prometeu que estaria sempre com ele, seria a sua força e a sua segurança. Mesmo assim ainda verificamos que Jeremias não ficou isento do sofrimento, pois o sofrer será sempre uma marca daqueles que estão determinados em fazer a obra do Senhor na sua integralidade. Podemos dizer que Jeremias teve a sua alma moldada na "fornalha da aflição". Olhando por esse prisma da ousadia e do sofrimento pode-se dizer que a vida de Jeremias apresentou grandes semelhanças com a do próprio Jesus.


PARALELO ENTRE JEREMIAS E JESUS

São impressionantes as semelhanças que há entre a vida de Jeremias e a de Jesus. Eis algumas delas.

Primeiramente, os dois nasceram e cresceram em pequenos povoados: Jeremias em Anatote, e Jesus, em Nazaré.

Em segundo lugar, os habitantes de Anatote rejeitaram Jeremias e procuraram matá-lo, da mesma maneira que os habitantes de Nazaré rejeitaram Jesus.

Em terceiro lugar, os líderes religiosos foram os principais inimigos de Jeremias, e a mesma coisa aconteceu com Jesus.

Em quarto lugar, Jeremias atacou o povo de então por causa da fé supersticiosa que tinham no Templo, e por crerem que a conduta moral não era tão importante, já que eles obedeciam ao ritual do Templo. Jeremias disse assim: "Não confieis em palavras falsas, dizendo: Templo do Senhor, Templo do Senhor é este... Eis que vós confiais em palavras falsas, que para nada vos aproveitam. Que é isso? Furtais e matais, cometeis adultério e jurais falsamente, queimais incenso a Baal e andais após outros deuses que não conheceis, e depois vindes e vos pondes diante de mim nesta casa, que se chama pelo meu nome, e dizeis: Estamos salvos; sim, só para continuardes e praticar estas abominações. Será esta casa, que se chama pelo meu nome, um covil de salteadores aos vossos olhos? Eis que eu, eu mesmo, vi isto, diz o Senhor" (Jer. 7:4,8-11). E está escrito, no Evangelho de Mateus 21:12,13, que Jesus, "tendo entrado no Templo, expulsou a todos os que ali vendia e compravam; também derrubou as mesas dos cambistas e as cadeiras dos que vendiam pombas. E disse-lhes: Está escrito: A minha casa será chamada casa de oração; vós, porém, a transformais em covil de salteadores.

Em quinto lugar, tanto Jeremias como Jesus estavam destinados a viver vidas solitárias. Eles não se casaram, e a ambos foi negado o prazer do lar e da família. E, quanto aos contatos sociais, os dois estavam limitados a um pequeno grupo de amigos.

Em sexto lugar, Jeremias e Jesus choraram sobre Jerusalém. Ouçamos primeiramente as palavras de Jeremias (8:20-9.1): "Passou a sega, findou o verão, e nós não estamos salvos. Estou quebrantado pela ferida da filha do meu povo; estou de luto; o espanto se apoderou de mim. Acaso não há bálsamo em Gileade? Ou não há lá médico? Por que, pois, não se realizou a cura da filha do meu povo? Oxalá a minha cabeça se tornasse em águas, e os meus olhos em fonte de lágrimas. Então choraria de dia e de noite os mortos da filha do meu povo."

Agora ouçamos as palavras de Jesus: "Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas, e apedrejas os que te são enviados! Quantas vezes quis eu ajuntar os teus filhos, como a galinha ajunta os pintos debaixo das asas, e tu não quiseste" (Mt 23.37).

Em sétimo lugar, nem Jeremias nem Jesus pensavam que o julgamento era a palavra final de Deus. Jeremias sabia que o povo de Judá havia quebrado a aliança e que deveria ser julgado, mas depois do julgamento Deus faria com a nação uma nova aliança. Assim foi como Jeremias se expressou: "Eis que dias vem, diz o Senhor, em que farei um concerto novo com a casa de Israel e com a casa de Judá" (Jer 31.31). E, na noite em que foi traído, Jesus se reuniu com seus discípulos no cenáculo, para celebrar a Páscoa. E, depois de haver tomado o cálice e orado, ele o deu aos seus discípulos, e disse: "Bebei dele todos; porque isto é o meu sangue, o sangue do (novo concerto) Novo Testamento, que é derramado por muitos, para remissão dos pecados" (Mat 26:27,28)

Tomando-se em conta todas estas semelhanças, não é de surpreender que, quando Jesus apareceu, algumas pessoas pensassem que ele fosse Jeremias. Quando Jesus perguntou aos seus discípulos, em Cesaréia de Filipe: "Quem dizem os homens ser o Filho do Homem?" então eles responderam: Uns, João Batista; outros, Elias; e outros, Jeremias, ou um dos profetas" (Mt 16:13,14). O maior elogio que Jeremias podia receber veio seiscentos anos depois de sua morte: algumas pessoas pensavam que Jesus era Jeremais.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

OS PERIGOS DO DESVIO ESPIRITUAL - conclusão

Quando analisamos a tremenda oposição enfrentada pelo profeta Jeremias, ficamos imaginando como foi possível que o povo de Judá não tivesse reconhecido que o profeta era um autêntico representante de Deus e que a sua mensagem era a suprema verdade. Eles preferiram dar ouvidos a falsas visões, porque elas sempre lhes eram favoráveis, mesmo que isto lhes proporcionassem uma falsa segurança. Na verdade, lá no íntimo dos seus corações a voz da consciência lhes dizia que algo estava errado, mas a verdade é que eles estavam procurando um pretexto para justificar o seu desvio e abandono do Deus verdadeiro. Dessa forma o povo era tão culpado quanto os sacerdotes, os quais procuravam mascarar a realidade de decadência espiritual da nação.

Nessa perspectiva Jeremias diz : "Os teus profetas te anunciaram visões falsas e absurdas, e não manifestaram a tua maldade, para restaurarem a tua sorte; mas te anunciaram visões de sentenças falsas, que te levaram para o cativeiro" Lamentações 2.14. Podemos até admitir que esses sacerdotes pensavam estar cheios do Espírito, mas foram enganados pelos espíritos do mal. Em sua duplicidade, transformaram a luz em trevas. Eles tinham muita retórica, utilizavam o linguagem teológica muito familiar, o que tornou suas mensagens ainda mais perigosas. Garantiram que o julgamento jamais aconteceria para Judá porque Deus estava ao lado do povo. Em primeiro lugar, lá estava o templo do Senhor, e Deus não permitiria que a sua casa fosse destruída pelos gentios ateus! Além do mais, a nação tinha a lei de Deus, o rito da circuncisão e garantia da santa aliança; essas coisas faziam-nos preciosos a Jeová. Os sacerdotes devidamente ordenados estavam diligentes no templo, oferecendo todos os dias sacrifícios designados e orações. A arca da aliança estava encerrada com segurança no Santo dos Santos. Os adoradores traziam dízimos e ofertas, e as despesas eram cobertas. De que mais uma nação precisa?

De uma coisa só: Arrependimento. Mas essa palavra não estava no vocabulário dos pregadores populares. Sua palavra-chave era paz, e sua mensagem era que Jeová estava a disposição do seu povo escolhido. Acontece hoje como na época de Jeremias. As pessoas desejavam ser levadas para o mau caminho, bem como apoiar e defender justamente aqueles que as enganam e destroe. "é o que deseja o meu povo" (Jr. 5.31).

Será possível que nós somos culpados deste mesmo pecado? Será que o nosso amor para com Deus esfriou-se? Estamos procurando uma vida menos exigente, uma vida que não envolve o carregar a cruz?

quarta-feira, 7 de abril de 2010

OS PERIGOS DO DESVIO ESPIRITUAL

OS PERIGOS DO DESVIO ESPIRITUAL – LIÇÃO 2

INTRODUÇÃO

"Porque o meu povo fez duas maldades: a mim me deixaram, o manacial de águas vivas, e cavaram cisternas, cisternas rotas, que não retêm as águas" (Jr 2.13).

Através de todo o texto bíblico encontramos várias figuras de linguagem que são utilizadas pelos autores sagrados com o propósito de nos ensinar algo sobre o Ser divino. No texto acima temos "manancial de águas vivas", esta é uma representação clara, objetiva e de fácil compreensão, pois todos sabem da importância e dos benefícios que uma fonte de águas vivas poderá gerar para um povo. Principalmente, quando esse povo está vivendo em um deserto. No contexto espiritual podemos afirmar que o mundo vive em um deserto, as almas dos homens estão sedentas, e por isso estão perecendo. Porém, Deus é a fonte de vida, só ele pode saciar a alma humana, a nossa vida depende Dele. Cristo estava pensando nessa figura de linguagem, quando se apresentou aos judeus como esse "manancial de águas vivas", ao dizer: "Se alguém tem sede, que venha a mim e beba" (João 7.37).

A expressão "manancial de águas vivas" também se refere a natureza abundante da vida que temos em nossa comunhão com Deus. Nesse texto temos o confronto de duas figuras de linguagem totalmente antagônicas, uma "cisterna rachada", que não retêm as águas, e um "manancial de águas vivas". Ao atentarmos para a diferença entre uma cisterna e uma fonte, observamos que uma cisterna é apenas um reservatório, um lugar para depositar águas; ela somente mantém ali o que é depositado. Uma água depositada numa cisterna por muito tempo, fica estagnada, muda de cor (fica rota), muda de gosto, cheira mal e se torna ofensiva à saúde das pessoas. Com uma fonte a situação é totalmente diferente, pois, existe um fluxo de águas constante. A água está sempre em movimento, o que faz com que ela seja sempre renovada. A fonte produz águas cristalinas, que nunca cheiram mal, produz alegria e vida para a alma sedenta. Temos um "manancial de águas" , por isso, nunca faltará água, porque a fonte é eterna. "Jesus respondeu e disse-lhe: Se tu conheceras o dom de Deus e quem é o que ti diz: Dá-me de beber, tu lhe pedirias, e ele te daria água viva." (Jo 4.10). Observe ainda o que Jesus diz a Mulher Samaritana "mas aquele que beber da água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água a jorrar para a vida eterna" (Jo 4.14).

A APOSTASIA DA NAÇÃO DE JUDÁ

Apostasia conforme o termo grego - αποστασια [apostasia] (Substantivo feminino). Do verbo αφιστημi [aphistêmi] "separar, abandonar" . Apostasia pode significar: rebelião, queda, deserção, abandono, afastamento. No contexto da fé, apostatar é mudar propositadamente de atitude, rebelando-se contra Deus, quebrando a aliança assumida com Ele. O apóstata não só deixa Deus, como comete adultério espiritual, trocando o verdadeiro Deus por algum ídolo ou qualquer outra coisa. Deus manda o profeta dizer ao povo, vocês não só me deixaram, o "manancial de águas vivas" mas me trocaram por "cisternas rachadas". Não devemos confundir apostasia com uma queda espiritual momentânea, pois, como a realidade tem nos mostrado, muitos cristãos são sufocados pelas lutas e adversidades que enfrentam e as alguns acabam sofrendo uma interrupção na caminhada da fé, porém, são novamente fortalecidos pela palavra do Senhor, erguem-se e continuam a suas carreiras. O verdadeiro aposta faz uma opção refletida e consciente no tocante sua deserção do caminho da fé, porque ele foi seduzido e enganado por palavras falsas, e por isso passou a desprezar a Palavra do Deus verdadeiro.

- JUDÁ FEZ UMA TROCA INACREDITÁVEL

(Adaptação de texto do livro: Mensagens do A. T. para os nossos dias. Page H. Kelly. Ed. Juerp, pgs. 139, 140)

O grande perigo do desvio espiritual se caracteriza pelo fato de que as pessoas perdem a noção de valor. Essa condição promove a queda e consequentemente a apostasia. A falta de uma vida Espiritual fez com Esaú trocasse a benção hereditária da primogenitura por um prato de comida. No Novo Testamento vemos o filho pródigo trocar o conforto da casa de seu pai por uma vida dissoluta, a qual lhe proporcionou muito sofrimento e constrangimento. Citei esses casos não exemplo de apostasia, mas como exemplos de desvio espiritual para mostrar que o ponto de partida para a apostasia é essa perda da noção dos valores espirituais.

Será que alguém trocaria uma mansão de 25 milhões de dólares em Nova York por um casebre em alguma comunidade carente do Brasil, é obvio que qualquer criança responderá que não!. Assim fica melhor para nos voltarmos para o nosso texto (Jr. 2. 13). Pois, no caso do povo de Judá, essa não seria a resposta apropriada, porque esse povo praticou uma ação inacreditável, eles trocaram um manancial de águas correntes por cisternas rotas e rachadas. Se alguém fizesse isso forma literal poderíamos dizer que o tal não estaria com o seu juízo em estado perfeito. Por outro lado, atitude desse povo se processa no campo da fé e da religião, da mesma forma podemos dizer que espiritualmente, Judá cometeu a maior de todas as loucuras. No capítulo 2 Jeremias começa com Deus relembrando o bom relacionamento que tinha com Israel quando saiu do Egito. "Assim diz o Senhor: Lembro de ti, da tua afeição quando eras jovem, e do teu amor quando noiva, e de como me seguias no deserto, numa terra em que não se semeia. Então Israel era consagrado ao Senhor, e era as primícias da sua colheita; todos os que o devoravam se faziam culpados; o mal vinha sobre eles, diz o Senhor" (VV. 2 e 3). Mas tão logo saiu do deserto e entrou na terra de Canaã, Israel fez uma coisa inacreditável. Israel abandonou a Deus, a fonte de águas vivas. Esta é uma ação realmente inacreditável quando comparamos Israel com os seus vizinhos. Eles nunca conheceram o verdadeiro Deus. Os seus deuses eram ídolos, deuses de madeira e de pedra, deuses não existentes. Com tudo isto, os pagãos eram mais fiéis aos seus deuses de madeira e de pedra do que Israel era ao Deus vivo. Veja o que diz Jeremias: "Passai ás ilhas de Quitim, e vede; e enviai a Quedar, e atentai bem, e vede se sucedeu coisa semelhante. Houve alguma nação que trocasse os seus deuses, posto não serem deuses? Todavia o meu povo trocou a sua glória pelo que é de nenhum proveito. Espantai-vos disto, ó céus, e horrorizai-vos! Ficai verdadeiramente desolados, diz o Senhor" (2:10-12).

Entre todas as nações, somente Israel trocou o seu Deus. Trocou a vida pela morte. Trocou riquezas pela pobreza. Trocou a fonte pela cisterna. Por que Israel fez tal coisa? A razão principal foi que Israel foi atraído pela religião dos cananeus quando o povo entrou na terra de Canaã. Vindo do deserto, Israel trouxe uma religião que era austera e exigente. O Deus de Israel era um Deus santo, um Deus justo, um Deus zeloso. A primeira exigência que ele fez foi que aqueles que o adorassem não deveriam ter nenhum outro deus senão ele. Ele também exigiu que o seu povo fosse santo e sem mancha em sua relação com ele, e que fossem honestos e justos no seu tratamento uns com os outros. A religião que exigia dedicação total. A religião do Deus de Israel era uma religião que não permitia indecisão. Entretanto a religião dos cananeus era uma religião confortável, uma religião de conveniência. Os cananeus adoravam muitos deuses, mas não eram fiéis a nenhum deles. Os seus deuses exigiam pouco dos seus adoradores, e lhes permitiam a satisfação de todos os seus desejos sensuais, em nome da religião. Desde o primeiro contato com a religião dos cananeus, os israelitas foram tentados a trocar a religião exigente dos seus antepassados por uma religião mais conveniente.

Portanto os Israelitas abandonaram a Deus porque o seu culto era difícil demais. Eles desejavam a coroa, mas sem a cruz. Quando perceberam que Deus era exigente e queria consagração absoluta da parte do seu povo, então decidiram procurar um deus menos severo e uma religião menos dura.

CONTINUA, AGUARDE.........

terça-feira, 6 de abril de 2010

3ª EBO da Assembleia de Deus CADEESO - PE



Estamos nas vésperas da nossa 3ª EBO aqui em Pernambuco. Estou muito feliz porque em oito anos de ministério essa é a nossa terceira Escola Bíblica para Obreiros.
Louvo a Deus por ter a oportunidade de ouvir mais uma vez o Reverendo Mário Souza. Para quem o conhece, dispensa comentários. Mas, para que os demais saibam quem é esse grande homem de Deus, digo que ele apesar de ter perdido a visão em um acidente ainda quando jovem, Deus tem lhe chamado e lhe colocado em cadeira de honra.
Pastor Mário é conferencista, presidente da AD de Coqueiral de Itaparica em Vila Velha - ES. É também presidente da CECAM, e faz um programa na Rádio Vitória que tem sido líder em audiência.
Conhecido no Estado do Espírito Santo, como "cabeça de biblia" tem grande facilidade em decorar textos.
Pastor Mário ministra todos os sabádos para os professores de EBD do Estado do Espírito Santo por meio da Rádio Vitória. Também, é sempre convidado para debates teológicos, dos quais um, eu tive a oportunidade de participar.
Mais, a área onde mais ele se destaca é ESCATOLOGIA onde tem 8 CDs Comentando o APOCALIPSE.
Bem, além dele, teremos também em nossa 3ª EBO os pastores Renato Brum, presidente da AD de Santana, e também o pastor Micael Temudo, que é presidente da AD Ministério Perus aqui em Recife.
Quer saber mais? Então compareça a nossa EBO que acontecerá conforme programação no BANNER.
Aguardamos por você!
Programação:
Domingo, dia 11 abertura
Quarta, dia 14 Santa Ceia - Pr. Renato Brum - ES
Quinta, dia 15 Estudo - Pr. Mário Souza -ES
Sexta, dia 16 Estudo - Pr. Micael Temudo - SP
Sábado, dia 17 Estudo para Casais - Pr. Mário Souza - ES
Domingo, dia 18 Encerramento - Pr. Mário Souza - ES

Fonte: Blog do Pastor Robson Aguiar